“Os espíritos se alimentam do que as pessoas fazem no Carnaval”, diz seguidor do candomblé

Por que acontecem tantas tragédias no período do Carnaval? A resposta pode estar nos acontecimentos do mundo espiritual.

Fonte: GuiameAtualizado: sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018 às 15:14
Imagem ilustrativa. Bloco de rua realizado durante o Carnaval do Rio de Janeiro. (Foto: Pedro Serra)
Imagem ilustrativa. Bloco de rua realizado durante o Carnaval do Rio de Janeiro. (Foto: Pedro Serra)

Embora a principal proposta do Carnaval seja a diversão, é nesse período que são registrados maiores índices de violência, crimes e até mesmo mortes. Só no ano passado, a Polícia Rodoviária Federal registrou 1.696 acidentes de trânsito nas rodovias, dos quais 323 foram considerados graves e resultaram em 140 mortes.

Além dos altos índices de abusos nas estradas, cerca de 800 pessoas foram presas por diversos crimes. A Polícia Rodoviária Federal tirou de circulação 1,5 tonelada de maconha e quase 50 quilos de cocaína no Carnaval de 2017. A questão que surge é: por que acontecem tantas tragédias neste período?

De acordo com um seguidor das religiões afro-brasileiras, que preferiu não ser identificado, a resposta pode estar na atuação dos espíritos malignos que ficam “soltos” durante as festas carnavalescas.

“Por isso, muitas casas de umbanda e candomblé fecham. Como tem muita gente bebendo demais, usando muita droga, abusando do sexo, os espíritos que comungam com esse tipo de coisa, ganham força, porque se alimentam do que as pessoas fazem”, disse ele à Universal.

O mesmo fato é confirmado por Alberto Ebomide, que é seguidor do candomblé e filho de santo. “Como sabemos na religião, os Exús e Pomba Giras (Povo de rua da Umbanda) ficam soltos nesse feriado festivo”, disse ele em seu blog.

Não é só cultura

Em muitas situações, os cristãos lidam com discussões que justificam o Carnaval como um fator meramente cultural. “Nós somos bombardeados diariamente com algumas argumentações, que às vezes vêm de evangélicos. [O carnaval] é colocado como uma festa brasileira legítima”, comenta o pastor Solano Portela.

“Nos dizem que, como evangélicos, não podemos ser carrancudos e ser contra toda esta demonstração de alegria que está ao nosso redor. Outros trazem o argumento da beleza das alegorias, dos carros”, ele acrescenta.

No entanto, o período classificado como “um festival de excessos da bebedeira e da sensualidade sem freios", apresenta mais pontos negativos do que positivos.

“São milhares de jovens que se embriagam. São milhares de jovens que se iniciam nas drogas. São milhares de indivíduos que se rendem às loucas paixões. São milhares os casamentos que se acabam. São milhares de pessoas que depois das cinzas, colhem os amargos frutos dessa festa dos excessos", afirmou o pastor Hernandes Dias Lopes.

Lopes chama a atenção das pessoas para se voltarem a Deus, que é a fonte da verdadeira alegria. “Diferente é a festa que Deus oferece. Na presença de Deus existe plenitude de alegria e à destra de Deus delícias perpetuamente", declarou.

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