Palestina propõe à Unesco que Muro das Lamentações seja de propriedade muçulmana

O desfecho do caso foi resultado na anulação da proposta feita pelos palestinos na noite da terça-feira.

Fonte: Guiame, com informações de Breaking Israel NewsAtualizado: quarta-feira, 21 de outubro de 2015 às 13:55
Cúpula da Rocha e Muro das Lamentações, em Jerusalém. (Foto: Telegraph)
Cúpula da Rocha e Muro das Lamentações, em Jerusalém. (Foto: Telegraph)

Apoiada por seis países árabes, a Autoridade Palestina apresentou uma proposta à Organização das Nações Unidas para a educação, a ciência e a cultura (UNESCO), estabelecendo o Muro das Lamentações como parte da Mesquita de Al-Aqsa, chamada pelos judeus de Monte do Templo. No entanto, na noite desta terça-feira (20), os palestinos anularam a proposta, e Israel reivindicou uma rara vitória na ONU.

A proposta inicial, apresentada ao Conselho Executivo da UNESCO, alega que Israel tomou "medidas ilegais contra a liberdade de culto e de acesso à Mesquita Al-Aqsa (Monte do Templo)". Além disso, no documento, Jerusalém é referida como a "capital da Palestina" ocupada por Israel, chamada pelos palestinos de "potência ocupante".

O desfecho do caso foi resultado na anulação da proposta feita pelos palestinos na noite da terça-feira. A diretora geral da UNESCO, Irina Bokova, já havia expressado preocupação sobre o projeto, apoiado por países como Argélia, Egito, Kuwait, Marrocos, Tunísia e Emirados Árabes Unidos.

"Ela lamenta as recentes propostas em discussão pelo Conselho Executivo da UNESCO, que poderiam alterar o status da Cidade Velha de Jerusalém e seus muros, inscritos como Patrimônio Mundial da UNESCO, e possa incitar ainda mais as tensões", disse o porta-voz de Bokova em uma declaração.

Em meio a protestos internacionais, Israel reivindicou uma rara vitória na ONU na quarta-feira (21), depois do recuo palestino. Por outro lado, palestinos ainda estão solicitando que o Túmulo de Raquel, em Belém e o Túmulo dos Patriarcas, em Hebron, sejam declarados locais muçulmanos.

Israel permanecerá na luta contra a resolução e exortou a ONU, que condenou o Estado judaico por aconselhar "seus cidadãos a portar armas diante da recente onda de terrorismo" e ordenou ações de segurança pela equipe de polícia em Jerusalém.

Autoridades palestinas afirmaram que a atual onda de ataques terroristas contra Israel são em defesa de Al-Aqsa, e contra as supostas tentativas de Israel em mudar o "status quo" estabelecido no Monte do Templo desde 1967.

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