Papa afirma que funcionários cristãos podem recusar licença para casamento gay

Falando a repórteres nesta segunda-feira (28), no voo de volta a Roma após uma viagem de 10 dias aos Estados Unidos e Cuba, Francisco disse que "a objeção de consciência deve estar em toda estrutura jurídica, porque é um direito".

Fonte: Guiame, com informações de G1Atualizado: segunda-feira, 28 de setembro de 2015 às 14:25
Papa Francisco fala dentro de avião durante sua viagem de volta para Roma. (Foto: Tony Gentile/Reuters)
Papa Francisco fala dentro de avião durante sua viagem de volta para Roma. (Foto: Tony Gentile/Reuters)

 

O Papa Francisco afirmou que funcionários cristãos têm o "direito humano" de se recusar a realizar alguns trabalhos, como emitir licenças de casamento para homossexuais, caso isso viole sua consciência.

Falando a repórteres nesta segunda-feira (28), no voo de volta a Roma após uma viagem de 10 dias aos Estados Unidos e Cuba, Francisco disse que "a objeção de consciência deve estar em toda estrutura jurídica, porque é um direito".

Neste mês, o caso de uma funcionária municipal do Estado norte-americano de Kentucky tomou grandes proporções na imprensa internacional. Kim Davis foi presa após se recusar a emitir uma licença matrimonial para um casal gay, contrariando decisão da Suprema Corte dos EUA que legalizou casamentos do mesmo sexo.

Segundo as fontes da BBC e outros meios de comunicação, Davis tirou o nome das licenças de casamento, substituindo-o com a frase "nos termos da ordem judicial federal". Davis disse à ABC News que ela iria voltar para a cadeia se os tribunais federais ordenassem que ela interrompa alteração das licenças.

Segundo a tabeliã, ela não poderia "colocar seu nome em uma licença que não representa o que Deus ordenou para que fosse o casamento". 

Abordagens

Na ocasião com os repórteres, Francisco reforçou sua condenação a padres que abusam sexualmente de crianças, dizendo que as vítimas foram "esmagadas pelo mal".

Embora o pontífice tenha comentado sobre temas que são motivo de debates políticos nos Estados Unidos durante sua visita, ele nunca se referiu especificamente aos controversos casamentos de pessoas do mesmo sexo, que a Igreja Católica ainda se mantém firmemente contra.

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