O Papa Francisco falou sobre sua famosa declaração dada em 2013, sobre os homossexuais, quando ele disse: "Quem sou eu para julgar?" e esclareceu que os cristãos podem mostrar-lhes o caminho e andar com eles, mas insistiu em que a Igreja não deve condenar as pessoas.
Os pensamentos de Francisco foram incluídos em um novo livro de entrevistas, intitulado "O Nome de Deus é Misericórdia", que será lançado em 80 países na terça-feira, que incluirá suas reflexões sobre uma série de outras questões, também relacionadas à Igreja Católica Romana.
O site católico 'Crux' informou que Francisco disse que estava "parafraseando pelo coração do Catecismo da Igreja Católica", quando ele disse a repórteres em um evento no Vaticano, em 2013: "Se alguém é homossexual, procura o Senhor e tem boa vontade, que msou eu para julgar?".
Francisco foi saudado por alguns grupos de defesas dos direitos dos homossexuais pela declaração e tamém foi premiado com o título de pessoa do ano pela publicação LGBT "O Advogado".
Quando lhe pediram para esclarecer seus pensamentos sobre o assunto, Francisco disse que apoia a compaixão e a inclusão, mas não é a favor de mudar os ensinamentos católicos tradicionais.
"Você pode aconselhar [gays], orar, mostrar boa vontade, mostrar-lhes o caminho e acompanhá-los ao longo dele", explicou o líder católico.
Ele acrescentou: "A Igreja não existe para condenar as pessoas, mas para trazer um encontro com o amor visceral da misericórdia de Deus".
O líder do Vaticano rejeitou ainda o que chamou de "uma adesão formal às regras e esquemas mentais" e disse que "a misericórdia é o primeiro atributo de Deus".
Francisco também falou sobre outro assunto recentemente abordado com relação ao casamento: o divórcio. Agora, se os católicos que se divorciam e se casam novamente fora da Igreja há a possibilidade de ainda receberem a 'Sagrada Comunhão'.
Ele contou a história de um homem que estava para se casar com uma das sobrinhas do futuro papa, apesar de seu casamento anterior ter sido anulado.
O marido aparentemente continuou indo à igreja todos os domingos para pedir ao sacerdote por uma bênção, reconhecendo que ele não poderia ser absolvido, devido às regras da Igreja.
Francisco disse que o homem era "religiosamente maduro", o que a 'Crux' sugeriu que poderia ser um indício de que o pontífice esteja pedindo compreensão diante de certos casos, mas não uma mudança de doutrina.
Já em Setembro de 2013, o papa afirmou o seu apoio aos ensinamentos tradicionais da Igreja sobre temas como homossexualidade e aborto, mas disse que eles não devem ser o único foco.
"Não podemos insistir apenas em questões relacionadas ao aborto, casamento gay e ao uso de métodos contraceptivos. Isso não é possível", disse o papa em uma entrevista na época.
"Eu não tenho falado muito sobre essas coisas e fui repreendido por isso. Mas quando falamos sobre essas questões, temos que falar sobre elas em um contexto".
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