Parlamento de Uganda aprova lei contra sacrifício humano: “Busque conhecimento da Bíblia”

Os parlamentares aconselharam os ugandeses a buscar conhecimento na Bíblia e abandonar o comportamento primitivo, como a bruxaria.

Fonte: Guiame, com informações da Uganda Christian NewsAtualizado: quarta-feira, 5 de maio de 2021 às 14:50
Parlamento de Uganda aprovou a criminalização do sacrifício humano nesta terça-feira. (Foto: Uganda Christian News).
Parlamento de Uganda aprovou a criminalização do sacrifício humano nesta terça-feira. (Foto: Uganda Christian News).

O parlamento de Uganda aprovou uma lei que criminaliza o sacrifício humano no país nesta terça-feira (04), em sessão presidida pela parlamentar Rebecca Kadaga. Na ocasião, os parlamentares aconselharam os ugandeses a buscar conhecimento na Bíblia e abandonar o comportamento primitivo, como a bruxaria.

A nova lei vai condenar os envolvidos em atos de sacrifício humano à prisão ou à pena de morte.  Intitulado de “Lei de Prevenção e Proibição do Sacrifício Humano 2020”, o projeto de lei foi apresentado pelo parlamentar Bernard Atiku e teve apoio total do parlamento.

Bernard afirmou que a lei visa tapar a brecha que existia na legislação de Uganda, onde os crimes de sacrifícios não eram passíveis de punição e que era aproveitada por assassinos.

“O sacrifício humano é uma preocupação crescente para as agências de aplicação da lei, pais, ativistas dos direitos da criança e o público em geral. Registros da Força Policial de Uganda mostram que os casos de sacrifício humano têm aumentado constantemente desde os anos 1990”, disse.  

A parlamentar Betty Aol Ocan destacou que as principais vítimas do sacrifício humano são crianças, devido a crenças culturais primitivas.  “Às vezes, essas pessoas matam essas crianças para levá-las aos feiticeiros em busca de riqueza, mas esses mesmos feiticeiros não têm dinheiro”, explicou.

Já o Vice-Presidente da Comissão de Assuntos Legais e Parlamentares, Hon Paul Akamba, chamou a atenção para o fato de Uganda ainda não ter uma legislação proibindo o tráfico de órgãos humanos.

A Presidente do Parlamento, Rebecca Kadaga, concluiu que a nova lei deu uma via de justiça para todas as vítimas de sacrifícios humanos, especialmente as crianças.

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