Pastor é condenado por acolher refugiado em sua igreja na Alemanha

O reverendo Stefan Schörk, da Igreja Metodista, foi condenado a dois anos de liberdade condicional e multado em 1.500 euros.

Fonte: Guiame, com informações do The Christian Post Atualizado: sexta-feira, 19 de novembro de 2021 às 13:31
O reverendo Stefan Schörk foi condenado a dois anos de liberdade condicional.   (Foto: Klaus Ruof/UM Communications Germany).
O reverendo Stefan Schörk foi condenado a dois anos de liberdade condicional. (Foto: Klaus Ruof/UM Communications Germany).

Um pastor da Igreja Metodista Unida na Alemanha foi condenado por abrigar um refugiado iraniano em uma das igrejas que supervisiona. O reverendo Stefan Schörk foi culpado por "ajudar e encorajar residência não autorizada".

O líder das igrejas metodistas no estado da Baviera foi sentenciado a dois anos de liberdade condicional e multado em 1.500 euros pelo Tribunal Distrital de Bayreuth, no dia 8 de novembro.

Schörk afirmou que vai apelar o veredito. Em uma entrevista para a televisão em janeiro, o pastor defendeu suas ações, explicando que o jovem iraniano “precisava urgentemente” de abrigo devido a “uma falha oficial”. 

“Quando eu olho nos olhos de alguém que me fala sobre seu sofrimento, eu tenho que agir. Essa é a minha fé que procuro viver. Eu prego sobre o amor por meus inimigos e meu vizinho todos os domingos. Portanto, minhas palavras também devem mostrar minhas ações”, declarou Schörk ao BR24. 

Em janeiro deste ano, o pastor deu abrigo ao refugiado em uma igreja que ele supervisionou em Pegnitz. O imigrante seria deportado para a Grécia, onde havia solicitado asilo pela primeira vez. Porém, se deposto o jovem se separaria de sua família que já vivia na Alemanha. 

Ajuda de igrejas a refugiados

O reverendo Stefan foi acusado de oferecer asilo ao refugiado iraniano. Segundo a justiça alemã, somente o estado pode conceder asilo no país. Já houve diversos casos judiciais de líderes religiosos que tentaram abrigar refugiados em suas igrejas na Alemanha. 

No início deste ano, uma freira do mosteiro de Oberzell no sul do país, Juliana Seelmann, foi multada em 500 euros, por dar “residência não autorizada” a duas mulheres nigerianas que escapavam da prostituição forçada na Itália.

De acordo com a agência de notícias estatal alemã Deutsche Welle, as igrejas evitaram quase 500 deportações no primeiro trimestre de 2018. Mesmo assim, em 2019, as autoridades rejeitaram quase todos os casos de asilo em igrejas.

Segundo o governo alemão, as igrejas não devem possuir um status especial que as isente das leis de asilo e não devem interferir em ordens de deportação. 

 

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