Um pastor foi preso no último domingo (12) enquanto realizava um culto ao ar livre com cerca de 50 pessoas na cidade de Arica, no Chile.
A ação da 3ª Delegacia de Arica aconteceu após queixas dos vizinhos sobre o culto promovido pelo Ministerio Apostólico Bajo Cielos Abiertos.
O promotor de plantão ordenou que fosse feito o registro de todos os participantes, inclusive menores de idade, e ordenou a prisão do pastor José Luis Calzadilla, que liderava o encontro. O pastor foi liberado na tarde de segunda-feira (13).
O pastor, de nacionalidade venezuelana, é acusado de violar o artigo 318 do Código Penal chileno e as diretrizes do Ministério da Saúde. Além da prisão do pastor, as autoridades de saúde e a polícia chilena fecharam o local de culto.
A Unidade Evangélica do Chile (UECH) expressou seu pesar pela prisão do pastor. A organização acredita que a operação “constitui uma violação grave da liberdade religiosa” no Chile.
“Há um assédio contra a igreja. Shopping centers e outros tipos de locais não estão sendo controlados com a dureza que é feita contra as atividades religiosas. Mas colocaremos toda a nossa disposição para ajudar qualquer pastor dentro do território”, enfatizou o advogado Rodrigo Aguilera.
O pastor José Lema, porta-voz da coordenação de Entidades Evangélicas Pentecostais do Chile, expressou sua preocupação com o caso. “Ele estava cumprindo absolutamente todos os regulamentos. Vimos as fotografias da atividade e à distância havia menos de 50 pessoas, havia no máximo 30”, ponderou.
“Havia distanciamento físico, máscaras, portanto acreditamos que é mais um episódio de assédio generalizado à igreja evangélica”, disse Lema.
O pastor disse ainda que irá apresentar uma carta ao presidente do Chile, Sebastián Piñera, nesta quarta-feira (15). “Estamos organizando um encontro com alguns ministros. Vamos expressar nosso completo descontentamento, porque isso está acontecendo com os pastores no Chile”, disse o pastor Lema.
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