Pesquisador traça possíveis cenários para o povo judeu em 2050: "Otimismo ou Pessimismo?"

O demógrafo Sergio DellaPergola traçou dois contextos possíveis, nos quais o povo de Israel pode se encontrar daqui a 35 anos.

Fonte: Guiame, com informações da ConibAtualizado: quarta-feira, 30 de setembro de 2015 às 21:01
Jerusalém / Israel
Jerusalém / Israel

 

 

Professor emérito da Universidade Hebraica de Jerusalém (uma das 7 maiores de Israel) e o principal especialista em demografia judaica, Sergio DellaPergola publicou recentemente, um texto no site 'Ynet News', abordando possíveis cenários em que o povo judeu pode se encontrar no ano de 2050.

DellaPergola destaca que atualmente há cerca de 14,3 milhões de judeus pelo mundo, segundo uma definição semelhante à aceita pelo Supremo Tribunal de Israel.

“Ser judeu hoje significa, antes de tudo, a vontade de expressar uma autoidentificação com o povo judeu, abrangendo desde os muito religiosos até os antirreligiosos”, escreveu o demógrafo.

Apenas no no Estado de Israel vivem hoje, cerca de 6,3 milhões de judeus (com mais 360 mil parentes que não estão registrados como judeus no Ministério do Interior). Os outros 8 milhões vivem na diáspora (dispersos pelo mundo), dos quais 5,7 milhões estão nos Estados Unidos e outros 2,3 milhões em todos os outros países (principalmente França, Canadá, Grã-Bretanha, Rússia, Argentina, Alemanha, Austrália e Brasil).

O pesquisador traçou dois cenários possíveis para o povo judeu até 2050: um otimista e outro pessimista. No primeiro, ele prevê uma população judaica de 20 milhões; já no segundo, uma de 14 milhões.

Os principais fatores considerados foram os seguintes: “Será que a paz e a segurança levarão a um boom populacional ou a incerteza e o conflito irão baixar estes números demográficos?”


Cenário otimista
Segundo o professor, neste cenário "Aumenta a atração de Israel e cresce a Aliá [imigração] em números maiores do que nos últimos anos, conjugada a uma queda moderada no número de emigrantes de Israel para outros países".

Já com relação à diáspora, o pesquisador destacou que o número total de judeus seria estável ou poderia experimentar uma pequena baixa queda, resultante da melhora da autoconfiança, da queda na assimilação, da crescente disposição para declarar abertamente a identidade judaica, além da união de “tribos perdidas”, incluindo o sefaraditas Bnei Anussim da era da Inquisição.


Cenário pessimista
Neste outro cenário, supoe-se que não há segurança em Israel, em razão de violentos conflitos; a economia está em decadência, bem como investimentos, emprego e renda. O número de judeus iria baixar para 9 milhões, em 2050.

Os judeus da diáspora também são afetados por condições de segurança desfavoráveis, aumentos da assimilação e do antissemitismo; a taxa de natalidade seria baixa e os níveis envelhecimento bateriam recordes. O número deste outro perfil de judeus cairia para 6,5 ​​milhões, em 2030, e 5 milhões, em 2050.


Fator importante
Diferentes setores da população israelense crescem em ritmos diferentes, e a composição de toda a sociedade pode muda em conformidade.

Em Israel, a parcela ultraortodoxa da população pode crescer gradualmente - até chegar a 1/3 do número total de judeus. Da mesma forma, mesmo que em menor número, o crescimento do percentual de árabes israelenses também é provável.

“Estes números representam um grande desafio em termos de infraestrutura e qualidade ambiental”, afirma o professor. “E sejam quem forem os dirigentes do país, devem se preparar, pois 2050 um dia chegará”.

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