Por que os muçulmanos não aceitam a ressurreição de Jesus? Teólogo americano explica

O teólogo Marlin Jeschke explica que os muçulmanos acreditam que as escrituras judaicas e cristãs não foram conservadas corretamente, e sim falsificadas.

Fonte: Guiame, com informações de Goshen NewsAtualizado: quarta-feira, 8 de abril de 2015 às 19:27
Imagem Ilustrativa: Islamismo versus Cristianismo. (informationng)
Imagem Ilustrativa: Islamismo versus Cristianismo. (informationng)

 

A maior recusa dos muçulmanos em relação ao cristianismo é a mensagem da crucificação e ressurreição de Jesus. Este pensamento é baseado na Surata 4:157-158, que diz: "E por dizerem: Matamos o Messias, Jesus, filho de Maria, o Mensageiro de Deus, embora não sendo, na realidade, certo que eles o mataram, nem o crucificaram, senão que isso lhes foi simulado. E aqueles que discordam quanto a isso, estão na dúvida, porque não possuem conhecimento algum, abstraindo-se tão-somente em conjecturas; porém, o fato é que não o mataram. Outrossim, Deus fê-lo ascender até Ele".

O teólogo Marlin Jeschke explica que os muçulmanos acreditam que as escrituras judaicas e cristãs não foram conservadas corretamente, e sim falsificadas. A infalibilidade do Alcorão, portanto, resolve a questão para eles.

Ao longo dos séculos, estudiosos islâmicos têm oferecido diferentes interpretações da crucificação. Uma delas é que Deus retirou Jesus da cruz e o levou para o céu. Outra diz que alguém foi crucificado no lugar de Jesus, talvez Simão de Cirene, ou o homem que foi forçado a carregar a cruz durante sua caminhada até o Calvário. Este segundo ponto de vista é a opinião da maioria dos muçulmanos hoje.

Por trás dessa visão encontra-se a convicção de que Deus não permitiria que seu Messias moresse de uma forma tão humilhante. Afinal de contas, outros grandes profetas de Deus (muçulmanos colocam Jesus na linha de profetas) não sofreram este tipo de morte.

Mas a ressurreição de Jesus significa mais. Em sua ressurreição e ascensão, Jesus foi entronizado à destra de Deus, marcando a inauguração do Reino de Deus. Sua missão pública, crucificação, ressurreição e ascensão mostram quão diferente é o Reino de Deus dos reinos deste mundo. A Páscoa revela a doação e o amor sacrificial que marca o reino de Deus. Talvez seja essa a razão pela qual o Islã não pode aceitar a crucificação.

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