"Porque Ele vive, posso crer no amanhã", diz diretora da Anvisa ao aprovar uso de vacinas

O uso emergencial das vacinas Oxford/AstraZeneca e CoronaVac foi aprovado pela Anvisa no domingo (17).

Fonte: Guiame, com informações da Folha de S. Paulo, G1 e CNNAtualizado: segunda-feira, 18 de janeiro de 2021 às 12:20
Diretora Meiruze Sousa Freitas em reunião da Anvisa sobre liberação de uso emergencial de vacinas contra a Covid-19. (Foto: Divulgação/Anvisa)
Diretora Meiruze Sousa Freitas em reunião da Anvisa sobre liberação de uso emergencial de vacinas contra a Covid-19. (Foto: Divulgação/Anvisa)

A diretoria da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou neste domingo (17), por unanimidade, o uso emergencial das vacinas Oxford/AstraZeneca e CoronaVac. Com a decisão, as vacinas passarão a ser aplicadas na população brasileira.

A diretora da Anvisa, Meiruze Sousa Freitas, relatora dos pedidos de uso emergencial de vacinas contra a Covid-19, foi a primeira a votar e fez uma declaração de fé ao final de seu discurso.

“Antes de prosseguir, gostaria de declarar: porque Ele vive, eu posso crer no amanhã”, disse Meiruze, em referência ao trecho de uma canção da Harpa Cristã.

Meiruze, que é servidora da Anvisa desde 2007, é responsável pela segunda diretoria da agência, onde ocorrem as análises dos documentos enviados pelos laboratórios. 

Dois pedidos foram analisados pela Anvisa. O primeiro foi feito pelo Instituto Butantan, que buscou autorização do uso de 6 milhões de doses da vacina CoronaVac, que foram importadas da China no ano passado, em parceria com a empresa chinesa Sinovac. 

Já o segundo foi feito pela Fiocruz, que pediu autorização para o uso de 2 milhões de doses que devem ser importadas da Índia. A fundação mantém uma parceria com a farmacêutica AstraZeneca e a Universidade de Oxford. 

“Ressalvadas algumas incertezas pelo estágio das vacinas em desenvolvimento, os benefícios das duas candidatas superam os riscos e ambas atendem os critérios de eficácia e segurança”, afirmou Meiruze.

Segundo a Anvisa, a eficácia geral da vacina de Oxford/AstraZeneca é de 70,42%, considerando mais de uma forma de aplicação e intervalo entre doses. No Brasil, com duas doses, a eficácia ficou em 62%. Já no caso da CoronaVac, a eficácia calculada é de 50,39%.

Apesar da liberação, Meiruze condicionou a autorização da CoronaVac à assinatura de um termo de compromisso, que deve ser enviado até o dia 28 de fevereiro. Com a exigência, o Instituto Butantan deve enviar resultados sobre a imunogenicidade da vacina, esclarecendo sua capacidade de provocar imunidade. 

Início da imunização no Brasil

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse nesta segunda-feira (18) que a vacinação contra a Covid-19 começará nos estados a partir das 17h em todo o país. 

Pazuello reforçou que os primeiros a receber as doses da vacina serão integrantes do grupo prioritário: profissionais da saúde, idosos e indígenas. Serão inicialmente 3 milhões de pessoas a serem vacinadas, com duas doses cada uma, totalizando 6 milhões de doses da CoronaVac.

Concedida ainda em fase de testes ou de análise da documentação, a autorização para uso emergencial se difere da permissão definitiva. Nesse caso, a vacina não pode ser aplicada em toda a população, já que os laboratórios precisam delimitar um público específico no qual as imunizações serão aplicadas. 

Os também laboratórios se comprometem a notificar a Anvisa sobre as ocorrências de efeitos adversos da vacina, em um prazo de 24 horas.

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