O presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, causou indignação entre a população de seu país após chamar Deus de “estúpido”. Seu discurso blasfemo foi televisionado na última sexta-feira (22).
O político questionou o relato bíblico de Adão e Eva, que cometeram pecado após comerem do fruto proibido. “Quem é esse Deus estúpido? Esse filho da p... é realmente muito estúpido”, disse o líder de 73 anos. “Você criou algo perfeito e então pensa em um acontecimento que poderia tentar e destruir a qualidade de seu trabalho”.
Duterte também criticou o conceito de pecado original, segundo o qual todos os seres humanos foram separados de Deus após o pecado cometido por Adão e Eva. “Você não nasceu ainda, mas tem o pecado original. Que tipo de religião é essa? Eu não posso aceitar isso”, comentou.
O presidente filipino foi amplamente criticado por seus comentários, já que 80% da população das Filipinas é católica e 10% pertence a outras denominações cristãs.
O senador da oposição Antonio Trillanes IV descreveu o presidente como “um homem mau”. “É o cúmulo da arrogância do poder não apenas desrespeitar e cuspir na fé de um indivíduo, mas também agir como se ele fosse um Deus” , declarou em nota.
A Conferência dos Bispos Católicos das Filipinas reprovou Duterte por “atacar as crenças cristãs” em uma declaração publicada nesta segunda-feira (25). “A declaração de Duterte contra Deus e a Bíblia revela novamente que ele é uma aberração psicológica, um psicopata, uma mente anormal que não deveria ter sido eleita como presidente de nossa nação civilizada e cristã”, disse o bispo católico Arturo Bastes.
“Meu Deus é real e Ele está vivo”, destacou o senador Joel Villanueva, que também é filho de um evangelista cristão. “Oramos para que o presidente seja iluminado”.
O porta-voz do presidente, Harry Roque, disse na segunda-feira que Duterte estava apenas expressando suas convicções pessoais. Ele justificou o discurso do presidente alegando que o líder filipino foi abusado sexualmente por um padre quando era criança.
Não é a primeira vez que Duterte faz críticas à ícones religiosos. Quando era candidato à presidência, ele xingou o Papa Francisco por ter causado engarrafamentos em sua visita às Filipinas em 2015.
Criado como católico, Duterte declarou em 2016 que não ia à missa e que a religião iria entrar em conflito com seus deveres políticos. Mais tarde naquele ano, ele afirmou que era cristão, mas também declarou: “Eu acredito em um Deus, Alá”.
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