Presidente eleito da Argentina diz que proporá legalização do aborto “o quanto antes”

Alberto Fernández pondera que legalização não depende apenas dele, mas se intitula “ativista” da causa.

Fonte: Guiame, com informações do GloboAtualizado: segunda-feira, 18 de novembro de 2019 às 18:46
O presidente eleito da Argentina, Alberto Fernández. (Foto: Agustin Marcarian/Reuters)
O presidente eleito da Argentina, Alberto Fernández. (Foto: Agustin Marcarian/Reuters)

O presidente eleito da Argentina, Alberto Fernández, disse que vai enviar ao Congresso "o quanto antes" um projeto de lei para a legalização do aborto no país.

"Não depende apenas de mim, mas sou um ativista para acabar com a criminalização do aborto", disse ele em uma entrevista ao diário Pagina/12 no domingo (17).

Ele disse que gostaria que o debate sobre o aborto “não fosse uma disputa entre progressistas e conservadores, entre revolucionários e retrógrados”.

O futuro presidente disse ser "um defensor de dar fim à criminalização do abordo" e garantiu que enviará um projeto de lei ao Congresso assim que assumir o governo, em 10 de dezembro, sem esclarecer se vai procurar apenas descriminalizar ou legalizar a prática, como pedem os movimentos de mulheres.

Apoiado por Cristina Kirchner, peronista conseguiu vencer 1º turno. Ele afirma que o aborto se trata de uma questão de saúde pública e deve ser resolvido sob este aspecto.

“Quando alguém descriminaliza e legaliza o aborto, isso não o torna obrigatório. Portanto, se a pessoa continua a ter a convicção de que Deus não permite, ela que não faça isso. E nós a respeitamos”, disse.

A lei argentina permite o aborto no caso de estupro, quando a mãe é deficiente mental ou se houver risco sério para sua saúde. A pena prevista para qualquer outro motivo é de até quatro anos de prisão.

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