Cerca de 31 mil mulheres que pertencem ao grupo terrorista Estado Islâmico (EI) estão grávidas nos territórios do Iraque e da Síria. Esses novos bebês correm o suposto risco de serem levantados para compor a próxima geração do califado islâmico.
"O futuro das crianças nascidas e criadas pelo Estado Islâmico é um problema pertinente e urgente, que exige a atenção imediata da comunidade internacional. Atualmente 31 mil mulheres estão grávidas no âmbito do califado", afirma o relatório do anti-extremista Quilliam Foundation.
Pesquisadores liderados por Noman Benotman e Nikita Malik, compilaram um relatório de 100 páginas em um período de seis meses. O documento arquivou, traduziu e analisou os materiais de propaganda do EI referentes às crianças.
"A maior quantidade de mídia do Estado Islâmico relaciona as crianças à violência, abordando crianças que participam diretamente da violência, ou sendo expostas e normalizados à violência", afirma o relatório.
As crianças passam a preencher as fileiras do grupo terrorista por meio de raptos, e por medo se unem aos jihadistas. "Olhando para o futuro, é inevitável que essas crianças não sofram graves traumas físicos e mentais, bem como a doutrinação extremista sistemática", diz o documento.
A Fundação propõe a criação de uma comissão para proteger s gerações futuras da violência radical, que poderá acompanhar a reintegração das crianças na União Europeia. A organização também solicita que sejam estabelecidas redes de apoio para o resgate de crianças em famílias radicalizadas, alojando-as em lares adotivos.
O EI deixou claro que está se concentrando em uma missão a longo prazo para dominar o todo o Oriente Médio, e disse que as crianças são a chave para seus objetivos. Campos de treinamento do grupo são voltados exclusivamente para doutrinar crianças capturadas.
No ano passado, o grupo terrorista publicou na internet a foto de um bebê deitado ao lado de uma arma e uma granada, junto a uma certidão de nascimento do EI. A legenda da foto adverte que a criança vai crescer e se tornar uma ameaça.
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