Militantes ligados ao Estado Islâmico mataram quatro cristãos em uma comunidade remota na ilha de Sulawesi, na Indonésia. Autoridades disseram no sábado (28) que uma das vítimas foi decapitada e outra queimada até a morte.
Na manhã de sexta-feira (27), cerca de oito homens com espadas e armas de fogo emboscaram o vilarejo de Lembantongoa, no centro da ilha, incendiando casas e uma igreja, segundo a polícia.
Os quatro cristãos mortos eram membros do Exército de Salvação, informou a BBC News nesta terça-feira (1°). A organização cristã confirmou a morte de seus membros em nota, lamentando o massacre.
Erik A. Kape, coordenador do Exército de Salvação em Palu, disse os homens que foram vítimas do ataque faziam parte da pequena igreja do Exército de Salvação na vila. “A congregação consiste em 12 famílias, com cerca de 40 pessoas. Eles fazem cultos todas as semanas e escola dominical para as crianças de lá”, disse ele ao Jakarta Globe.
O Exército da Indonésia mobilizou nesta terça uma força especial para se juntar à polícia na caça aos terroristas envolvidos no ataque. A suspeita é que os homens sejam membros do Mujahedins do Leste da Indonésia (MIT), um grupo terrorista que opera no país e jurou lealdade ao EI.
A Indonésia, maior nação de maioria muçulmana do mundo, tem sido palco da militância islâmica e frequentes ataques terroristas. Segundo o pesquisador Andreas Harsono, da Human Rights Watch, “este ataque é outra escalada séria contra a minoria cristã na Indonésia”, declarou à Reuters.
A igreja do Exército de Salvação estava vazia no momento do ataque. “As pessoas estavam em suas casas quando isso aconteceu”, disse o chefe da polícia de Sigi, Yoga Priyahutama.
Rifai, chefe da aldeia de Lembantongoa, disse à AFP que uma vítima foi decapitada e outra teve a garganta cortada. Um deles foi esfaqueado, enquanto um outro foi queimado vivo em sua casa.
“Alguns moradores conseguiram escapar, mas as vítimas não conseguiram”, disse Rifai.
Yusak Tampai, líder do Exército de Salvação na Indonésia, incentivou os cristãos da região a “permanecerem calmos, mas alertas e atentos, espalhando uma forte mensagem de esperança e se unindo em oração para fortalecer uns aos outros”.
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