Depois que os agricultores franceses iniciaram um protesto, em 18 de janeiro, o movimento se expandiu para 11 países da União Europeia. Os produtores rurais estão expressando sua insatisfação com as políticas ambientais no continente.
Segundo a Revista Oeste, as manifestações na Europa começaram antes disso, em junho de 2022, quando criadores de gado na Holanda se revoltaram contra a determinação do governo de reduzir o rebanho bovino.
Na época, as autoridades alegaram que era preciso “reduzir a produção de dióxido de carbono”. A explicação não convenceu os produtores rurais e os protestos explodiram de forma impactante.
Revolta dos agricultores
Entre os motivos dos protestos estão os crescentes custos de produção e as rígidas “normas ambientais”. Além disso, a retirada de subsídios para o agronegócio local e o possível acordo do Mercosul com a União Europeia também geram desconforto.
Os agricultores apontam para os governos que “só pensam em atender as demandas da agenda ambiental global”, enquanto isso, aumentam os custos da energia, dos fertilizantes e dos transportes, principalmente depois da guerra entre Rússia e Ucrânia.
Ainda conforme a Revista Oeste, a situação está tão caótica que os manifestantes “montaram acampamento em frente ao prédio do Parlamento, em Bruxelas, na Bélgica, buzinando, arremessando ovos e incitando incêndios”.
Agricultores europeus furiosos sitiam políticos trancados na sede da UE em Bruxelas. A paciência parece estar se a esgotar. pic.twitter.com/9y0eoxjQWs
— Tuca (Arthur) (@tucabr54) February 1, 2024
Países que entraram para o protesto
Além da França, Bélgica, Itália, Alemanha, Portugal, Romênia, Polônia, Irlanda, Holanda, Grécia, Suíça, entre outros países, também registraram manifestações.
Alguns pedem salários mais justos, reclamam da concorrência desleal e outros argumentam que os aumentos nos custos de produção estão levando os produtores à beira do desastre.
Conforme notícias da CNN, os tratores estão interditando as rodovias e bloqueando portos. “Já não ganhamos a vida com a nossa profissão”, disse um agricultor em Paris à CNN.
Um outro lamentou dizendo que “o sistema zomba tanto dos agricultores quanto dos consumidores”.
‘Acordo Verde Europeu’
Renaud Foucart, professor sênior de economia na Universidade de Lancaster, na Inglaterra, aponta o “Acordo Verde Europeu” como uma importante fonte de tensão. Ele explica que a “raiva dirigida a Bruxelas” tem a ver com as metas ambientais da União Europeia.
O acordo visa introduzir medidas que incluem um imposto sobre o carbono, proibições de pesticidas, restrições às emissões de nitrogênio e restrições ao uso da água e da terra.
Foucart diz que os agricultores estão tentando adiar as regulamentações do Acordo Verde durante o maior tempo possível: “Eles querem adiar ainda mais qualquer tentativa de taxar o carbono e reduzir os pesticidas”.
Resumidamente, o “Acordo Verde ou Pacto Ecológico Europeu” é um conjunto de políticas e estratégias articulado pela Comissão Europeia com o objetivo de “conter a ameaça do aquecimento global”, através da “redução da emissão de gases de efeito estufa”.
Fome em proporções bíblicas
Enquanto isso, milhões de pessoas passam fome em todo o planeta. O Guiame divulgou, no ano passado, que cerca de 735 milhões de pessoas passam fome, conforme um relatório da ONU.
O número certamente é muito maior que aquele que foi divulgado e aumenta assustadoramente a cada ano. “Como humanitários, estamos enfrentando o maior desafio que já vimos”, disse a diretora executiva do Programa Alimentar Mundial (WFP, da sigla em inglês), Cindy McCain, em um comunicado compartilhado com o Christian Post.
“Precisamos que a comunidade global aja com rapidez, inteligência e compaixão para reverter o curso e virar o jogo contra a fome”, disse ela na ocasião, lembrando que cerca de uma em cada cinco pessoas na África enfrenta fome, que é mais do que o dobro da média mundial.
A Bíblia diz que “haverá fomes em vários lugares”, conforme Mateus 24 e que haverá um tempo de escassez extrema de alimentos, em todo o mundo, de acordo com Apocalipse 6, onde é descrito de forma simbólica, a passagem do “cavalo preto”, por ocasião da abertura do terceiro selo. Diante das atuais notícias, podemos dizer que esse tempo está próximo.
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