“Se o STF é igualitário, por que não ter ministro evangélico?”, questiona Damares

A ministra Damares Alves defendeu a indicação de um evangélico para o Supremo Tribunal Federal como algo natural.

Fonte: Guiame, com informações do EstadãoAtualizado: terça-feira, 16 de julho de 2019 às 12:20
Ministra Damares Alves em audiência pública na Câmara dos Deputados. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Ministra Damares Alves em audiência pública na Câmara dos Deputados. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A ministra do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, disse nesta segunda-feira (15) que é natural a indicação de um evangélico para o Supremo Tribunal Federal, já que isso não se daria pelo aspecto religioso, mas sim pela capacidade.

“Se a Suprema Corte é igualitária, representa todos os interesses, e nós nunca tivemos um ministro evangélico, por que não ter um ministro evangélico na Suprema Corte? E eu vou dizer uma coisa. É tão natural isso, tão óbvio. Os alguns candidatos que estou vendo aí, alguns são cristãos, são evangélicos. Então vejo isso com muita naturalidade”, disse Damares, durante um evento nos Estados Unidos com a comunidade evangélica.

Horas antes, o presidente Jair Bolsonaro afirmou no Brasil que o atual ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), André Luiz Mendonça, é “terrivelmente evangélico”. Mendonça, que também é pastor, está entre os “bons nomes” que o presidente considera para indicar ao STF.

“Ele [Bolsonaro] não vai escolher ninguém que seja evangélico, ele vai escolher por capacidade. Mas se tiver três evangélicos ele vai nomear um dos três, como no passado tiveram candidatos evangélicos que não foram nomeados”, complementou Damares Alves.

De acordo com o porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros, Bolsonaro “buscará um alinhamento ideológico” ao escolher nomes para as duas vagas que serão abertas no STF durante o seu mandato.

Em conversa com jornalistas nesta segunda, Rêgo Barros disse que o presidente “buscará aspectos legais” quando tiver que fazer as indicações, mas também quer pessoas com os mesmos “valores de família e contra a corrupção”. 

“Naturalmente, [Bolsonaro] também buscará um alinhamento ideológico, que seria natural de pessoas que têm como ‘core’ do seu dia a dia os valores de família, os valores contra a corrupção, que é disso que nosso país tanto precisa”, declarou Rêgo Barros.

Em maio, o presidente disse que o ministro da Segurança, Sergio Moro, será indicado para a próxima vaga do STF. Nos últimos dias, ele se comprometeu a entregar uma das vagas para um evangélico.

Este conteúdo foi útil para você?

Sua avaliação é importante para entregarmos a melhor notícia

Siga-nos

Mais do Guiame

O Guiame utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência acordo com a nossa Politica de privacidade e, ao continuar navegando você concorda com essas condições