Sequestrador faz 4 reféns em sinagoga no Texas; Biden aponta como “ato terrorista”

Quatro pessoas foram mantidas reféns em uma sinagoga do Texas durante 11 horas no sábado (15).

Fonte: GuiameAtualizado: segunda-feira, 17 de janeiro de 2022 às 14:08
Fachada da sinagoga em Colleyville, no Texas. (Foto: Congregation Beth Israel Administration)
Fachada da sinagoga em Colleyville, no Texas. (Foto: Congregation Beth Israel Administration)

Quatro pessoas foram mantidas reféns em uma sinagoga do Texas durante 11 horas no sábado (15). O suspeito, identificado como Malik Faisal Akram, um cidadão britânico de 44 anos, foi morto pela equipe de resgate do FBI.

“Orações respondidas. Todos os reféns estão vivos e seguros”, disse no Twitter o governador do Texas, Greg Abbott, cerca de 20 minutos após um grande estrondo e tiros serem ouvidos na direção da sinagoga.

Akram invadiu a Congregação Beth Israel na cidade de Colleyville por volta das 11h de sábado, durante um culto religioso. Quatro pessoas, incluindo o rabino Charlie Cytron-Walker, foram feitas reféns. 

O sequestro durou quase 11 horas até os últimos reféns serem resgatados por volta das 21h, horário local. O primeiro refém foi libertado ileso por volta das 17h.

Falando à CNN, o rabino Cytron-Walker descreveu a situação como uma “experiência traumática”. Ele disse que ele e os outros reféns estão vivos hoje devido aos vários cursos de segurança que sua congregação fez ao longo dos anos.

“Sem as instruções que recebemos, não estaríamos preparados para agir e fugir quando a situação se apresentasse”, disse Cytron-Walker. “Eu encorajo todas as congregações judaicas, grupos religiosos, escolas e outros a participar de cursos de tiro ativo e segurança.”

O presidente dos EUA, Joe Biden, disse a repórteres que as autoridades não sabem as motivações do ataque à sinagoga e chamou o acontecimento de “ato de terrorismo”.

“Eu não acho que temos informações suficientes para saber por que ele atacou aquela sinagoga, por que ele insistiu na libertação de alguém que está presa há mais de 10 anos, por que ele estava comprometido, por que ele estava usando comentários antissemitas e anti-israelenses”, disse Biden.

Sobre o suspeito

Akram chegou aos EUA há aproximadamente cinco semanas de forma legal e sem atrair suspeitas. Ele passou três noites no Union Gospel Mission Dallas, um abrigo para moradores de rua, na semana anterior ao incidente.

Policiais disseram à CNN que os investigadores acreditam que Akram pode ter sido motivado pelo desejo de libertar Aafia Siddiqui, que está cumprindo uma sentença de 86 anos em uma instalação no Texas. Ela foi condenada em 2010 por sete acusações, incluindo tentativa de homicídio e agressão armada contra oficiais dos EUA no Afeganistão.

Durante conversa com os negociadores, Akram teria ainda exigido que Siddiqui fosse levada à sinagoga para que ambos pudessem morrer juntos.

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