Sobrevivente de voo da Chape escapa da morte em novo acidente: “Me sinto abençoado”

O ex-técnico de aeronave Erwin Tumiri sobreviveu a um grave acidente de ônibus na Bolívia, que deixou 21 mortos.

Fonte: Guiame, com informações do Globo e EFEAtualizado: sexta-feira, 5 de março de 2021 às 12:36
O técnico de voo boliviano voltou a trabalhar no setor aéreo em fevereiro. (Foto: EFE/Jorge Abrego)
O técnico de voo boliviano voltou a trabalhar no setor aéreo em fevereiro. (Foto: EFE/Jorge Abrego)

O boliviano Erwin Tumiri, um dos seis sobreviventes do desastre aéreo da Chapecoense, foi livrado da morte mais uma vez em um acidente de ônibus na última terça-feira (2).

Tumiri, que era técnico de aeronave da LaMia, sobreviveu entre 71 mortos na tragédia de 28 de novembro de 2016. Desta vez, ele também foi contabilizado entre os sobreviventes do acidente de ônibus, que deixou 21 mortos e 30 feridos.

“Pessoalmente, eu me sinto muito abençoado por Deus. Ele está sempre em minhas intenções, nos meus projetos”, disse entrevista à Agência Efe, Tumiri, que é evangélico.  

O ônibus caiu de um barranco de 150 metros no quilômetro 72 na rodovia Cochabamba-Santa Cruz, na Bolívia. O veículo capotou perto da cidade boliviana de Ivirgarzama. 

Tumiri, que está com 30 anos, se recupera dos ferimentos em um hospital da Bolívia. Ele lamentou as mortes e afirmou sentir “ao mesmo tempo, muita raiva”, por não ser a primeira vez que a empresa de transportes se envolveu em um acidente do tipo.  

Desde a tragédia aérea de 2016, Tumiri se aproximou mais de Deus e voltou a buscar novos sonhos — ele resolveu estudar e se formou como piloto. Em fevereiro deste ano, ele foi aceito na estatal Direção-Geral de Aviação Civil (DGAC) e embarcou no ônibus para trabalhar na cidade de Chimoré, na zona central do Trópico de Cochabamba. 

Antes de embarcar, na noite de terça-feira, Tumiri disse que sentiu-se receoso de entrar no ônibus, porque parecia “velho”. Ele adormeceu durante o percurso, até que foi acordado por gritos.


A frota da empresa Carrasco transportava cerca de 45 passageiros. (Foto: APG)

“As pessoas começaram a gritar. Diziam: ‘Pare, pare!’ Muita gente começou a chorar, a maioria mulheres. Larguei meu celular, me agarrei ao banco da frente e me inclinei para trás”, descreveu, ao se lembrar da situação dentro do ônibus em alta velocidade.  

‘Nosso Pai tem poder’

A fé é uma característica comum entre sua família. A irmã do sobrevivente, Lucía Tumiri, que também é evangélica, afirmou em entrevista ao jornal Los Tiempos que ele está vivo por milagre de Deus.

“Ele está estável, graças a Deus, mais uma vez ele foi salvo. Ele teve ferimentos leves. Fiquei muito preocupada, sinto-me feliz pelo meu irmão. Ele está com ferimentos no joelho e arranhões nas costas, está com um corte no joelho. Eu conversei com ele e ele disse que está bem. É com a força do Senhor, ele sempre cuida de nós e tem o seu tempo”, afirmou a irmã à publicação local.

Ao jornal argentino "Olé", Lucía reconheceu o cuidado de Deus sobre a vida de seu irmão. “Estou tranquila, nosso Pai Criador tem poder. Ele protegeu meu irmão, e agradeço ao Senhor. Sou evangélica, meu irmão também tem seu grupo”, disse.

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