Sobrevivente do massacre em Universidade do Quênia pede orações: "Ainda tenho pesadelos"

Frederick Gitonga (21 anos) disse que na madrugada anterior ao ataque, acordou com um desejo de orar pelos alunos sob sua liderança.

Fonte: Guiame, com informações do Religion News ServiceAtualizado: sexta-feira, 17 de abril de 2015 às 13:02
Estudantes da Universidade de Garissa (Quenia) comparecem ao funeral de colegas, mortos durante o ataque terrorista, realizado pelo grupo Al Shabab.
Estudantes da Universidade de Garissa (Quenia) comparecem ao funeral de colegas, mortos durante o ataque terrorista, realizado pelo grupo Al Shabab.

Sobrevivente do ataque terrorista à Universidade de Garissa (Quênia), ocorrido dia 02 de abril - no qual 148 estudantes foram mortos -, o presidente da União Cristã na instituição pediu orações pela cura física e psicológica de todos os que sobreviveram àquele dia violento.
 
"Por favor, orem por nós... Muitos viram e sofreram coisas horríveis demais para descrever", disse Frederick Gitonga, de 21 anos.
 
"Ore por mim também. Eu preciso de paz de espírito, força e sabedoria. Eu estou lutando contra pesadelos que não me acordam no meio da noite e é difícil voltar a dormir. Me pego lembrando do horror daquele dia. Os sons e cheiros voltam à mente com clareza. "
 
Gitonga explicou que na madrugada anterior ao ataque, acordou com um desejo de orar pelos alunos sob sua liderança, para que eles fossem capazes de perdoar verdadeiramente alguém que agisse de forma errada. Na manhã seguinte, cerca de 22 alunos, membros da União Cristã estavam mortos, após terem participado das orações matinais.
 
Gitonga disse que a única razão pela qual ele ainda está vivo é porque sentiu-se muito cansado depois de sua noite em claro, para juntar-se aos outros alunos nas orações matinais. Em vez disso, ele decidiu voltar a dormir e acordou já ao ao som dos tiros.
 
Gitonga expressou sua gratidão pelos sobreviventes e o livramento que Deus deu a estes, porém lamentou pela morte de outros colegas e confessou que ainda tem traumas.
 
"Eu louvo a Deus que alguns sobreviveram, alguns de maneira verdadeiramente milagrosas. No entanto, estamos profundamente traumatizados, quebrados e precisamos de muita oração. Ao mesmo tempo, estamos tentando ajudar outros estudantes que buscam conforto e apoio de nós", disse.
 
"Eu não fui até o meu alojamento desde que aconteceu o ataque, porque eu senti que não podia descansar até que meus amigos estejam descansados. Este fim de semana eu e outros dois funcionários da União Cristã Estudantil vamos viajar para Bungoma, oeste do Quênia, para levar os nossos amigos Edward, Evans, Emily e Tobias até suas casas. Então eu vou assistir aos funerais de Sammy e Philomena de em Kitui, antes de finalmente ir para casa para descansar. Parece muito, mas estes não eram apenas colegas e companheiros de funcionários da UC, eles também eram meus amigos próximos e parceiros de oração. Eu tenho que dizer adeus", destacou.

 

 

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