A Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados aprovou na quarta-feira (04) o projeto que dá a eventos promovidos por igrejas relacionados à música o direito de utilizar os mecanismos de incentivo da Lei Rouanet.
Hoje, a lei de incentivo à cultura reconhece a música gospel como manifestação cultural, assim como os eventos relacionados a ela – exceto aqueles promovidos por igrejas.
Em sua página, o pastor Renato Vargens, seguido por mais de 100 mil pessoas no Facebook, criticou o projeto, onde diz “Sou contra a lei Rouanet para música religiosa e gospel”.
O pastor diz que “entendo que o ‘papai estado’ não deve injetar dinheiro em música religiosa, como também em cantores famosos do meio secular, mesmo porque, esse não deve ser o papel do Estado”.
Vargens faz alguns questionamentos sobre a proposta: “Qual o propósito desta lei para religiosos. Enxertar dinheiro em ‘artistas’ cujo propósito não é a glória de Deus, mas, sim o ‘enriquecimento?’”
Ele diz ainda que “o Estado tem que se preocupar com outras coisas e não investir grana em cantores famosos beneficiando-os com privilégios”.
Direto em suas colocações, o pastor não defende a utilização dos recursos nem para famosos nem para novatos. “Quanto aos cristãos que estão começando, não é justo? Talvez alguém esteja a perguntar. Não se trata de justiça, mas de ética. Ademais, o crente deve depender de Deus para fazer a obra de Deus e não do dinheiro estatal. É o que penso, é o que digo”, finalizou
O projeto original de 2015, foi ampliado pelo relator, deixando o texto substitutivo com o termo “música religiosa” em vez de “música gospel” para, e abrangeu eventos promovidos por igrejas.
A proposta ainda será analisada em caráter conclusivo pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania – ou seja, se aprovada, vai direto ao Senado, sem passar por um plenário na Câmara.
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