“Sou contra a Lei Rouanet para música religiosa e gospel”, diz pastor

Igrejas poderão usar recursos da Lei Rouanet, segundo projeto aprovado na Comissão de Cultura da Câmara Federal.

Fonte: Guiame, com informações do GloboAtualizado: sexta-feira, 8 de novembro de 2019 às 14:29
Plenário da Câmara dos Deputados. (Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados)
Plenário da Câmara dos Deputados. (Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados)

A Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados aprovou na quarta-feira (04) o projeto que dá a eventos promovidos por igrejas relacionados à música o direito de utilizar os mecanismos de incentivo da Lei Rouanet.

Hoje, a lei de incentivo à cultura reconhece a música gospel como manifestação cultural, assim como os eventos relacionados a ela – exceto aqueles promovidos por igrejas.

Em sua página, o pastor Renato Vargens, seguido por mais de 100 mil pessoas no Facebook, criticou o projeto, onde diz “Sou contra a lei Rouanet para música religiosa e gospel”.

O pastor diz que “entendo que o ‘papai estado’ não deve injetar dinheiro em música religiosa, como também em cantores famosos do meio secular, mesmo porque, esse não deve ser o papel do Estado”.

Vargens faz alguns questionamentos sobre a proposta: “Qual o propósito desta lei para religiosos. Enxertar dinheiro em ‘artistas’ cujo propósito não é a glória de Deus, mas, sim o ‘enriquecimento?’”

Ele diz ainda que “o Estado tem que se preocupar com outras coisas e não investir grana em cantores famosos beneficiando-os com privilégios”.

Direto em suas colocações, o pastor não defende a utilização dos recursos nem para famosos nem para novatos. “Quanto aos cristãos que estão começando, não é justo? Talvez alguém esteja a perguntar. Não se trata de justiça, mas de ética. Ademais, o crente deve depender de Deus para fazer a obra de Deus e não do dinheiro estatal. É o que penso, é o que digo”, finalizou

O projeto original de 2015, foi ampliado pelo relator, deixando o texto substitutivo com o termo “música religiosa” em vez de “música gospel” para, e abrangeu eventos promovidos por igrejas.

A proposta ainda será analisada em caráter conclusivo pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania – ou seja, se aprovada, vai direto ao Senado, sem passar por um plenário na Câmara.

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