Suprema Corte do Texas decide contra pai que tenta impedir transição de gênero do filho

O caso do pequeno James, agora com 10 anos de idade, virou uma batalha judicial para decidir se o menino deve ou não passar por tratamento com bloqueadores de puberdade.

Fonte: Guiame, com informações de Christian PostAtualizado: terça-feira, 3 de janeiro de 2023 às 17:16
Jeffrey Younger e seu filho James Younger. (Foto: Reprodução/Facebook Save James)
Jeffrey Younger e seu filho James Younger. (Foto: Reprodução/Facebook Save James)

Jeff Younger, o pai americano do Texas que enfrenta uma batalha judicial desde 2019, para evitar que seu filho passe pela “castração química”, teve seu pedido rejeitado pela Suprema Corte do Texas. 

De acordo com o desejo de sua ex-esposa, Anne Georgulas, o menino deve passar por um tratamento para troca de gênero por meio do uso de bloqueadores de puberdade e hormônios sexuais cruzados. 

A briga que foi parar na justiça se deu porque Anne quer transformar James em menina, mas o pai está totalmente contra sua intenção. 

Durante a disputa legal, Jeff chegou a ser acusado de abuso infantil por não tratar o filho James como uma menina. O pai denunciou que é a mãe quem abusa do filho tentando mudar seu sexo.

Documentos judiciais mostram que o garoto se veste de menina e tem o nome de "Luna" quando está com a mãe, mas testemunhas do pai dizem que ele escolhe roupas de menino e se chama "James" quando está com ele.

 

Texas: ‘Império do abuso infantil’

A luta de Jeff, que já é conhecida em todo país, chegou a um ponto crítico quando a justiça encerrou efetivamente seus direitos parentais: “O Texas é um império de abuso infantil, liderado por juízes”, protestou conforme informou o Christian Post. 

A história chama ainda mais a atenção dos críticos quando tomam conhecimento de que a pediatra, Anne Georgulas, sequer é mãe biológica de James e de seu irmão gêmeo, Jude. 

Ela tem a custódia dos meninos e, recentemente, mudou-se com eles para a Califórnia, depois que um tribunal distrital do condado de Dallas, em setembro de 2022, a autorizou a residir com as crianças em qualquer lugar nos Estados Unidos. 

A mudança repentina e estratégica parece ser um esforço para garantir a transição de sexo do menino James. 


James se veste de menina quando está com a mãe. (Foto: Captura de tela/YouTube Sydney Watson)

Califórnia: ‘Santuário LGBT’

Assinado pelo governador democrata, Gavin Newsom, no ano passado, o Projeto de Lei 107 do Senado entrou em vigor no domingo em toda a Califórnia. O estado foi considerado um “santuário” para aqueles que desejam prescrever bloqueadores de puberdade, hormônios sexuais cruzados ou realizar cirurgias mutilantes de mudança de sexo em menores.

A Califórnia se refere a essas drogas e cirurgias experimentais como “cuidados de afirmação de gênero” para crianças que mostram sinais de confusão de gênero.

A situação se torna drástica para os cristãos quando a lei concede aos tribunais estaduais “jurisdição de emergência temporária” se uma criança for submetida ou ameaçada com “maus-tratos ou abuso” ou porque a criança “não conseguiu obter cuidados de saúde de afirmação de gênero” ou “cuidados de saúde mental de afirmação de gênero”.

‘Moedor de carne transgênero’

Terry Schilling, presidente do American Principles Project — organização que defende a família e a dignidade humana — fez um alerta sobre a facilidade com que os juízes aprovam cirurgias de transição de gênero.

“Tudo o que a mãe precisa fazer é alegar que o filho é suicida e ela receberá uma ordem judicial da Califórnia tão rápido que sua cabeça vai girar”, ele disparou. 

Schilling sugeriu que um tribunal da Califórnia poderia permitir que a ex-esposa de Jeff prosseguisse com os procedimentos de transição de gênero para seu filho, uma perspectiva que o preocupa muito.

“A Suprema Corte do Texas mandou meu filho para um moedor de carne transgênero”, lamentou o pai preocupado. Lembrando que Anne tem a custódia dos meninos e que uma ordem judicial deu a ela “direitos exclusivos temporariamente”. 

A tutela conjunta dos filhos foi revertida e Jeff foi submetido a pagar por “sessões de aconselhamento” com os chamados “profissionais de saúde mental” que concordam com a ideia de que James é na verdade uma menina, mesmo tendo nascido com o sexo masculino.

Consequências e danos irreversíveis

Os registros da pediatra de James, conforme o Christian Post, revelam que Anne “conversou sobre bloqueadores de puberdade aos 9 anos com a Dra. Jennifer Pape”. 

Ao que tudo indica, a criança foi “mal diagnosticada” com disforia de gênero por conselheiros licenciados e, se passar por tratamento hormonal, poderá ter danos permanentes. 

Bloqueadores da puberdade e hormônios do sexo oposto estão entre as drogas mais comuns administradas a crianças que expressam confusão de gênero. De acordo com o American College of Pediatricians, os efeitos colaterais dos hormônios do sexo oposto podem incluir um “risco aumentado de ataques cardíacos, derrame, diabetes, coágulos sanguíneos e câncer ao longo da vida”. 

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