A Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu permitir que um condenado à morte no Texas receba oração de um pastor durante sua execução com uma injeção letal.
Um parecer, divulgado na quinta-feira (24), anunciou que o tribunal superior decidiu por votação que John Henry Ramirez deve ter o direito de seu pastor lhe impor as mãos e orar em voz alta, em respeito a suas crenças religiosas.
No documento, o chefe de justiça John Roberts explicou que o tribunal rejeitou o argumento do governo do Texas de que o pastor não poderia acompanhar Ramirez para a prevenção de interferência na execução.
“Não vemos como deixar o conselheiro espiritual ficar um pouco mais perto, estender o braço e tocar uma parte do corpo do prisioneiro, bem longe do local de qualquer linha intravenosa, aumentaria significativamente o risco. E isso é tudo o que Ramirez pede aqui”, afirmou, no documento.
Os advogados do prisioneiro iniciaram uma batalha judicial em 10 de agosto de 2021, depois que os funcionários da prisão estadual negaram o pedido de John para que o pastor batista Dana Moore estivesse presente durante sua execução e impusesse as mãos, enquanto morresse. Segundo o processo, Moore ministrou a John por cinco anos.
Grupos religiosos, como a Comissão de Ética e Liberdade Religiosa da Convenção Batista do Sul e a Associação Nacional de Evangélicos, apresentaram uma petição, pedindo a garantia dos direitos religiosos de Ramirez.
"Casos anteriores neste Tribunal já indicaram a importância do direito a um conforto espiritual tão significativo na câmara de execução para um prisioneiro condenado de qualquer fé”, afirmou o documento.
John Henry seria executado em setembro de 2021, mas a Suprema Corte atrasou sua execução para analisar seu pedido.
Ramirez foi condenado à pena de morte pelo assassinato, por esfaqueamento, de Pablo Castro, um trabalhador de uma loja de conveniência na cidade de Corpus Christi, de 45 anos, em 2004. De acordo com as autoridades, o homem foi esfaqueado após um roubo de 1,25 dólares.
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