Tribunal rejeita ação contra escola que obrigou aluno a participar de evento LGBT

A mãe foi discriminada e teve a ação recusada pela Corte, após processar a escola por forçar seu filho de quatro anos a participar de uma Parada Gay.

Fonte: Guiame, com informações do Christian ConcernAtualizado: sexta-feira, 28 de abril de 2023 às 11:12
Izzy Montague, mãe do menino de quatro anos. (Foto: Reprodução/Christian Concern)
Izzy Montague, mãe do menino de quatro anos. (Foto: Reprodução/Christian Concern)

O Tribunal do Condado de Londres Central rejeitou a ação contra a escola “Heaver's Farm Primary School”, em Croydon, por tentar forçar uma criança de quatro anos de idade a participar de uma Parada Gay.

Os cristãos Izzy e Shane Montague, apoiados pelo “Christian Legal Centre” (empresa que fornece apoio legal para aqueles que se posicionam por Jesus), entraram com a ação depois de serem discriminados por contestar a escola sobre a educação LGBT de seu filho de 4 anos, que incluía a participação obrigatória em um evento do Orgulho Gay.

Os pais foram informados sobre a celebração LGBT com apenas alguns dias de antecedência, quando receberam um convite com as cores do arco-íris para participar do evento. 182 crianças foram retiradas do desfile pelos pais.

Apesar de todas as contestações, o Tribunal decidiu que o evento não era uma promoção LGBT, “mas parte de um programa geral para promover a igualdade e a inclusão”.

Controvérsias no julgamento

Durante o julgamento, funcionários da escola, incluindo a diretora, Susan Papas, e o Sr. Askey, professor do filho de Izzy, testemunharam que as visões cristãs sobre comportamento e relacionamentos homossexuais eram homofóbicas.

Quando questionados sobre o ensino da escola sobre estruturas familiares, nenhum dos funcionários, embora sob juramento, admitiu que uma mãe deve ser biologicamente uma mulher do sexo feminino.

Através de e-mails fornecidos pela escola como parte das provas, a instituição de ensino afirmou que havia um grupo de responsáveis considerados 'fanáticos' por se opor à educação LGBT de seus filhos em idade escolar primária.

A diretora declarou que por causa dos pais que são contra a participação de seus filhos na Parada Gay, o evento deveria ser obrigatório.

Em um e-mail enviado a um apoiador da celebração, Susan se referiu a Izzy dizendo: “Essa mãe tem uma visão estranha e ofensiva do mundo. Estamos trabalhando muito para garantir que as crianças em nossas escolas não compartilhem dessas opiniões!”.

Enquanto isso, no site da escola circulava a imagem de uma aluna do 1º ano segurando um cartaz baseado na emblemática frase de Martin Luther King: “Eu tenho um sonho, que meninos poderão ir ao mesmo banheiro que meninas”.

Criança segurando o cartaz com a frase polêmica. (Foto: Reprodução/Christian Concern)

Discriminação da escola 

Izzy pediu que seu filho fosse retirado do desfile, porém, a escola informou que se a criança não comparecesse, isso seria visto como um problema comportamental. 

A escola também afirmou a outros pais que a participação no evento era uma 'exigência legal' e obrigatória.

A mãe explicou que a escola violou a Lei da Igualdade de 2010 e a Lei dos Direitos Humanos.

E acrescentou que a Parada Gay era uma “discriminação ilegal” contra crianças cristãs ou qualquer outra religião tradicional.

Após as afirmações de Izzy, seu filho recebeu uma detenção dois dias seguidos. Ela foi banida do pátio da escola por buscar justificativas sobre a detenção.

Logo, a família não teve outra alternativa a não ser tirar o filho da escola e entrar com uma ação legal.

Conclusão do Tribunal

O Tribunal concluiu que o foco da escola na educação LGBT e na Parada Gay teria o efeito de normalizar essas questões para seus alunos. 

No entanto, a sentença reconheceu que a comunicação da instituição era ruim e enfatizava demais assuntos homossexuais. 

O juiz também decidiu que a maneira como Izzy foi banida do prédio “pode ​​ser indicada como uma escola que estava ignorando os direitos dos pais por suas reclamações”.

“Ao longo dessa provação, senti como se eu e minhas crenças cristãs estivéssemos sendo julgadas. A Corte parece ser tão motivada ideologicamente quanto a escola. Isto não acabou e vamos recorrer a esta sentença perversa que fez com que as evidências se encaixassem na agenda da escola”, disse Izzy.

E continuou: “Nenhum pai deveria ter que passar pelo que eu, e tantos outros pais na Fazenda Heavers, por querer proteger a inocência de seus filhos e criá-los de acordo com suas próprias crenças. Sou cristã e não acredito que haja nada de redentor em forçar uma criança de 4 anos a marchar entre bandeiras de arco-íris e cantar 'hinos gays'”.

Andrea Williams, diretora executiva do Christian Legal Center, informou:

“O julgamento de hoje é notável por todas as razões erradas. Embora o governo tenha reconhecido as armadilhas de deixar o conteúdo de LGBT e educação sexual a critério das escolas e pedido uma revisão, este Tribunal seguiu o caminho oposto e decidiu que o evento do Orgulho Gay era na verdade sobre tolerância e diversidade, e não LGBT. Os Montagues vão apelar, e com razão”.

“O que todo esse caso representa é que existem algumas escolas neste país onde as crenças bíblicas e os cristãos não são bem-vindos”, declarou ela. 

E concluiu dizendo: “Não há absolutamente nenhuma circunstância em que seja aceitável forçar uma criança cristã de 4 anos a participar de uma Parada Gay contra a vontade de seus pais”.

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