Trump barra entrada de refugiados cristãos em novo decreto

No antigo decreto, Trump estabelecia uma exceção para aqueles que fossem cristãos e estivessem sofrendo perseguição religiosa. Na nova ordem executiva, essa opção é inexistente.

Fonte: Guiame, com informações de ExameAtualizado: quarta-feira, 8 de março de 2017 às 19:38
Trump pretende evitar ser acusado de discriminar diferentes grupos por motivos religiosos. (Foto: Chip Somodevilla/Getty Images)
Trump pretende evitar ser acusado de discriminar diferentes grupos por motivos religiosos. (Foto: Chip Somodevilla/Getty Images)

Cristãos que estão tentando fugir dos conflitos no Oriente Médio serão barrados nos Estados Unidos, conforme uma nova ordem executiva emitida pelo presidente Donald Trump.

No antigo decreto que proibia a entrada de refugiados sírios no país, assinado no dia 27 de janeiro, Trump estabelecia uma exceção para aqueles que fossem cristãos e pudessem provar que tinham sofrido perseguição por motivos religiosos.

Na prática, assim que o programa de admissão de refugiados voltasse a operar após uma suspensão de 120 dias, esses sírios cristãos teriam prioridade no momento de entrar no território norte-americano. No entanto, essa opção é inexistente na nova ordem executiva assinada na última segunda-feira (6) e entrará em vigor no dia 16 de março.

No primeiro decreto, a lei dava “prioridade às reivindicações de refugiados feitas por indivíduos por perseguição religiosa”. Segundo o texto, o benefício só poderia ser concedido “sempre que a religião do indivíduo seja minoritária no país de sua nacionalidade, ou seja uma minoria cristã”.

Essa ideia era aparentemente aprovada por Trump, que reconheceu as atrocidades cometidas por radicais islâmicos contra cristãos. “Os cristãos no Oriente Médio foram executados em grandes quantidades. Não podemos permitir que esse horror continue”, disse o presidente no Twitter.

No entanto, as declarações de Trump criaram controvérsia e fizeram com que grupos como o Conselho de Relações Islâmico-Americanas denunciassem o presidente de violar a Primeira Emenda da Constituição, que proíbe a criação de leis para fazer uma religião como oficial do país.

Com a nova ordem, o governo de Trump pretende minimizar as polêmicas e evitar que outras organizações o acusem de discriminar diferentes grupos por motivos religiosos.

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