Cowboy de rodeio conta sua jornada até Jesus: ‘Não queria minha antiga vida’

Após enfrentar altos e baixos ao longo da vida, o cowboy Monty Rieck encontrou Jesus através de uma oportunidade para salvar seus relacionamentos e sua vida financeira. Hoje ele conta suas experiências em uma nova autobiografia, I Am Eli (tradução livre: Eu Sou Eli), a primeira de três planejadas para sua série ‘Cowboy Pregador’.

Monty foi criado com os pais e os irmãos em um rancho na área rural da Califórnia, numa cidadezinha chamada Lompoc, onde aprendeu a amarrar bois e montar touros por 10 anos, até sair de casa e virar cowboy. 

Aos 16 anos, ele foi trabalhar como encanador para seu pai, William, que foi campeão mundial da Super Stock Car Drag Racing em 1968. Apesar do grande reconhecimento, ele não foi presente como pai. 

Segundo ele, a mãe era “maravilhosa e doce”, mas apesar de ter crescido na igreja, nunca conheceu Cristo de verdade. Uma complicação na hora do parto de seu irmão mais velho danificou a medula espinhal e ele não se desenvolveu mais do que uma criança de dois anos. 

“Acho que minha mãe ficou brava com Deus, então ela saiu da igreja. Eu não cresci com nada de Deus na minha vida”, disse ele.

Segundo o God Reports, na adolescência, ele começou a beber por influência de seu pai. Os irmãos comercializavam maconha e cocaína, e ele passou a usar e vender. 

^{Monty na juventude no rancho da família. (Foto: Reprodução/Cowboy Preacher)}

Primeiros passos

Anos depois, Monty e seu pai se desentenderam e ele mudou-se para o Colorado com sua esposa, Pam, e seu filho, Cody. Ele foi trabalhar com outro encanador, que por acaso era um cristão convicto. 

“Foi minha primeira experiência real com alguém que acredito ser um cristão nascido de novo. Ele disse que falava com Deus e que Deus falava com ele. Quando o ouvi dizer: 'Deus falou comigo', fiquei meio assustado. Eu pensei: Esse cara é louco”, disse ele.

Monty não tinha nada de Deus em sua vida, o conhecimento que ele tinha foi adquirido vendo o Papa na TV, ou assistindo ao evangelista Billy Graham. E por serem diferentes do que estava acostumado, ele começou a se perguntar o que de fato é a religião.

As coisas começaram a mudar quando ele recebeu um telefonema de seu pai que o surpreendeu, no dia de Ação de Graças: 

“Meu pai me ligou na manhã de Ação de Graças pela primeira vez, só para falar comigo, e fiquei maravilhado. Ele disse: ‘Ei, vamos superar nossas diferenças e as coisas ruins e construir um relacionamento novamente’”.

^{Monty com seu pai William. (Foto: Reprodução/Cowboy Preacher)}

O que Monty não poderia esperar é que seu pai morreria naquele dia, depois que eles encerraram a conversa por telefone. Ele se sentiu perdido, havia acabado de comprar uma casa e as coisas estavam indo bem, mas de repente tudo se foi.

Após a morte de seu pai, Monty, sua esposa e o filho voltaram para Lompoc, e ele voltou ao negócio de encanamento. Porém o negócio não teve muitos resultados e sua família enfrentou dificuldades financeiras.

Então ele foi apresentado a uma organização de marketing multinível e conheceu um homem que se tornou seu líder na empresa Quixtar. 

Johnny Hall, seu mentor na organização também era cantor gospel e, quando soube que o casamento de Monty estava passando por dificuldades, enviou-lhe o livro If He Only Knew (tradução livre: Se Ele Apenas Soubesse), de Gary Smalley, junto com um pequeno panfleto que dizia: ‘O que você acha de Jesus?’

Deus preparou o momento certo

Monty estava sobrecarregado com o fracasso no trabalho, casamento e em seu relacionamento com o irmão, que por conta dos negócios, não estava bem. Ele tentou salvar a situação pelas suas forças mas reconheceu que estava “cansado de lutar”. 

^{Monty e sua esposa Pam. (Foto: Reprodução/Cowboy Preacher)}

A Quixtar, empresa onde ele trabalhava, tinha uma forte influência cristã. Segundo Monty, todo domingo eles faziam cultos religiosos e a partir da iniciativa da organização, ele começou a frequentá-los 

“Foi aí que comecei a ouvir o Evangelho, ouvir música e bandas cristãs”, contou ele.

Depois de uma ministração de seu mentor, Johnny Hall em uma convenção da Quixtar em Las Vegas, Monty entregou sua vida a Jesus. 

“Ouvi sua mensagem de paz, que mesmo em meio ao sofrimento, você pode ter alegria. Eu estava vendo todas essas pessoas cristãs, como seu comportamento era tão diferente, elas estavam passando por provações e tribulações, mas ainda tinham alegria. Acabei entregando minha vida a Jesus Cristo naquela época”, afirmou Monty.

“Eu gritei e chorei, eu levantei minhas mãos e disse: 'Senhor Jesus, não quero minha antiga vida. Eu entrego minha vida a Ti. Eu me rendo totalmente, e não quero ser mais eu, quero ser como o Senhor”, declarou Monty com a plena convicção de que naquele momento nasceu de novo.

As experiências como cowboy de rodeio geraram algumas lesões em seu corpo, ele precisou passar por várias cirurgias e aproveitou o tempo de repouso para escrever seu livro.

“Eu vivi uma vida difícil e paguei por isso”, disse ele. “Com 12 cirurgias para reparar meu corpo, decidi usar o tempo de recuperação para contar muitos dos incríveis momentos decisivos da minha vida. Em Eu sou Eli , o leitor terá um vislumbre de meus primeiros anos e vida difícil, além de como encontrei o amor supremo de Deus. É uma jornada com muitos solavancos, contusões e quebras com as quais eu acho que as pessoas vão se identificar”, concluiu.