A Paz em Cristo Jesus. Gostaria de compartilhar com vocês o milagre que Deus realizou em minha vida.
Era véspera de páscoa do ano de 2006. Havia tido um dia de intensas atividades no estágio. Aquela quinta-feira fora o dia de abertura do meu projeto de conclusão do curso de Administração. Iria me formar no mês de julho desse mesmo ano.
Sem nenhuma explicação, já a noite, comecei a sentir fortes dores na perna direita, na região do quadril. Logo minha mãe e meu noivo levaram-me ao hospital e o médico diagnosticou o que é mais comum, talvez possa classificar de mal do século: dor muscular, tensão e stress. Aplicaram-me uma injeção do tipo "sossega leão" e mandaram-me para casa com uma receita de antiinflamatório.
Naquele final de semana, a dor foi ficando mais intensa, era como se estivesse entrando facadas na cabeça do fêmur e a dor refletia em toda perna. Na segunda-feira fomos a um ortopedista que com um apertão certeiro disse: "É bursite, vamos fazer uma aplicação de corticóides agora e outra na próxima segunda e em 15 dias tudo estará resolvido". A pergunta que eu fazia era como teria surgido isso? E o médico simplesmente respondia que "era normal".
Passado os 15 dias, o problema persistia. Após trinta dias de tratamento mudamos de especialista. Durante 50 dias todo tratamento realizado com corticóides e outros antiinflamatórios, além de absoluto repouso não produziam efeitos positivos que diminuísse a inflamação. Em junho, quando já não estava mais conseguindo andar e nem sentar por causa da dor e tendo freqüentes desmaios, o médico que conduzia o tratamento receitou-me três últimas injeções para o final de semana e, caso estas não fizessem efeito, teria então que me internar na segunda-feira para que exames mais detalhados fossem feitos a fim de encontrar a causa da dor.
Naquele final de semana o Coral Jovem Seguidores de Cristo participaria de um Congresso de Jovens em Atalaia e sem que o médico soubesse, pela misericórdia de Deus fui até lá. Na noite de sábado Deus usou o Pastor que ministrava para trazer uma mensagem a mim e a minha família. Deus o mandava dizer "que não iria me curar naquele final de semana e a dor que sentia iria aumentar ainda mais. Na hora DEle entraria com providências financeiras, materiais e humanas e traria ainda conforto para a família. Deus iria derrotar os meus inimigos e tudo quanto estava Ele fazendo era para mostrar a Glória DEle e evidenciar que Ele era Deus". No entanto, aquelas duras palavras, perturbaram ainda mais nossos corações. Por que tudo aquilo estava acontecendo? Por que tanta dor? Como iria fazer pra realizar meu sonho de me formar? Que inimigos?
Já no domingo logo após o culto da manhã tive que deixar a igreja e seguir para o hospital juntamente com irmãos da igreja local. A dor aumentava e tudo quanto Deus havia dito começava a acontecer. Passei a tarde tomando medicações. Já em Londrina, tentei na segunda-feira adiantar o máximo que podia do meu trabalho, tomei mais uma injeção de antinflamatório mas nada adiantou. Fui internada na Santa Casa da Londrina no dia 07/06/06. A dor era cada vez mais intensa. Exames eram feitos e somente encontravam a bursite. Nova doze de corticoídes foi administrada e nenhuma mudança no quadro inflamatório. Minhas pernas, já estavam sem movimentos, pois há dias não podia colocar os pés no chão. Por meses a minha maior dedicação era para o trabalho de conclusão de Curso e Deus me fez parar e entender... "buscai, pois, em primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça e todas estas coisas vos serão acrescentadas..."Mt 6.33
No hospital, Deus colocou-me com pessoas abençoadas. Enviava amigos que auxiliavam na hora do banho e nas refeições, nos momentos difíceis e angustiantes. Ele preparou tudo. Quantas lágrimas eu e minha mãe derramamos, ela que dormia ao meu lado todos os dias ali, "devo dizer: tentava dormir". Eu passava a maior parte do tempo dormindo, totalmente sedada pelas medicações para poder suportar a dor.
Nas madrugadas meu joelho pulava sozinho de forma involuntária, parecia um choque. Eu dizia ao médico, no entanto, ele não compreendia o que poderia ser. Mas Deus o levou ao quarto em uma manhã em que eu estava tendo estes choques. Até este momento, todos os exames já realizados eram da cintura para baixo. Pela primeira vez o médico examinou a parte das costas, toda a extensão medular. Quando apertou na altura do peito senti uma dor forte e em seguida ele solicitou uma ressonância. Estávamos também aguardando outro exame, eletroneuromiografia, solicitado por outro médico da equipe. Este exame teria que ser feito particular e Deus entrou com providência financeira como havia prometido.
Na manhã de 26 de junho fui fazer o exame de eletroneuromiografia, a palavra de que a dor seria maior confirmou-se mais uma vez; era insuportável, agulhas entrando no nervo sem anestesia, para verificar anormalidades. Durante a tarde os médicos fizeram a primeira ressonância e na noite o comportamento das enfermeiras era diferente dos dias anteriores, parecia que sabiam de algo, mas não podiam revelar. Na manhã da terça-feira o médico solicitou outra ressonância e imediatamente foi feita. Já no turno da noite, ainda sem respostas, acrescentaram antidepressivos na minha medicação para evitar ainda mais o desgaste emocional.
O que podíamos fazer era somente entregar toda dor, angústia e aflição a Deus, era Ele que estava conduzindo tudo. Todas as noites eu lia salmos capítulo 6, aonde vimos Davi recorrer à misericórdia de Deus, porém aquelas palavras ditas por ele pareciam minhas. Os louvores que ouvia, acalmavam minha alma, e assim podia compreender a vontade de Deus.
Na manhã de quarta-feira, quando ainda dormia, o médico neurologista, Dr. Takemura, chamou minha mãe para informar o novo diagnóstico. Toda inflamação e dor era causada por um tumor de 8 cm alojado na minha medula que, de acordo com os exames, vinha se desenvolvendo há 5 anos. Ele já havia definido a data da cirurgia, dia 03/07/06 às oito horas da manhã e o risco de não voltar a andar novamente era de 99,9%. Informaram somente a minha família e não a mim, já que a cirurgia era de altíssimo risco e poderia certamente deixar-me paraplégica.
Minha mãe não queria acreditar em tais palavras e não aceitava aquilo. De tensão, stress, dor muscular, bursite à tumor, não podia ser verdade. Então ela disse ao médico que Deus não iria deixar que me cortassem numa cirurgia. Solicitou que fizessem outro exame, mas o médico hesitava e se fossem fazer uma nova ressonância teria que fazer na Ultramed em um equipamento mais moderno e teria que ser particular. Então decidiram em verificar o preço do exame para assim agendar. Antes de vir ao quarto ela ligou para minha vó, contudo ela já havia saído para o Círculo de Oração na igreja, ligou então na igreja e pediu para que todos intercedessem. Também ligou para meu noivo para informá-lo e inconformada não tinha forças para vir me ver no quarto.
Naquela manhã, eu havia dormido mais do que em todos os outros dias e quando acordei, perguntei por minha mãe. Todos no quarto já sabiam do tumor e tentavam não revelar nada. O horário do banho já estava terminando e ela não vinha ao quarto e eu nem podia imaginar o que se passava. Em seguida, comecei a receber visitas, fora dos horários pré-determinados. O Pastor, Ivo Luiz de Souza, juntamente com o Pastor Osmar chegaram para ungir-me e eu só não entendia o motivo de tantas lágrimas que derramava o Pr Osmar. É claro que minha afeição estava muito abatida e pálida, com 6 kilos a mais de puro corticóide, não a mesma menina de meses atrás. Só depois iria entender o porquê das lágrimas. Antes dos pastores, viera me visitar também meu tio que tem pavor de hospital; algo estava mesmo errado.
Já no banho, minha mãe controlava as lágrimas ao esfregar minhas costas e somente do lado direito. Eu dizia a ela: "mãe você não está esfregando o outro lado", e ela respondia: "estou sim". E bem devagar esfregava o lado esquerdo, onde estava o tumor. Naquele momento, o que na verdade ela estava fazendo era repreendendo o tumor, orando e clamando a Deus. Então, com muita coragem falou-me sobre a necessidade de repetir o exame, pois haviam encontrado "uma inflamaçãozinha na medula". Eu disse a ela que "não poderia existir inflamação na medula, e sim um cisto ou tumor". Alterando a voz ela me repreendeu dizendo "que nem pensasse em uma bobagem dessas".
Após o banho visitas e visitas não paravam de chegar. O hospital havia liberado a entrada de visitantes para todo o dia, pois creio que nem eles entendiam como a gravidade do caso mudara assim tão de repente. As pessoas estranhavam porque eu estava feliz e, na verdade, Deus havia me envolvido com uma paz muito grande, tudo estava nas mãos DEle. Parecia estar anestesiada e não desconfiava de nada.
Minha mãe pediu para que meu noivo me contasse a verdade, pois ela não iria conseguir. A tarde, quando ainda ele não tinha revelado nada, o Dr. Jorge, que também estava atuando no tratamento, entrou no quarto e disse o que estava para acontecer. Deus, porém fechou meus ouvidos e eu apenas entendi que teríamos que repetir a ressonância ou tirar o líquido da medula, para descobrir a causa da dor. A outra frase mencionada pelo médico e que Deus não permitiu que eu ouvisse era justamente que iriam abrir para tirar o "cisto, a imagem". Meu noivo e as demais pessoas que estavam no quarto ouviram claramente esta frase e eu não. Este médico prontificou-se para conseguir um desconto na ressonância e assim fez. Agendou o exame para o dia seguinte no período da tarde. Aqui vimos Deus mais uma vez prover os recursos financeiros. Como Ele é fiel!
Mas tarde o Dr. Takemura, que não tivera coragem de entrar no quarto para me ver desde que soube do novo diagnóstico, chegou à porta do quarto e disse a minha mãe: "coloque sua filha para andar no corredor". Minhas palavras em resposta foram: "mãe diga a ele que não preciso sair pra ver gente, eu não vou morrer".
Chegara a hora do exame. Oh! Mas como é bom confiar e viver pra servir ao nosso Deus. Na última ressonância, 4 dias antes da cirurgia, no momento do exame, sentia como se alguém estivesse mexendo dentro das minhas costas. Ali eu orava em pensamento e dizia: "...Senhor estão encontrando alguma coisa, não pode ser... " e quando já não tinha mais palavras para orar comecei então a cantar também em pensamento. A canção que estava em minha mente falava sobre socorro, esperança, confiança em Deus. No momento em que cantava levei um choque que, de acordo com os médicos é impossível acontecer em uma ressonância. A médica parou o exame e pediu para que eu não me movesse... "Helen você está atrapalhando o exame, vou iniciar novamente", disse ela. Naquela hora eu não tinha como dizer o que havia acontecido. Ao recomeçar o exame, a partir dali, o tumor começou a desaparecer. E para a Glória de Deus o tumor simplesmente sumiu!!!
Quando terminamos a ressonância, a médica perguntou o que havia acontecido, e eu dizia que tinha tomado um choque e que havia sentido muita dor. Ainda sem saber do resultado do exame, no hospital pedia a minha mãe e a enfermeira que olhassem no local onde estava muito dolorido e mal sabia eu que era justamente o local do tumor e havia ali um risco vermelho e não era sinal da mesa do exame, era obra de Deus. Mesmo assim nada me disseram e evitaram qualquer comentário do que poderia ser. Aquela noite foi a noite em que mais senti dor, era intensa, pois a perna começava a desinchar.
Os médicos passaram o dia seguinte reunidos na Ultramed tentando entender, encontrar uma explicação ao que havia acontecido. No final da tarde, o médico neurologista veio até o quarto com o exame e dirigiu-se a minha mãe: "Mãe, estaca zero...o tumor sumiu". Naquele momento o quarto foi cheio pela glória de Deus, alguns amigos que ali estavam começaram a louvar e agradecer a Deus. Eu, ainda sem nada entender perguntei ao médico qual era o meu diagnóstico e assim me respondeu: "era um tumor na medula e sua cirurgia estava marcada para segunda-feira às 08:00 da manhã." Não tínhamos palavras, lágrimas para agradecer a Deus pelo milagre.
Foram 24 dias de internação, na Santa Casa e no dia 01/07/06 este médico me deu alta e disse que: "se tumor havia sumido a dor e o inchaço da perna também sumiria" e desta forma aconteceu. Dr. Jorge, que preferia não acreditar em tumor e sim numa imagem, também me deu alta e pedia repouso absoluto ainda. Até o mês de setembro fiquei em casa ainda em repouso, pois Deus disse que minha recuperação seria aos poucos e assim havia sido também a recomendação médica. Realizaram mais alguns exames a fim de encontrar algum cisto ou tumor em outras regiões do corpo, mas nada encontraram. Pela graça de Deus saí do Hospital andando e hoje louvo a Deus por sua fidelidade, misericórdia, por ser a minha esperança, meu socorro, refúgio e luz!
Deus ainda tinha mais pra cumprir e para mim, me formar no curso de Administração perdera a importância e expressão, não era nada perto do que Deus havia realizado. Entretanto, "Ele" permitiu que eu me formasse com a minha turma, sem precisar adiar o curso, para que toda a promessa feita por "Ele" fosse cumprida. Inimigos se levantaram pra tentar impedir que eu concluísse o Curso e Deus verdadeiramente os derrotou. Sim Deus é fiel!!!
Agradeço a Deus por tudo que fez, por todas as vidas que vivenciaram esta experiência conosco.
A minha mãe que tanta fé teve para vencer esta batalha.
Aos meus familiares, avós, tios, irmãos, primos. Obrigada por tudo....
Ao meu noivo, melhor dizendo, meu esposo, pois já estamos casados pela Graça de Deus há 10 meses.
A Irmã Vilma e Jaime Inácio.
Ao Pr. Ivo Luiz e família,
Ao Pr. Ney e família. Ao seu pai, Irmão Benedito.
A todos os pastores que nos visitaram e oraram em nosso favor.
A Josy, Dila e Talita Alcântara, A Selma, prontas para a hora do banho, almoço.
Ao casal Silvania e Ernani e suas filhas, Valeria Romanholi, Irmã Olga,
As Irmãs do Circulo de Oração.
A enfermeira Ana Maria, nossa irmã em Cristo.
Aos médicos, Dr. Jorge e Dra. Solange Kuromoto, Dr. Milton Takemura e todas as outras pessoas que foram instrumentos de Deus para cuidarem de mim.
Aos meus professores e funcionários da UEL, Professora Irene Mologni, Valdete Mrtvi, Marli, Anísio, Reitor Vilmar Marçal, Aos professores, funcionários e alunos do Colégio Champagnat, em especial à Prof. Marcia Eliane e Prof. Jorge, usados por Deus para que eu pudesse me formar.
Ao Coral Jovem Seguidores de Cristo.
A todos os amigos e irmãos que tão de perto acompanharam tudo isto, ou até mesmo longe, intercederam por nós.
A você que talvez tenha escutado alguém pedindo oração na igreja e sem saber quem eu era orou por mim.
Deus os abençoe, Deus seja com cada um de vocês, dando paz, saúde e graça. Que vossa esperança esteja em Cristo, o nosso Senhor, que vive e reina pra sempre!!!!
Sempre digo e creio que este milagre Deus não operou para mim e sim para todos nós. Para realmente mostrar a Glória D'Ele e pra que saibamos que o nosso Deus é o mesmo, que cura, liberta, transforma, basta somente crer. Então, creia amado e verá as maravilhas que o Senhor ainda tem para fazer também em sua vida. Que Deus os abençoe muito e esteja suprindo todos os anseios de vossos corações.
"Eu não morrerei enquanto o Senhor não cumprir em mim, todos os sonhos que Ele mesmo sonhou pra mim." (Nani Azevedo)
A Paz em Cristo Jesus. Gostaria de compartilhar com vocês o milagre que Deus realizou em minha vida.
Era véspera de páscoa do ano de 2006. Havia tido um dia de intensas atividades no estágio. Aquela quinta-feira fora o dia de abertura do meu projeto de conclusão do curso de Administração. Iria me formar no mês de julho desse mesmo ano.
Sem nenhuma explicação, já a noite, comecei a sentir fortes dores na perna direita, na região do quadril. Logo minha mãe e meu noivo levaram-me ao hospital e o médico diagnosticou o que é mais comum, talvez possa classificar de mal do século: dor muscular, tensão e stress. Aplicaram-me uma injeção do tipo "sossega leão" e mandaram-me para casa com uma receita de antiinflamatório.
Naquele final de semana, a dor foi ficando mais intensa, era como se estivesse entrando facadas na cabeça do fêmur e a dor refletia em toda perna. Na segunda-feira fomos a um ortopedista que com um apertão certeiro disse: "É bursite, vamos fazer uma aplicação de corticóides agora e outra na próxima segunda e em 15 dias tudo estará resolvido". A pergunta que eu fazia era como teria surgido isso? E o médico simplesmente respondia que "era normal".
Passado os 15 dias, o problema persistia. Após trinta dias de tratamento mudamos de especialista. Durante 50 dias todo tratamento realizado com corticóides e outros antiinflamatórios, além de absoluto repouso não produziam efeitos positivos que diminuísse a inflamação. Em junho, quando já não estava mais conseguindo andar e nem sentar por causa da dor e tendo freqüentes desmaios, o médico que conduzia o tratamento receitou-me três últimas injeções para o final de semana e, caso estas não fizessem efeito, teria então que me internar na segunda-feira para que exames mais detalhados fossem feitos a fim de encontrar a causa da dor.
Naquele final de semana o Coral Jovem Seguidores de Cristo participaria de um Congresso de Jovens em Atalaia e sem que o médico soubesse, pela misericórdia de Deus fui até lá. Na noite de sábado Deus usou o Pastor que ministrava para trazer uma mensagem a mim e a minha família. Deus o mandava dizer "que não iria me curar naquele final de semana e a dor que sentia iria aumentar ainda mais. Na hora DEle entraria com providências financeiras, materiais e humanas e traria ainda conforto para a família. Deus iria derrotar os meus inimigos e tudo quanto estava Ele fazendo era para mostrar a Glória DEle e evidenciar que Ele era Deus". No entanto, aquelas duras palavras, perturbaram ainda mais nossos corações. Por que tudo aquilo estava acontecendo? Por que tanta dor? Como iria fazer pra realizar meu sonho de me formar? Que inimigos?
Já no domingo logo após o culto da manhã tive que deixar a igreja e seguir para o hospital juntamente com irmãos da igreja local. A dor aumentava e tudo quanto Deus havia dito começava a acontecer. Passei a tarde tomando medicações. Já em Londrina, tentei na segunda-feira adiantar o máximo que podia do meu trabalho, tomei mais uma injeção de antinflamatório mas nada adiantou. Fui internada na Santa Casa da Londrina no dia 07/06/06. A dor era cada vez mais intensa. Exames eram feitos e somente encontravam a bursite. Nova doze de corticoídes foi administrada e nenhuma mudança no quadro inflamatório. Minhas pernas, já estavam sem movimentos, pois há dias não podia colocar os pés no chão. Por meses a minha maior dedicação era para o trabalho de conclusão de Curso e Deus me fez parar e entender... "buscai, pois, em primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça e todas estas coisas vos serão acrescentadas..."Mt 6.33
No hospital, Deus colocou-me com pessoas abençoadas. Enviava amigos que auxiliavam na hora do banho e nas refeições, nos momentos difíceis e angustiantes. Ele preparou tudo. Quantas lágrimas eu e minha mãe derramamos, ela que dormia ao meu lado todos os dias ali, "devo dizer: tentava dormir". Eu passava a maior parte do tempo dormindo, totalmente sedada pelas medicações para poder suportar a dor.
Nas madrugadas meu joelho pulava sozinho de forma involuntária, parecia um choque. Eu dizia ao médico, no entanto, ele não compreendia o que poderia ser. Mas Deus o levou ao quarto em uma manhã em que eu estava tendo estes choques. Até este momento, todos os exames já realizados eram da cintura para baixo. Pela primeira vez o médico examinou a parte das costas, toda a extensão medular. Quando apertou na altura do peito senti uma dor forte e em seguida ele solicitou uma ressonância. Estávamos também aguardando outro exame, eletroneuromiografia, solicitado por outro médico da equipe. Este exame teria que ser feito particular e Deus entrou com providência financeira como havia prometido.
Na manhã de 26 de junho fui fazer o exame de eletroneuromiografia, a palavra de que a dor seria maior confirmou-se mais uma vez; era insuportável, agulhas entrando no nervo sem anestesia, para verificar anormalidades. Durante a tarde os médicos fizeram a primeira ressonância e na noite o comportamento das enfermeiras era diferente dos dias anteriores, parecia que sabiam de algo, mas não podiam revelar. Na manhã da terça-feira o médico solicitou outra ressonância e imediatamente foi feita. Já no turno da noite, ainda sem respostas, acrescentaram antidepressivos na minha medicação para evitar ainda mais o desgaste emocional.
O que podíamos fazer era somente entregar toda dor, angústia e aflição a Deus, era Ele que estava conduzindo tudo. Todas as noites eu lia salmos capítulo 6, aonde vimos Davi recorrer à misericórdia de Deus, porém aquelas palavras ditas por ele pareciam minhas. Os louvores que ouvia, acalmavam minha alma, e assim podia compreender a vontade de Deus.
Na manhã de quarta-feira, quando ainda dormia, o médico neurologista, Dr. Takemura, chamou minha mãe para informar o novo diagnóstico. Toda inflamação e dor era causada por um tumor de 8 cm alojado na minha medula que, de acordo com os exames, vinha se desenvolvendo há 5 anos. Ele já havia definido a data da cirurgia, dia 03/07/06 às oito horas da manhã e o risco de não voltar a andar novamente era de 99,9%. Informaram somente a minha família e não a mim, já que a cirurgia era de altíssimo risco e poderia certamente deixar-me paraplégica.
Minha mãe não queria acreditar em tais palavras e não aceitava aquilo. De tensão, stress, dor muscular, bursite à tumor, não podia ser verdade. Então ela disse ao médico que Deus não iria deixar que me cortassem numa cirurgia. Solicitou que fizessem outro exame, mas o médico hesitava e se fossem fazer uma nova ressonância teria que fazer na Ultramed em um equipamento mais moderno e teria que ser particular. Então decidiram em verificar o preço do exame para assim agendar. Antes de vir ao quarto ela ligou para minha vó, contudo ela já havia saído para o Círculo de Oração na igreja, ligou então na igreja e pediu para que todos intercedessem. Também ligou para meu noivo para informá-lo e inconformada não tinha forças para vir me ver no quarto.
Naquela manhã, eu havia dormido mais do que em todos os outros dias e quando acordei, perguntei por minha mãe. Todos no quarto já sabiam do tumor e tentavam não revelar nada. O horário do banho já estava terminando e ela não vinha ao quarto e eu nem podia imaginar o que se passava. Em seguida, comecei a receber visitas, fora dos horários pré-determinados. O Pastor, Ivo Luiz de Souza, juntamente com o Pastor Osmar chegaram para ungir-me e eu só não entendia o motivo de tantas lágrimas que derramava o Pr Osmar. É claro que minha afeição estava muito abatida e pálida, com 6 kilos a mais de puro corticóide, não a mesma menina de meses atrás. Só depois iria entender o porquê das lágrimas. Antes dos pastores, viera me visitar também meu tio que tem pavor de hospital; algo estava mesmo errado.
Já no banho, minha mãe controlava as lágrimas ao esfregar minhas costas e somente do lado direito. Eu dizia a ela: "mãe você não está esfregando o outro lado", e ela respondia: "estou sim". E bem devagar esfregava o lado esquerdo, onde estava o tumor. Naquele momento, o que na verdade ela estava fazendo era repreendendo o tumor, orando e clamando a Deus. Então, com muita coragem falou-me sobre a necessidade de repetir o exame, pois haviam encontrado "uma inflamaçãozinha na medula". Eu disse a ela que "não poderia existir inflamação na medula, e sim um cisto ou tumor". Alterando a voz ela me repreendeu dizendo "que nem pensasse em uma bobagem dessas".
Após o banho visitas e visitas não paravam de chegar. O hospital havia liberado a entrada de visitantes para todo o dia, pois creio que nem eles entendiam como a gravidade do caso mudara assim tão de repente. As pessoas estranhavam porque eu estava feliz e, na verdade, Deus havia me envolvido com uma paz muito grande, tudo estava nas mãos DEle. Parecia estar anestesiada e não desconfiava de nada.
Minha mãe pediu para que meu noivo me contasse a verdade, pois ela não iria conseguir. A tarde, quando ainda ele não tinha revelado nada, o Dr. Jorge, que também estava atuando no tratamento, entrou no quarto e disse o que estava para acontecer. Deus, porém fechou meus ouvidos e eu apenas entendi que teríamos que repetir a ressonância ou tirar o líquido da medula, para descobrir a causa da dor. A outra frase mencionada pelo médico e que Deus não permitiu que eu ouvisse era justamente que iriam abrir para tirar o "cisto, a imagem". Meu noivo e as demais pessoas que estavam no quarto ouviram claramente esta frase e eu não. Este médico prontificou-se para conseguir um desconto na ressonância e assim fez. Agendou o exame para o dia seguinte no período da tarde. Aqui vimos Deus mais uma vez prover os recursos financeiros. Como Ele é fiel!
Mas tarde o Dr. Takemura, que não tivera coragem de entrar no quarto para me ver desde que soube do novo diagnóstico, chegou à porta do quarto e disse a minha mãe: "coloque sua filha para andar no corredor". Minhas palavras em resposta foram: "mãe diga a ele que não preciso sair pra ver gente, eu não vou morrer".
Chegara a hora do exame. Oh! Mas como é bom confiar e viver pra servir ao nosso Deus. Na última ressonância, 4 dias antes da cirurgia, no momento do exame, sentia como se alguém estivesse mexendo dentro das minhas costas. Ali eu orava em pensamento e dizia: "...Senhor estão encontrando alguma coisa, não pode ser... " e quando já não tinha mais palavras para orar comecei então a cantar também em pensamento. A canção que estava em minha mente falava sobre socorro, esperança, confiança em Deus. No momento em que cantava levei um choque que, de acordo com os médicos é impossível acontecer em uma ressonância. A médica parou o exame e pediu para que eu não me movesse... "Helen você está atrapalhando o exame, vou iniciar novamente", disse ela. Naquela hora eu não tinha como dizer o que havia acontecido. Ao recomeçar o exame, a partir dali, o tumor começou a desaparecer. E para a Glória de Deus o tumor simplesmente sumiu!!!
Quando terminamos a ressonância, a médica perguntou o que havia acontecido, e eu dizia que tinha tomado um choque e que havia sentido muita dor. Ainda sem saber do resultado do exame, no hospital pedia a minha mãe e a enfermeira que olhassem no local onde estava muito dolorido e mal sabia eu que era justamente o local do tumor e havia ali um risco vermelho e não era sinal da mesa do exame, era obra de Deus. Mesmo assim nada me disseram e evitaram qualquer comentário do que poderia ser. Aquela noite foi a noite em que mais senti dor, era intensa, pois a perna começava a desinchar.
Os médicos passaram o dia seguinte reunidos na Ultramed tentando entender, encontrar uma explicação ao que havia acontecido. No final da tarde, o médico neurologista veio até o quarto com o exame e dirigiu-se a minha mãe: "Mãe, estaca zero...o tumor sumiu". Naquele momento o quarto foi cheio pela glória de Deus, alguns amigos que ali estavam começaram a louvar e agradecer a Deus. Eu, ainda sem nada entender perguntei ao médico qual era o meu diagnóstico e assim me respondeu: "era um tumor na medula e sua cirurgia estava marcada para segunda-feira às 08:00 da manhã." Não tínhamos palavras, lágrimas para agradecer a Deus pelo milagre.
Foram 24 dias de internação, na Santa Casa e no dia 01/07/06 este médico me deu alta e disse que: "se tumor havia sumido a dor e o inchaço da perna também sumiria" e desta forma aconteceu. Dr. Jorge, que preferia não acreditar em tumor e sim numa imagem, também me deu alta e pedia repouso absoluto ainda. Até o mês de setembro fiquei em casa ainda em repouso, pois Deus disse que minha recuperação seria aos poucos e assim havia sido também a recomendação médica. Realizaram mais alguns exames a fim de encontrar algum cisto ou tumor em outras regiões do corpo, mas nada encontraram. Pela graça de Deus saí do Hospital andando e hoje louvo a Deus por sua fidelidade, misericórdia, por ser a minha esperança, meu socorro, refúgio e luz!
Deus ainda tinha mais pra cumprir e para mim, me formar no curso de Administração perdera a importância e expressão, não era nada perto do que Deus havia realizado. Entretanto, "Ele" permitiu que eu me formasse com a minha turma, sem precisar adiar o curso, para que toda a promessa feita por "Ele" fosse cumprida. Inimigos se levantaram pra tentar impedir que eu concluísse o Curso e Deus verdadeiramente os derrotou. Sim Deus é fiel!!!
Agradeço a Deus por tudo que fez, por todas as vidas que vivenciaram esta experiência conosco.
A minha mãe que tanta fé teve para vencer esta batalha.
Aos meus familiares, avós, tios, irmãos, primos. Obrigada por tudo....
Ao meu noivo, melhor dizendo, meu esposo, pois já estamos casados pela Graça de Deus há 10 meses.
A Irmã Vilma e Jaime Inácio.
Ao Pr. Ivo Luiz e família,
Ao Pr. Ney e família. Ao seu pai, Irmão Benedito.
A todos os pastores que nos visitaram e oraram em nosso favor.
A Josy, Dila e Talita Alcântara, A Selma, prontas para a hora do banho, almoço.
Ao casal Silvania e Ernani e suas filhas, Valeria Romanholi, Irmã Olga,
As Irmãs do Circulo de Oração.
A enfermeira Ana Maria, nossa irmã em Cristo.
Aos médicos, Dr. Jorge e Dra. Solange Kuromoto, Dr. Milton Takemura e todas as outras pessoas que foram instrumentos de Deus para cuidarem de mim.
Aos meus professores e funcionários da UEL, Professora Irene Mologni, Valdete Mrtvi, Marli, Anísio, Reitor Vilmar Marçal, Aos professores, funcionários e alunos do Colégio Champagnat, em especial à Prof. Marcia Eliane e Prof. Jorge, usados por Deus para que eu pudesse me formar.
Ao Coral Jovem Seguidores de Cristo.
A todos os amigos e irmãos que tão de perto acompanharam tudo isto, ou até mesmo longe, intercederam por nós.
A você que talvez tenha escutado alguém pedindo oração na igreja e sem saber quem eu era orou por mim.
Deus os abençoe, Deus seja com cada um de vocês, dando paz, saúde e graça. Que vossa esperança esteja em Cristo, o nosso Senhor, que vive e reina pra sempre!!!!
Sempre digo e creio que este milagre Deus não operou para mim e sim para todos nós. Para realmente mostrar a Glória D'Ele e pra que saibamos que o nosso Deus é o mesmo, que cura, liberta, transforma, basta somente crer. Então, creia amado e verá as maravilhas que o Senhor ainda tem para fazer também em sua vida. Que Deus os abençoe muito e esteja suprindo todos os anseios de vossos corações.
"Eu não morrerei enquanto o Senhor não cumprir em mim, todos os sonhos que Ele mesmo sonhou pra mim." (Nani Azevedo)
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