Um ex-combatente do Hezbollah, que integrou o grupo terrorista durante três anos, conta como foi sua conversão ao Cristianismo e o que pensa sobre a atual guerra entre Israel e Hamas.
Afshin Javid disse em seu testemunho ao Club 700 que se considerava um muçulmano dedicado. “Eu não apenas fazia as orações, mas eu lia o Alcorão uma vez a cada 10 dias, de capa a capa”.
Ele contou que tinha 10 passaportes ilegais e que estava a caminho dos EUA para converter cristãos ao Islã quando foi preso na Malásia. E foi na prisão que, um dia, algo diferente aconteceu com ele.
“Enquanto eu rezava [pela minha religião], um homem apareceu na minha frente. Sua estatura era normal, mas [algo era diferente] ele brilhava como a luz. No entanto, não era uma luz comum”, descreveu.
“Eu sabia que se tratava alguém santo e justo, e imediatamente eu também sabia que eu não era [alguém como ele]. Embora eu tivesse feito tantas orações, mesmo eu tendo jejuado tanto, ter lido o Alcorão e me oferecido para caminhar sobre minas terrestres ou eu ter participado de enforcamento de pessoas para agradar a Allah eu não era justo”, disse.
Afshin diz que apesar de ter mantido todas essas regras e regulamentos do Islã, eu não sentia como aquele homem que estava diante dele: justo e santo.
‘Eu te perdoo’
Ele diz ter pensado que a única saída para sua vida, diante de tantos pecados era morrer. E pensou que aquele homem diante dele o mataria. “Mas eu não queria morrer. Então corri para o canto da cela, e literalmente segurei minha cabeça em meus braços e gritei: Me perdoe, me perdoe, me perdoe!”.
Sem imaginar que receberia o perdão de fato, ele conta que sentiu um toque em seu ombro esquerdo e a resposta daquele homem: “Eu te perdoo”.
“Eu senti um peso enorme tirado de mim, não sabia como, mas eu sabia que estava perdoado”, diz.
Ele diz que estava confuso com tudo aquilo. Que não estava entendendo. Afinal, só Deus pode perdoar, mas aquele homem o havia perdoado e ele sentia o efeito daquele perdão imediato.
Afshin reconheceu: “Você é Deus, mas um Deus diferente daquele sobre o qual estudei. Não é o Allah. Então, quem é você que me perdoa e eu me sinto perdoado agora?”.
A resposta veio até ele: “Eu sou o Caminho, a verdade e a vida.”
Afshin disse ter pensado: “Isso é muito poderoso”.
Ouvir aquelas palavras o fez refletir: “[Aquilo] significava muito, porque como muçulmano você ora assim: ‘mostre-me que existe um caminho reto', porque o caminho é uma direção. A verdade é algo que você mede e a vida é uma fonte”.
“Mas este homem afirma ser todas essas três coisas. Nunca pensei que o caminho fosse uma pessoa. A verdade é uma pessoa. E a vida é uma pessoa. E todas elas são a mesma pessoa”, constatou.
Afshin disse que imediatamente então fez a pergunta central: “Qual é o seu nome?”
“E ele me disse: Jesus Cristo”.
“Eu simplesmente caí no chão e comecei a chorar.”
Vida transformada
Afishin contou que aquele encontro foi como ser daltônico e, de repente, passar a enxergar as cores novamente. “E você percebe que o mundo é muito mais bonito do que você jamais imaginou”.
Ele continua: “Se você me perguntar: O que tornou o mundo tão incolor? Eu respondo: o ódio, a raiva que existe no centro disso através do Muslim”.
“Se as pessoas me perguntarem: Por que você odiava os judeus? Eu diria que nunca conheci um judeu, mas achava que Hitler era um bom homem por fazer o que fez. Não sei por que os odiava. Nenhum judeu jamais me retribuiu”.
Depois de se tornar cristão, Afishin chegou à seguinte conclusão: “Deus não nos projetou para odiar, não nos projetou para querer ver alguém morto. Ele não nos projetou para essas coisas. Estes são projetos de Satanás”.
Ele conta que no início de outubro estava visitando Israel, com seu ministério que promove a amizade, entre persas e judeus. E, como milhões de outras pessoas que visitam Israel, ele se viu no meio de uma guerra, quando o Hamas lançou seu ataque sangrento ao território israelense.
Durante a entrevista que deu à CBN News, Afshin conheceu uma convidada da emissora: Sasha Ariev, cuja irmã adolescente foi sequestrada pelo Hamas.
Ao se encontrar com ela, Afshin e sua esposa choraram enquanto ouviam a história de Sasha.
“Não há absolutamente nenhuma justificativa, nenhuma explicação que possa fazer com que tudo isso fique bem. Ninguém deveria comemorar quando um dos filhos do Pai Abraão sofre. Eu só quero dizer que sinto muito por sua família estar passando por isso”, disse.
Ele declarou: “Estamos ao lado dom povo judeu, com o povo de Israel, e estamos de luto pela sua tristeza de perderem seus familiares ". Ele também disse reconhecer o direito de Israel existir.
No final da entrevista, Afshin orou pelos dois lados da guerra em Israel. Ele orou pela revelação de Jesus entre os muçulmanos, os filhos de Ismael. Orou pela aliança de Deus com Ismael, “para que Ismael tenha sede de amor e revelação de Jesus Cristo, por salvação”.
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