Ex-ateu é curado de síndrome de pânico após orar: "A paz de Deus mudou minha vida"

Kyle Zunker, criado em uma família cristã, tornou-se ateu durante a faculdade, período em que também começou a enfrentar ansiedade e síndrome do pânico incapacitantes.

Fonte: Guiame, com informações do Christianity TodayAtualizado: quarta-feira, 11 de setembro de 2024 às 12:52
O advogado e escritor Kyle Zunker. (Foto: Cokinos)
O advogado e escritor Kyle Zunker. (Foto: Cokinos)

Uma série de desconfortos levou Kyle Zunker a buscar ajuda médica, resultando em uma série de exames para auxiliar no diagnóstico de sua condição de saúde.

Ele conta que quando foi realizar uma ressonância magnética tomou várias doses de remédio para ansiedade para ajudá-lo a lutar contra um ataque de pânico enquanto fazia aquele exame de imagem.

“Sete anos antes, em 2008, eu tinha me formado no ensino médio e saído de casa para a faculdade. Na época, eu me considerava um cristão. Fui batizado aos 14 anos e frequentei a igreja de vez em quando durante o ensino médio, mas minha fé era nominal e insuficiente para enfrentar a tempestade que eu estava prestes a criar”, explicou.

Kyle contou que na faculdade, passou a viver por uma ética egocêntrica, buscando ser o melhor em tudo – festas, aulas, trabalho.

“Queria ser a pessoa mais bem-sucedida e importante. Quanto mais focado em mim, mais rejeitava a ideia de Deus”, disse.

Ele disse que, aos 20 anos, era um ateu convicto, acreditando que sabia que Deus não existia e criticando o Cristianismo, tanto publicamente quanto internamente.

Ataques de pânico

Enquanto Kyle buscava a glorificação pessoal, sua saúde começou a se deteriorar. Aos 19 anos, ele meu primeiro ataque de pânico, algo completamente novo para ele. “Meu coração disparou, meu rosto queimou, senti o sangue gelar e parecia que meu corpo queria rasgar minha pele.”

“É difícil expressar o quão desesperado e sobrecarregado me senti durante esses ataques. Em um deles, dentro de uma minivan em alta velocidade, cheguei a pensar que seria mais seguro pular do veículo em movimento.”

Com o aumento dos ataques de pânico, uma ansiedade constante dominou minha vida, e minha saúde física piorou ainda mais.

“Minha garganta inchava, dificultando a respiração, e mãos, pés e rosto alternavam entre formigamento, queimação e dormência. Meus músculos se contraíam involuntariamente, e minhas pernas zumbiam tanto à noite que eu caminhava na esteira do condomínio para conseguir dormir. Minha testosterona caiu, meus gânglios incharam assustadoramente, e desenvolvi herpes zoster.”

No último semestre da faculdade de direito, em 2015, Kyle estava desesperado por alívio e respostas, buscando ajuda médica e se automedicando para sobreviver.

“Quando finalmente fiz minha ressonância magnética, a imagem voltou limpa – mais um teste inconclusivo que deixou os médicos na dúvida”.

Em maio daquele ano, ele se formou e começou a estudar para o exame da ordem. “Tirei o verão de folga e adotei uma rotina rígida de estudos, exercícios e sono, o que me trouxe alívio temporário. No entanto, após os três meses de espera pelos resultados, a ansiedade voltou a dominar.”

“Minha esperança estava em duas coisas: passar no exame da ordem e pedir minha namorada, Hannah, em casamento. Em poucos meses, ambos se concretizaram como planejado. Embora emocionado, fiquei profundamente preocupado, pois minha ansiedade não havia diminuído. Um novo medo surgiu: se realizar esses sonhos não trouxe paz, o que poderia trazer? Comecei a me desesperar por não encontrar realização.”

Então algo que ele considerou estranho aconteceu.

Visitando uma igreja

Antes de se casar, Kyle e Hannah moravam no centro de San Antonio. Muitas vezes, eles iam a restaurantes, cafeterias e mercados, e passavam por um pequeno prédio chamado "Pearl Street Church".

“Aos domingos, víamos pessoas sorridentes formando fila do lado de fora, ocupando a calçada e até as ciclovias” contou.

Um dia, Kyle sugeriu a Hannah que fossem à igreja.

“Eu não tinha intenção de acreditar em nada, esperava apenas uma música que mexesse com as emoções e uma atmosfera de clube social. Também suspeitava que, ao ir com ela, isso aumentaria minha respeitabilidade como futuro marido.”

Eles foram ao primeiro culto no final de 2015 ou início de 2016.

“Escolhi sentar no fundo, onde estava menos lotado, mas não consegui me esconder. Muitas pessoas nos cumprimentaram antes do culto, e até o pastor principal nos recebeu com um sorriso entusiasmado”, lembra.

“Quando ele subiu ao palco para pregar, eu estava cético, cauteloso e pronto para criticar em minha mente. Mas ele me surpreendeu”.

Gênesis 22

O pastor pregou sobre Gênesis 22, onde Deus pede a Abraão que sacrifique seu único filho.

“Era uma das histórias que eu usava como ateu para criticar a fé e ridicularizar os cristãos. Como um Deus amoroso poderia exigir que alguém matasse seu filho como teste?", eu questionava.

Kyle conta que naquela noite, enquanto o pastor falava, algo mudou. Ele entendeu que a ordem de Deus a Abraão não era um teste sádico, mas uma antecipação profética da obra de Jesus, mostrando o preço que Deus pagaria pela nossa salvação. No final, Deus não exigiu que Abraão pagasse esse preço, mas escolheu pagá-lo Ele mesmo.

“Ao sair da igreja, percebi que meus argumentos contra Deus e a Bíblia não eram tão sólidos quanto eu pensava. Ainda me considerava ateu, ou pelo menos muito cético, mas o Evangelho que o pastor pregava não era a caricatura de religião que eu costumava atacar. Era algo diferente, que deixou em mim uma impressão de verdade. Eu precisava saber mais.”

Vontade de Deus

Nos meses seguintes, ele começou a ler o Novo Testamento e livros de apologética, enquanto ia com sua Hannah aos cultos todos os domingos.

“Mesmo assim, minha ansiedade persistia e eu sentia que estava à beira de um colapso”, contou.

Em abril de 2016, quatro meses após começar a frequentar a igreja, eram 2 da manhã e Kyle não conseguia dormir.

“Levantei, estendi meu tapete de ioga na sala e tentei aliviar o zumbido e as contrações nas minhas pernas, sem sucesso. Após alguns minutos, desisti e me deitei de bruços no tapete.”

“Eu estava física, mental e emocionalmente exausto. Cansado de tentar e falhar em carregar o peso esmagador das minhas próprias expectativas, das doenças físicas, da ansiedade constante e do medo. Acima de tudo, estava cansado de estar cansado. Deitado no meu tapete de ioga, prostrado em todos os sentidos, atingi meu limite.”

Foi então que, pela primeira vez em anos, eu ele orou.

“Repeti as únicas palavras que vinham à mente: ‘Seja feita a tua vontade.’ Repeti essa frase várias vezes, até encontrar forças para orar com mais profundidade, chegando até a pedir que, se fosse da vontade de Deus que eu morresse, que assim fosse feito”, lembra.

Tudo mudou

Kyle diz que naquela noite, tudo mudou. Foi em Filipenses 4:6–7, que ele encontrou a mudança:

“Não se preocupe com nada; em vez disso, ore por tudo. Diga a Deus o que você precisa e agradeça a ele por tudo o que ele fez. Então você experimentará a paz de Deus, que excede tudo o que podemos entender. Sua paz guardará seus corações e mentes enquanto vocês vivem em Cristo Jesus.”

Ele testemunha que a paz de Deus transformou sua vida.

“Ela me deu força para superar a ansiedade e o medo, e, à medida que alegria e esperança substituíam a depressão e o desespero, meu corpo começou a se curar”, relembra.

“Três anos depois, meu pai foi diagnosticado com câncer de esôfago aos 55 anos. Se isso tivesse ocorrido quando eu era ateu, teria me devastado. No entanto, a paz de Deus me blindou, e Ele me deu a coragem necessária para apoiar meu pai e encorajá-lo com as Boas Novas.”

Advogado e escritor, hoje Kyle Zunker tem um blog dedicado a ajudar as pessoas a entenderem a fé.

Este conteúdo foi útil para você?

Sua avaliação é importante para entregarmos a melhor notícia

Siga-nos

Mais do Guiame

O Guiame utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência acordo com a nossa Politica de privacidade e, ao continuar navegando você concorda com essas condições