Nick Wells se tornou viciado em metanfetamina muito cedo, desde então, ele se envolveu em crimes para sustentar o vício. Após algumas detenções, ele enfrentou uma pena de prisão que o fez reconhecer que precisava de Jesus.
Aos 12 anos, Nick, seus dois irmãos e sua mãe, Laurie, se mudaram da Califórnia para o Colorado.
"Foi uma espécie de choque cultural. Eu não me encaixava. Infelizmente, as pessoas com quem eu me entrosava eram aquelas que bebiam e saíam, e eu me sentia querido por aquele grupo”, disse ele à CBN News.
“Senti que tinha cometido um grande erro ao me mudar para cá. Sempre orei por segurança, para que o Senhor colocasse uma cerca de proteção ao redor de Nick”, relatou a mãe.
Com 14 anos, Nick experimentou metanfetamina pela primeira vez e se viciou rapidamente: “Essa droga me faz sentir bem, me deixa confiante. E então, comecei a me concentrar no que poderia fazer para conseguir dinheiro para isso”.
Assim, Nick começou a roubar e passou o ensino médio entrando e saindo da detenção juvenil: “Eu sabia o que era certo e errado, mas as drogas eram mais importantes”.
“Foi horrível. Cada vez que via um carro da polícia ou uma ambulância, tinha certeza de que alguém havia atirado em Nick. E então, foi muito difícil viver assim. Eu estava pedindo ao Senhor que, por favor, mudasse a situação e protegesse Nick”, contou Laurie.
Laurie. (Foto: Reprodução/CBN News)
Criminalidade
Após o ensino médio, Nick continuou acumulando acusações criminais. Em 2006, quando tinha 26 anos, ele foi enviado para um acampamento militar.
A disciplina e a estrutura ajudaram Nick a ajustar sua vida. Quando saiu do treinamento e foi se alistar, foi rejeitado devido a diversas condenações anteriores.
Então, Nick voltou ao seu antigo estilo de vida: “Não houve um dia em que eu não fizesse quatro ou cinco assaltos ou furtos de veículos diferentes”.
Ele afirmou que quando estava sóbrio, refletia sobre a necessidade de mudar de vida, porém, não conseguia.
Sua mãe continuou a orar: “Custe o que custar, Senhor, preciso que Você faça o que for preciso para trazê-lo de volta a Cristo”.
Em agosto de 2008, Nick foi preso novamente, ele já havia acumulado quase duzentas acusações de roubo e furto. No entanto, um crime se destacou em sua mente: ele roubou a bolsa de uma mulher que o lembrava de sua avó.
“Na verdade, eles a chamaram como testemunha em meu julgamento, e eu estou sentado lá olhando para ela e só quero me desculpar. Isso me quebrou. Não sou assim. Não é isso que eu quero ser. E então assumi um compromisso comigo mesmo, pensei, isso acaba hoje. Não serei o cara que rouba a bolsa da vovó”, afirmou ele.
Preso e sem acesso a drogas, Nick recorreu à comida em busca de conforto: “Olhando para o resto da minha vida na prisão, percebi que estava quebrado, no fundo do poço e não havia outra saída. Então, senti que Deus existe e Ele me disse: 'Existe uma saída, você vai ficar bem'”.
Tempo depois, Nick estava limpo e havia perdido mais de 45 quilos com o treinamento CrossFit. Além disso, dedicou sua vida ao Senhor.
“Comecei a confiar nele. Eu sabia que o Senhor estava me protegendo. Eu sabia que Ele estava comigo. Comecei a ler [a Bíblia], orar e pensar: ‘Você pode fazer isso, e a única maneira de fazer isso é com a ajuda de Deus, em todas as decisões que tomo na minha vida’”, lembrou ele.
Nick em um evento esportivo. (Foto: Reprodução/CBN News)
Redenção
Nick se tornou um instrutor de CrossFit e ajudou a iniciar uma organização sem fins lucrativos para outros presidiários chamada “Redemption Road Fitness Foundation”. Segundo a instituição, 100% dos presos que participam do programa foram restaurados.
“Meu objetivo é acabar com essa reincidência, acabar com esse ciclo interminável de volta à prisão. Através de orientação, responsabilidade e comunidade, podemos fazer exatamente isso”, disse ele.
Nick havia recebido uma sentença de 60 anos, mas por meio do programa, ele conheceu um advogado que o ajudou. Após 14 anos, ele saiu da prisão: “Fiquei maravilhado”.
“Foi uma celebração. Foi maravilhoso", acrescentou a mãe. Desde então, a Redemption Road se expandiu para 13 das 18 prisões do Colorado. Hoje, quando não está ocupado trabalhando e gerenciando mais de 100 voluntários, Nick gosta de passar tempo com sua mãe e ser discipular outras pessoas.
“Nunca é tarde demais. Você nunca está longe demais e nunca deixa de ser amado por Deus. Nunca é tarde para tomar as decisões certas. Ele está aí, tudo que você precisa fazer é chamá-lo”, concluiu.
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