
O cantor e compositor Guirroh compartilhou sua jornada marcada por dor emocional, envolvimento com drogas e experiências no que ele chama de “mundo das trevas”, até viver um encontro transformador com Deus que mudou completamente sua história.
Conhecido no cenário do rock cristão, o artista – como prefere se intitular – revelou, no episódio “Das Trevas à Cruz” do Maquir Podcast, momentos em que se sentiu perdido, distante da fé e sem propósito.
Durante a conversa, Guirroh lembrou que viveu anos marcados por questionamentos, comportamentos autodestrutivos e uma busca constante por sentido.
‘A Bíblia acendeu’
Uma das experiências mais marcantes vividas por Guirroh, após anos afastado da fé – ele chegou a frequentar a igreja na adolescência – foi o momento em que queimou uma Bíblia que havia recebido de seu pai.
Guirroh, que também descobriu ser filho adotivo, conta que tinha um relacionamento conturbado com o pai – apesar de amá-lo. Anos mais tarde, esse pai, a quem ele se refere como “durão”, o surpreendeu ao se converter.
Tempos depois, outra Bíblia – também um presente de seu pai, agora cristão – foi deixada sobre uma pilha de livros de filosofia e astrologia no quarto de Guirroh. Esse simples gesto acabou se tornando o ponto de partida para uma experiência inexplicável.
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“Teve um dia, sem eu estar na igreja, sem eu, cara, falar com Deus, sei lá, sabe, sem orar, a Bíblia acendeu no escuro. Aquela Bíblia lá que eu ganhei no hospital, que eu saí e tal, ela acendeu no topo dos livros de noite, de madrugada”, disse Guirroh.
Surpreso, ele pensou que se tratava de uma versão “luminosa” criada por cristãos, mas logo sentiu algo diferente: “O Espírito Santo me falou: ‘só observa, esse é o único livro com luz viva’”.
O cantor acordou o pai para mostrar o fenômeno, que ainda pôde ver o brilho se apagando. “Meu pai olhou e disse: ‘Tem coisas que Deus faz uma vez na vida. Aproveita e vai dormir’”, lembrou Guirroh.
Sobre dores da alma
Guirroh compartilhou um testemunho pessoal sobre dor e automutilação, relatando que também passou por momentos de autodestruição.
Ele explicou que muitas pessoas recorrem ao corte físico por não conseguirem expressar o sofrimento com palavras.
“Tem gente que não consegue falar, que foi abusado, e aí pega e faz um cortezinho. Só que se o corte for grande, morre – e nem sente que está morrendo”, disse, afirmando que “a maior força é Jesus”.
Para ele, o problema também está ligado à busca por comparações, aceitação e à falta de acolhimento emocional, especialmente entre jovens e até dentro da igreja.
“Todo excesso esconde uma falta. Às vezes, a pessoa grita a dor no corte ou na droga. Tu acaba colocando uma coisa pra dentro porque tu tá com uma falta”, afirmou.
Guirroh finalizou com uma palavra de esperança, encorajando quem sofre a não se calar.
Forças do mal
Guirroh contou uma experiência intensa que descreve como um encontro com forças malignas. Segundo ele, o episódio ocorreu em plena consciência, sem uso de drogas ou qualquer influência externa.
“Quando percebi o que estava acontecendo, o negócio me virou na cama. Cheguei a flutuar, o vento aumentou e uma sombra entrou em mim como uma fumaça cinza escura”, relatou.
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O artista afirmou que viu o quarto coberto por véus escuros e ouviu uma voz dizendo que ele morreria de ataque cardíaco – o que, para ele, revelou a atuação direta do mal.
Guirroh acredita que aquele momento foi um limite entre vida e morte e que, a partir dali, compreendeu o poder real das forças espirituais.
“Eu morri esse dia, praticamente. A Parada entrou aqui e falou pra mim no meu ouvido. Eu rindo, achando que agora eu já tenho um contato com o mal. Então, eu já tava num nível que... Eu já tinha relacionamento com um dos chefões da Parada, que é o Anjo da Morte”, relatou.
“Assim como os anjos de Deus, o Anjo da Morte chega com uma missão pra executar, entende? Só que nesse dia ele me deixou claro. Ele veio, entrou e falou dentro de mim: ‘Hoje vai acontecer o que acontece com muitos da tua idade, inclusive, que são jovens, morrem de ataque cardíaco. Isso eu que levo e ninguém sabe’”.
E continuou: “O folegozinho de vida que eu tinha ali – pois estava sem ar – eu falei: o sangue de Jesus tem poder. Eu caí, veio todo o fôlego na hora e eu vi o negócio saindo de mim”.
Guirroh tem certeza de que Deus deu a ele uma nova chance, reconhecendo que a experiência o levou a buscar refúgio em Cristo e a abandonar práticas que o afastavam da fé.
Após seu encontro com Jesus, Guirroh passou a enxergar sua arte como missão: “Meu propósito é alcançar a galera doida mesmo”, diz.
Assista ao testemunho completo:
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