Kaio Dantas começou a usar drogas aos nove anos e enfrentou diversos desafios devido ao vício. Porém, através do trabalho da Cristolândia — um projeto da Junta de Missões Nacionais — ele encontrou Jesus e teve a vida restaurada.
“Acabei conhecendo o crack aos 11 anos, dentro da escola. Daí em diante, minha vida só afundou”, disse ele à Junta de Missões Nacionais.
E continuou: “Perdi minha família, minha dignidade e o respeito das pessoas, até chegar ao ponto de me tornar alcoólatra. Por algum momento, eu achei que não tinha mais solução para mim, que meu fim seria um caixão ou a cadeia”.
No entanto, Deus tinha outros planos para Kaio. Em janeiro de 2012, ele conheceu Jesus e foi recebido na Cristolândia na unidade da cidade de Piratininga, São Paulo.
“Entrei desesperançoso e sem perspectiva de vida, mas ali fui amado, cuidado e apresentado a Jesus, que transformou minha vida. Ele foi a solução dos meus problemas. Desde que conheci a Cristo, nunca mais precisei de bebidas, drogas ou qualquer coisa que pudesse me fazer mal”, testemunhou ele.
Kaio, que é de uma cidade chamada Getulina, interior de SP, se mudou para o Espírito Santo. Lá, ele teve a oportunidade de terminar os estudos e fazer um seminário.
“Quando cheguei no Espírito Santo, só tinha estudado até a sexta série. Terminei os estudos e fui enviado ao seminário, onde me formei em dezembro de 2017”, contou ele.
Kaio se tornou pastor e missionário. (Foto: Reprodução/Facebook/Kaio Dantas)
A serviço do Reino
Em março de 2018, Kaio foi ordenado e aceito na Ordem dos Pastores Batistas do Brasil. No ES, ele também conheceu Helida, uma missionária da Convenção Batista do estado, com quem se casou no ano seguinte.
“Além disso, fiz um tecnólogo em Gestão das Organizações do Terceiro Setor e uma pós-graduação em História do Cristianismo e do Pensamento Cristão, pelo Seminário Batista do Sul. Agora, estou cursando o 8º período do curso de licenciatura em História pela Universidade Federal do Espírito Santo”, disse ele.
Kaio e Helida serviram no ES até maio de 2022: “Lá, atuamos na gestão da Missão Batista Cristolândia, na Fase 2, e na coordenação estadual do Programa Viver”.
Tempo depois eles se mudaram para Bauru em SP e há seis meses, o casal teve a primeira filha, Priscila.
“Temos servido como missionários efetivos de Missões Nacionais, sendo que atualmente estamos na mobilização missionária em todo o interior de São Paulo”, relatou ele.
“Temos vivido um grande desafio e uma grande responsabilidade, mas também um grande privilégio servir por meio da Junta de Missões Nacionais. O amor e o cuidado de Deus têm nos surpreendido a cada dia. Sabemos que ainda temos muito a fazer. Precisamos orar mais e investir mais, não apenas recursos financeiros, mas nossas vidas a serviço do Senhor Jesus”, concluiu Kaio.
Kaio, Helida e a filha Priscila. (Foto: Reprodução/Facebook/Kaio Dantas)
Cristolândia
A Cristolândia é um programa de ressocialização criado para enfrentar o alto índice de dependência química no Brasil. Seu objetivo é oferecer apoio a pessoas com problemas com drogas, promovendo a transformação de suas vidas para poderem superar a dependência e se reintegrar plenamente à sociedade.
Além disso, o projeto tem a meta de acolher, minimizar danos, desintoxicar, resgatar a cidadania, fortalecer vínculos sociais e familiares, qualificar profissionalmente e ressocializar os participantes.
A entrada na Cristolândia pode se dar por meio de abordagens sociais ou por demanda espontânea. O programa de ressocialização é estruturado em três etapas: abordagem social, desintoxicação e ressocialização. Ele busca atender às necessidades físicas, emocionais, intelectuais e espirituais dos indivíduos afetados pela dependência química, com o objetivo final de promover a reintegração social.
Na abordagem social, que é a porta de entrada, são ofertados serviços básicos como banho, refeições e distribuição de roupas. Então, os que aceitam participar do Programa de Ressocialização Cristolândia são encaminhados à Fase 1, da desintoxicação.
“Nesta fase, compreende o cuidado integral do acolhido, abrangendo as esferas física, emocional, intelectual e espiritual de cada indivíduo”, explicou o programa.
A ressocialização é a última etapa do programa: “O foco é a ressocialização do indivíduo, que já havia perdido os vínculos familiares e de cidadania. Nesta fase, o indivíduo recebe formação profissionalizante e encaminhamentos ao mercado de trabalho, além de concluir os esforços para restabelecimento de vínculos familiares”.
Todo Programa de Ressocialização da Cristolândia tem a duração média de 24 meses, podendo variar conforme o progresso individual de cada participante. O programa é conduzido com base na livre manifestação de vontade do acolhido, o que significa que a participação não é obrigatória.
De acordo com o site do programa, anualmente, eles atendem 100 mil pessoas e servem 1 milhão de refeições nas Cristolândias.
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