Mulher que foi abusada pelo avô encontra cura em Jesus: “O trauma não tem a última palavra”

Esther van Willigen foi curada emocionalmente e hoje está usando seu testemunho para alcançar outras vítimas.

Fonte: Guiame, com informações de ReviveAtualizado: sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025 às 19:40
Esther van Willigen. (Foto: Reprodução/De Verandering)
Esther van Willigen. (Foto: Reprodução/De Verandering)

Após descobrir a cura emocional em Jesus, uma mulher que foi abusada pelo avô na infância passou a ajudar outras vítimas e conscientizar igrejas a pregarem mais contra o abuso sexual.

Esther van Willigen, de 41 anos, cresceu em uma família cristã e relatou experiências com o Senhor desde a infância: “Aos 9 anos, aceitei Jesus. Eu sabia: ‘Deus está conosco e podemos confiar Nele’. Nunca me senti sozinha”.

No entanto, após enfrentar diversos desafios, ela mudou sua perspectiva sobre Deus.

Na escola, durante dois anos, Esther sofreu abusos físicos e emocionais causados por um professor, que chegou a ser denunciado por agredir a aluna: “Isso me mudou e me prejudicou muito”, disse ela.

Nesse período, ela passou a ter experiências ocultas depois de assistir a um filme de terror:

“Achei bem interessante e pensei: ‘Se Deus existe,  Satanás também, vou pedir um sinal’. Naquela mesma noite acordei suando. Havia um fantasma no meu quarto, na forma de um homem bêbado com uma garrafa de vinho e ele riu como uma bruxa”. 

E continuou: “Daquele momento em diante não consegui dormir sem orar e ler a Bíblia. Eu tinha ideias sobre assassinato, sonhos sobre sexo e pensamentos suicidas. Eu não podia contar isso a ninguém, eu tinha muita vergonha”.

Aos 15 anos, Esther estava profundamente envolvida com o ocultismo e depressiva. Mesmo assim, ela relatou que um dia teve uma experiência com o Senhor.

“Ouvi a voz de Deus dizendo: ‘No futuro, você será uma bênção para os outros por meio do seu passado’". 


Esther na infância. (Foto: Reprodução/Revive)

Abuso sexual 

Aos 19 anos, Esther estava tão mal que passou três meses em um abrigo para cuidar de seus traumas: “Só sofri mais lá. Teve um momento em que um homem literalmente correu atrás de mim com um machado. Era como se Satanás estivesse dizendo: ‘Você quer se afastar de mim, mas estou fazendo tudo o que posso para mantê-la cativa’”.

Nesse período, ela contou com a ajuda do ministério de libertação da igreja. Os cristãos oraram por ela e Esther foi libertada dos medos e pesadelos. 

Segundo a Revive, anos depois, quando ela deu à luz sua primeira filha, ela começou a pensar sobre abuso sexual. 

“Eu me perguntei se eu realmente tinha sido libertada, e uma líder me disse: 'Acho que você realmente foi abusada’. Na época, eu ri e falei: “Eu só tinha um pesadelo sobre meu avô me estuprando’”, contou ela.

O avô de Esther teve câncer e, antes de morrer, confessou a um pastor pecados que havia cometido. Assim, depois que ele faleceu, o pastor foi autorizado a quebrar o sigilo e confirmou os abusos que Esther sofreu na infância.

“Meu avô sempre vinha me visitar no meu quarto e isso confirmava o motivo pelo qual eu tinha tanto medo quando ia para a cama”, relatou ela.

Depois de descobrir a verdade, Esther desenvolveu TEPT (Estresse pós-traumático) e começou a fazer terapia. Apesar do trauma, ela perdoou o avô.

“Deus me mostrou, através de textos bíblicos e através de pessoas, que a escuridão seria trazida à luz. Foi realmente um momento sobrenatural e especial. Senti que precisava fazer isso, mesmo sem saber ainda da miséria que viria a seguir. Ainda sinto amor por ele, apesar do que ele fez. Meu avô também foi abusado pelo próprio pai até os 18 anos”, disse ela.

“Meu avô faleceu há 13 anos. Acredito que Deus sabia quando seria o melhor momento para eu aprender sobre meu passado. É tão lindo como Ele trouxe a escuridão à luz e como fui curada desse trauma. Ele me moldou e me preparou tão bem. Agora posso me identificar 100% com outras vítimas de abuso sexual e também acredito que Deus está me chamando para fazer isso”, acrescentou.

Ajudando outras vítimas 

Tempo depois, Deus direcionou Esther a usar seu testemunho para alcançar outras mulheres que também foram vítimas de abuso sexual.

“Ele me deu um sonho específico para organizar um evento em grande escala para mulheres cristãs que estão lidando com abuso e exploração. Devido a uma doença, tive que deixar isso de lado por um tempo, mas Deus me mostrou que isso não significava que eu não tivesse que fazer nada”, contou ela. 

“Acredito que Deus está realmente me chamando para ser uma bênção em meio ao sofrimento. Eu mesma fui libertada do TEPT e desejo a todas as mulheres a mesma liberdade que eu experimentei em relação ao trauma. Deus é o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim. O trauma não tem a última palavra, Deus tem”, acrescentou.

Atualmente, Esther também compartilha sua história na igreja e encoraja os cristãos a debaterem mais acerca da conscientização contra o abuso sexual.

“Percebo que ainda é um assunto difícil de falar na comunidade onde vivo. Alguém na casa dos 60 me disse: ‘Ouvi sua história e realmente não sabia que isso existia’. Achei muito preocupante que alguém daquela idade não saiba que isso está realmente acontecendo. Quantas pessoas mais também não sabem?”, concluiu.

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