Com um casamento marcado por desrespeito e traição, a pastora Marilene Silva, esposa do bispo João Batista (foto ao lado), conta como conseguiu dar a volta por cima e reconquistar o esposo pela fé. Atualmente servindo a Deus na cidade de São Paulo (SP), a pastora da Igreja Universal do Reino de Deus revela que foi vítima de feitiçaria e chegou a desejar a morte, até ser liberta e ter um Encontro com o Senhor Jesus.
Como vocês se conheceram?
Quando conheci meu marido, eu tinha 11 anos de idade e ele 15. Estudávamos no mesmo colégio e ali começou um namoro bem ingênuo; quando completei 18 anos, ficou sério. Dois anos depois ficamos noivos e, aos 21 anos de idade, me casei.
Quando surgiram os problemas no relacionamento?
Naquele tempo, éramos funcionários da Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e fomos transferidos para Brasília, onde engravidei da minha primeira filha. Depois de um ano, voltamos para o Rio e três anos mais tarde tive meu segundo filho. Vivemos felizes durante oito anos, deixamos de trabalhar no Incra, ele foi trabalhar na Embratel e eu, que sou professora, voltei a dar aulas. Nessa época, por volta de 1977, comecei a me desentender com o meu marido. Ele tinha uma secretária na Embratel que já trabalhava com ele há algum tempo e com quem teve um romance. As brigas entre nós começaram e passei a ter hemorragias constantes. Fiquei anêmica de tanto perder sangue e os médicos não descobriram a causa.
Qual foi o pior momento desta descoberta?
Um dia recebi a cobrança do cartão de crédito. No extrato constavam compras de artigos femininos. Perguntei ao meu marido sobre essas compras; começamos a brigar e ele confessou que estava apaixonado pela secretária. Disse que iria morar com ela, que já havia pensado em tudo: quem ficaria com o carro, com a casa, quanto seria minha pensão, tudo esquematizado. Saí correndo para a rua do jeito que estava, vestida para dormir, com uma única intenção: acabar com a minha vida.
A senhora não procurou ajuda para resolver esta situação?
Sim. Quando a irmã dele soube do ocorrido, nos aconselhou a procurar uma casa de encosto que ela frequentava. Fomos e ali nos indicaram um tratamento espiritual; fizemos, mas nada resolveu. No fim daquele ano, ele arrumou as malas e foi embora. Eu tive uma crise nervosa. Ficamos um mês separados e eu continuei frequentando o local. Encontramo-nos lá e houve um pedido dele para retornar para casa, pois estava arrependido. Aceitei-o de volta, mas não suportando o fato de ele continuar com a amante, pedi para ir embora de vez, e ele assim fez. Neste dia, mais tarde, na casa de meu pai, encontrei meu irmão que havia se casado há um mês e estava voltando da lua-de-mel. Quando a minha cunhada me viu, começou a dar gargalhada e me rodear com um facão na mão. Ninguém tinha forças para segurá-la. Meus filhos gritavam, choravam e ela vinha na minha direção dizendo que ia me matar para levar meus filhos, pois o marido já tinha levado. Quando ela voltou ao normal, não sabia o que havia ocorrido, chorou muito e me pediu perdão.
Como foi que a senhora chegou à Igreja Universal?
A professora do meu filho, que estava com quatro anos na época, me procurou e disse que ele andava muito estranho na sala de aula, dizendo que a tia dele ia me matar com uma faca e estava com muito medo, nem queria ir ao banheiro sozinho. Comecei a chorar e contei a ela o que havia acontecido. Quando terminei de falar, ela me perguntou se queria resolver todos os meus problemas, ficar curada e ter meu marido de volta, transformado. Eu achava tudo aquilo impossível, mas ela me deu o endereço da Igreja Universal na Abolição. No dia seguinte, eu e minha cunhada fomos até lá. Quando o pastor começou a oração, minha cunhada manifestou com uma legião de espíritos imundos; queria me matar dentro da igreja. Os obreiros oraram por ela e tudo voltou ao normal. Conversamos com o pastor e resolvemos fazer juntas a Corrente de Libertação.
Como foi a sua conversão?
Um dia, peguei um lenço que meu marido esquecera lá em casa e levei à igreja a fim de ser orado e ungido, para depois devolver a ele. Quando a obreira começou a orar o lenço, minha cunhada manifestou novamente. A obreira me aconselhou a levar meu esposo à igreja para que ele fosse ajudado. Perguntei como e ela disse assim: "Vá até a porta da igreja e ligue para ele agora." Fiquei meio insegura, mas liguei. Porém, não sabia o que falar e, assim que ele me atendeu, comecei a chorar sem parar. Ele ficou desesperado e eu só consegui pronunciar o endereço da igreja e desliguei. Ele chegou em 20 minutos, apavorado. Quando viu que era uma igreja, me perguntou que brincadeira era aquela. O pastor conversou conosco e como estava próximo de iniciar a reunião, subiu ao altar e começou a orar. Minha cunhada e meu marido manifestaram com espíritos imundos. O pastor orou e quando ele voltou a si, não estava entendendo nada. A minha cunhada, manifestada, dizia que o feitiço era para ele sair de casa, que tinha sido feito com fios de cabelo que estavam em seu paletó. Meu esposo disse que aquilo parecia ser uma coisa séria, pois conhecia a minha cunhada e ela não era uma pessoa dada a brincadeiras daquele tipo. O pastor o aconselhou a voltar para casa, mas ele disse que não me amava mais e estava apaixonado pela pessoa com quem estava morando. Ele foi embora e eu chorei muito. O pastor me aconselhou a continuar fazendo as correntes, mas eu disse que não tinha mais fé para acreditar depois do que tinha ouvido. O pastor disse então que ia me "emprestar" a fé para que eu fizesse as correntes. Comecei a buscar o Espírito Santo, fui curada das minhas enfermidades e tive um encontro com Deus.
E a conversão do esposo como aconteceu?
Seis meses se passaram e um dia meu marido entrou em minha casa, sentou no sofá da sala e chorou. Ele começou a me elogiar, disse que eu era uma mulher admirável, inteligente, ótima esposa e que não sabia o que tinha acontecido com ele. Pediu para sairmos para jantar, somente nós dois. Durante o jantar, me pediu para voltar para casa. Conversamos bastante e lhe pedi um tempo para verificar se era verdade que tinha deixado a amante, que estava morando na casa da mãe. Ele me respondeu que esperaria o tempo que fosse preciso. Resolvemos não contar para as crianças e começamos a namorar como nos tempos de jovens. Ficamos assim por uns seis meses. Durante esse tempo, ele começou a fazer a Corrente de Libertação e quando voltamos meu marido já era frequentador assíduo da igreja. Reatamos o casamento e hoje somos muito felizes. Temos 40 anos de casados, quatro lindos netos e a nossa vida está a serviço do nosso Senhor Jesus. O milagre aconteceu.
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