Acredito que alguém pode se arrepender de ser gay ou transgênero, diz ex-lésbica

Juliana Ferron lançou um livro contando seu testemunho e hoje, todo o Brasil está conhecendo sua história impactante.

Fonte: GuiameAtualizado: terça-feira, 19 de junho de 2018 às 13:10

Na última segunda-feira (18), o programa Superpop - apresentado por Luciana Gimenez - voltou a colocar em debate a questão de ex-homossexuais e ex-transgêneros. Entre os convidados da noite esteve a ex-lésbica, palestrante e escritora Juliana Ferron, autora do livro "Cansei de Ser Gay".

Lançado pela Editora Central Gospel, o livro com o testemunho de transformação de Juliana tem sido usado como ferramenta de evangelismo entre homossexuais por todo o Brasil.

"Acredito que é possível alguém se arrepender de ser gay ou transgênero no momento em que entende que não quer mais essa vida para si", disse ela em uma entrevista gravada anteriormente para o próprio programa.

Em dado momento da entrevista já ao vivo no programa, a apresentadora Luciana Gimenez perguntou a Juliana se seu conflito se dava em razão dela achar o sentimento homossexual algo "errado".

"Errado não é bem a palavra, mas sim apropriado. Eu não achava que aquilo era apropriado para mim", respondeu Juliana.

Quando questionada pelo travesti e transexual Léo Áquila sobre a possibilidade dela estar "lutando contra sua própria natureza", Juliana destacou que não acredita que a homossexualidade faça parte da naturalidade humana, mas sim que seja parte de uma construção.

"Eu não acredito que o desejo seja da naturalidade. Quando eu falo da natureza, acredito que seja algo inato, é algo que você não controla. Você não escolhe por quem ou pelo quê você sente desejo, mas escolhe ceder ao desejo ou não", explicou. "Então, primeiro, eu escolhi não ceder ao desejo. Mas segundo, eu não acredito que ele seja inato. Eu acredito que o desejo seja construído, por isso que o nome é orientação sexual".

Juliana também explicou que casos como o dela têm explicação na própria ciência.

"A psicologia tem um nome para isso que se chama 'homossexual egodistônico", lembrou. "Eu desejei, mas hoje eu não desejo mais e isso é um fato".

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