'Cura gay' é permitida em Israel e escritor cristão comenta: "Democracia consolidada"

O escritor, pesquisador e palestrante cristão Claudemiro Ferreira, celebrou a notícia e apontou o fato como um exemplo de respeito ao trabalho dos profissionais que atuam na área psíquica.

Fonte: Guiame, com informações do IndependentAtualizado: sexta-feira, 15 de abril de 2016 às 18:52
Claudemiro Ferreira é pesquisador, escritor e palestrante. (Foto: Facebook).
Claudemiro Ferreira é pesquisador, escritor e palestrante. (Foto: Facebook).

Terapeutas ligados a um grupo judeu americano condenado nos EUA, sob acusação de 'tentar converter gays' em heterossexuais tem visto o seu trabalho sendo aceito de forma aberta e legal em Israel. A notícia foi confirmada pelo jornal britânico 'Independent' e também no Brasil pela Folha de S. Paulo.

Apesar de o Ministério da Saúde de Israel ter se posicionado contra a chamada "cura gay" ou terapia "reparadora", classificando-a como "cientificamente duvidosa" e "potencialmente perigosa", o procedimento não é proibido, nem tem qualquer restrição por lei no país.

Anteriormente com sede nos EUA o grupo chamado de "Jews Offering New Alternatives for Healing" ("Oferta de Novas Alternativas de Cura para Judeus"), ou simplesmente 'Jonah', foi fechada em dezembro por "violar as leis de fraude ao consumidor" de Nova Jersey, após afirmar que oferecia uma terapia que pode "curar" a homossexualidade. Porém cerca de 20 a 30 psicólogos continuam oferecendo a terapia em Israel.

Estes profissionais em Israel dizem que muitos homens têm procurado esta terapia, por estarem insatisfeitos com sua condição homossexual.

Entre os pacientes, há também adolescentes judeus de outros países que estudam em seminários ortodoxos de Israel.

"Uma vez que existe uma presença religiosa forte aqui e o 'politicamente correto' não é tão prevalente, há mais abertura sobre isso, para este tipo de terapia aqui", disse o Dr. Elan Karten, um psicólogo norte-americano treinado e judeu ortodoxo, que tem tratado cerca de 100 pessoas com atrações homossexuais desde que começou a trabalhar em Jerusalém, há oito anos.


Contexto
No Brasil, há um projeto de lei proposto pelo deputado federal Ezequiel Teixeira, que defende que os psicólogos precisam ter a liberdade de atender e ajudar um(a) paciente que esteja se sentindo insatisfeito(a) com sua atual conduta homossexual - considerando que já há permissão para que o caminho inverso seja feito, ou seja, que terapeutas ajudem heterossexuais a 'descobrir sua possível homossexualidade'.

O caso da psicóloga paranaense Marisa Lobo acabou ganhando grande repercussão relacionada a este tema, após ela ser acusada por membros do Conselho Regional de Psicologia, de tentar 'converter homossexuais' e até mesmo 'usar de princípios religiosos para tanto'. Porém, durante uma audiência, até mesmo pacientes homossexuais da profissional afirmaram que as acusações não tinham fundamento.

Posteriormente a psicóloga voltou a ser acusada de 'proselitismo', após expor sua fé cristã nas mídias, tendo seu registro pofissional cassado. Meses depois, a cassação foi anulada e a psicóloga recuperou a permissão para clinicar.

Apesar de ter seu nome constantemente associado à "cura gay", a psicóloga ressalta que não considera a homossexualidade uma doença, mas acredita que é uma conduta que pode ser abandonada, caso esta seja uma escolha pessoal do paciente.


"Cura Gay"
Ao comentar a notícia sobre a permissão da terapia com homossexuais insatisfeitos com sua condição em Israel, o escritor, pesquisador e palestrante cristão Claudemiro Ferreira, celebrou a notícia e apontou o fato como um exemplo de respeito ao trabalho dos profissionais que atuam na área psíquica.

"As minhas pesquisas mostram que mais de 90% dos homossexuais gostariam de ser heterossexuais. Nós temos um projeto de lei na Câmara Federal, apresentado pelo brilhante deputado Ezequiel Teixeira, que visa possibilitar que os terapeutas brasileiros possam oferecer esse tratamento. Por enquanto, o que podemos fazer é comemorar que em Israel, os homossexuais egodistônicos podem buscar apoio, encontrar, receber o tratamento e, como é assim que eles desejam, se livrar da atração por pessoas do mesmo sexo", relatou.

Claudemiro é um exemplo de homem que abandonou a homossexualidade e tem compartilhado o seu testemunho e conhecimento sobre a questão dos homossexuais egodistônicos em livros, vídeos, palestras e entrevistas. 

O pesquisador também é Especialista em Políticas públicas pela UFG e Mestre em Saúde Pública pela Fiocruz e autor do livro "Homossexualidade Masculina: escolha ou destino?".

Clique no vídeo abaixo para conferir o depoimento completo do escritor:

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