Na última terça-feira (5), o senador Magno Malta (PR-ES) ouviu diversas opiniões de estudiosos e especialistas que se posicionaram contra e a favor da legalização do aborto no Brasil.
Dados e estatísticas foram apresentados, discutidos e comentados pelos participantes da audiência, que teve como objetivo esclarecer e atualizar as informações sobre o tema.
Citando o professor de psicologia David M. Fergusson, Elizabeth explicou que o estudioso não se guiou por princípios religiosos, mas sim por estudos psíquicos para avaliar os esfeitos psicológicos na mulher. A médica destacou que o pesquisador se surpreendeu com os resultados de seu próprio estudo.
"Este senhor [David] se define a favor da escolha e como ateu racionalista. Para provar que as complicações psicológicas seriam devido a outras causas e não ao aborto provocado, ele planejou um trabalho séríssimo. Acompanhou por 30 anos, 1265 meninas nascidas em 1977 até 2007 e se surpreendeu, porque o resultado foi contrário. O aborto provocado realmente é uma das causas para problemas psiquiátricos", contou.
Confira a apresentação de Elizabeth Cerqueira no vídeo abaixo:
Para justificar a relevância da legalização do aborto, a presidente do Conselho Nacional de Saúde, Maria do Socorro de Souza destacou que a proposta faz parte do apoio às mulheres que sofrem com a violência sexual.
"Houve no Brasil um aumento significativo de situações de estupro. O Brasil é o sétimo país, está em sétimo lugar do ponto de vista da violência contra as mulheres. Para discutir a situação das mulheres que enfrentam a condição de aborto, temos que olhar o contexto em que essas mulheres vivem", disse.
Confira a depoimento de Maria do Socorro no vídeo abaixo:
Já a especialista em Saúde Coletiva e Estratégia de Saúde da Família, Isabela Mantovani contestou o argumento apresentado frequentemente por diversos ativistas pró-aborto, que afirmam que a legalização da prática diminuiria a taxa de mortalidade materna.
"A legalização do aborto tem um efeito nulo na diminuição da mortalidade materna. Não aumenta nem diminui. Não existe correlação de causa e efeito entre os dois", destacou.
Clique no vídeo abaixo para conferir a apresentação de Isabela Mantovani:
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