A ideologia de gênero já foi barrada do Plano Nacional de Educação e posteriormente a maioria dos municípios brasileiros cobraram de seus vereadores eleitos que também não aceitassem tal doutrinação nos Planos Municipais de Educação. Porém por que este perigo ainda ronda as escolas e, consequentemente as famílias brasileiras? Foi justamente este questionamento que a psicóloga paranaense Marisa Lobo colocou em debate na última quarta-feira (22), em um vídeo ao vivo no Facebook.
Comentando o caso chocante de um vídeo no qual um garoto de 12 anos beija o "namorado" em sua festa de aniversário e as pessoas presentes no local gritam frases obscenas, Marisa destacou sua indignação contra a erotização infantil e a ideologia de gênero - fatores que ela aponta como causas de uma cena como esta que viralizou nas redes sociais.
"Não é engraçado ver crianças tratando a sexualidade dessa forma. Não é engraçado ver crianças erotizadas dessa forma. Não é engraçado ver crianças falando de sexo anal como se fosse a coisa mais comum. Nós estamos vivendo tempos difíceis. Nós estamos vivendo um tempo de desconstrução da sexualidade, desconstrução da figura da criança. A criança está sendo banalizada e usada como objeto sexual do adulto. Esse vídeo mostra como a sociedade está erotizada, como as nossas crianças estão desprotegidas", alertou.
Marisa também destacou a morosidade das atitudes daqueles que têm o dever de impedir tal doutrinação ideológica - que já foi considerada pela Faculdade Norte-americana de Pediatria como um "abuso infantil".
"Os que não são perversos, os bons, cruzam os braços. Está cheio de deputado bom, mas nesse assunto, parece que tem medo, parece que há acordos. A sociedade toda está lutando contra a ideologia de gênero. Nós temos um ministro que é evangélico, mas tem vergonha de dizer que é evangélico. O presidente também diz que é cristão... eles têm que governar para todos, eu eu entendo, mas é científico: Estão promovendo disforia de gênero nas crianças. O número de casos de crianças com disforia de gênero que tem aumentado assustadoramente em todo o mundo, que promoveu esta loucura", afirmou.
Solução de emergência
Diante de um quadro tão alarmante, Marisa sugeriu a todos que cobrem de suas autoridades uma medida já adotada pela Bancada Evangélica em 2011 para barrar o chamado 'kit gay': a obstrução de votação.
"Eu sugiro que vocês entrem em contato com os vereadores, deputados estaduais e federais de vocês e peçam para eles serem machos e se unirem e obstruirem votação. Vai ser o único jeito. Já foi feito isso uma vez com o 'kit gay", citando quando o presidente da Frente Parlamentar Evangélica, deputado João Campos e mais de 80 outros deputados fizeram o mesmo em 2011, para que os filmes e cartilhas "contra a discriminação sexual" não fossem incluídos no Plano Nacional de Educação pelo MEC.
A psicóloga - conhecida por sua intensa luta contra a ideologia de gênero - foi incisiva em cobrar dos parlamentares que se tornaram conhecidos por barrar o 'kit gay', que se unam para tomar atitudes concretas e definitivas contra a ideologia de gênero.
"O que está acontecendo? Afrouxou? 'Ah, mas é porque era a Dilma'. Então eles tiveram peito, coragem, porque era uma mulher? Agora é porque o Temer está lá, é homem... porque o ministro que está lá é homem? Ou é por que há algum tipo de acordo? Por que vocês não podem obstruir votação, como fizeram no passado?", questionou.
Em um desabafo, Marisa acabou se dirigindo aos deputados da bancada evangélica, pedindo que eles intensifiquem as ações para proibir de uma vez por todas a doutrinação ideológica de gênero nas escolas.
"Não entendo o porquê de tanta demora em tomar atitudes concretas contra a ideologia de gênero na Educação. Temos que achar um ponto de equilíbrio, pois estão sim erotizando as crianças, traumatizado muitas em nome de 'lutas contra o preconceito', 'contra a mulher'. Sabemos que temos a obrigação de ensinar nossos filhos a respeitarem os diferentes, mas nossos nossos filhos também têm que ser respeitados em sua condição natural. Se cada um tem seu direito, temos que equilibrar esses direitos, ele não pode ser imposto e sim conquistado", lembrou.
"Não entendo porque ainda não fizeram isso, chamo aqui à responsabilidade todos os deputados cristãos, os que afirmam defender a Família e têm poder de mídia, como Bolsonaro, Marco Feliciano, Sóstenes Cavalcante, João Campos, Diego Garcia, Francischini ... que lutem pelo nosso país de forma mais prática... o Brasil está a beira de um colapso cultural. Não vejo outra saída... ou querem que o Brasil se transforme em uma Europa, que já perdeu sua identidade, onde os pais não têm mais o direito de educar seus próprios filhos?", finalizou.
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