O cantor Kirk Franklin lançou seu mais novo disco, com o título Losing My Religion (Perdendo a minha religião) em novembro de 2015. O artista afirma seu ponto de vista logo na primeira faixa. "Eu estou perdendo minha religião, graças a Deus. Ajudar você a perder a sua é o meu trabalho". O álbum é espirituoso, carismático e poderoso. Exatamente o que se espera de um cantor que já venceu sete vezes o GRAMMY. Apesar de ter o mesmo nome, o título do projeto não tem relação com a canção da banda REM, mesmo ela sendo citada na primeira música.
Embora Franklin tenha levado quatro anos para lançar “Losing My Religion", o cantor afirma que ele é apaixonado pelo registro e se refere a ele como "romântico". Mais do que apenas uma coleção de canções, o álbum lidera um movimento que incentiva as pessoas a olhar para além de suas crenças religiosas.
Se Franklin parece minar a religião, o disco não parece de forma alguma ser uma crítica cultural. Em vez disso, as músicas são, em grande parte, focadas no poder redentor e unificador do amor de Deus em vários níveis. É uma abordagem estratégica da parte de Franklin para apresentar uma história verdadeira.
"A religião é uma abordagem sistemática do homem para tentar manter as regras. O problema é que quando se envolve o processo de ideologia e pensamento do homem, isso pode mudar as regras", disse Franklin para o The Christian Post. "Muitas vezes os pensamentos da religião não são todos bibliocentricos, eles podem ser culturais. Em seguida, ele se torna cultural para dizer, 'que é errado fazer isso e que é errado fazer aquilo' e isso pode vir a ser uma má interpretação da Escritura", afirmou o cantor.
Fé X Religião
Kirk apresenta sua proposta logo na faixa de abertura. No entanto, o artista cristão deixa claro que não há nada de errado com a identificação de sua fé. "Eu nunca diria que afirmar que você é um cristão está errado. Eu entendo que há um aspecto humano de ser capaz de identificar as pessoas se são africanos, americanos, hispânicos ou asiáticos", comentou. "Mas isso não define o relacionamento, o que significa que pode ser casado e ainda não ter intimidade. Você pode ser religioso e não ter um relacionamento".
Para Franklin, é importante promover o aspecto relacional do cristianismo, porque ele se lembra de um momento em que ele não viu muito do amor de Deus na religião. "Há um monte de pessoas como eu que o sistema nunca introduziu ao amor de Deus. Conhecer a Deus como um pai amoroso é muito estranho para eles", disse. "Eu acho que a maioria das pessoas na América de fato não conhece a Deus. Há sempre mais frases como ‘Deus odeia gays’ ou ‘Deus odeia o aborto’. Mas quantas vezes você tem visto um alguém dizer ‘Jesus ama você?’", finalizou.
Sua avaliação é importante para entregarmos a melhor notícia
O Guiame utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência acordo com a nossa Politica de privacidade e, ao continuar navegando você concorda com essas condições