Conceitos sobre bateria

Conceitos sobre bateria

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:47

A abordagem pessoal do baterista em relação à bateria determina como ele toca e como "soa" seu instrumento. Muitos fatores influenciam nessa variação de timbres, como as medidas dos tambores, os tipos de pratos usados, peles, baquetas, etc ... somados ao estado físico e psicológico em que está o baterista na hora de tocar.

O conceito principal que afeta o som e o estilo de um baterista é como ele focaliza a bateria. Basicamente há dois conceitos:

visualizada como um agrupamento de instrumentos separados (tambores, pratos, cowbell, etc.) como um set de percussão. visualizada como um só instrumento com diferentes tons, afinações, cores, etc. Esta tem sido minha experiência, sendo que o segundo conceito é o usado pelos melhores bateristas que eu tenho ouvido. Assim como o pianista aborda o teclado e os pedais como um instrumento completo, o baterista também deve fazê-lo.

A bateria, como um todo, é um instrumento e deve ser visualizada desta maneira. Este conceito ajuda o baterista a fazer uma transição mais suave quando passa de uma peça para outra da bateria.

Outro conceito que influencia no som de um baterista é sua técnica, e este deve ser considerado como fator decisivo. Dez bateristas podem tocar a mesma caixa, e cada um vai tirar um som diferente do instrumento. Podemos até tocar na própria bateria do Steve Gadd, por exemplo, mas mesmo assim nunca soaremos como ele. Novamente, a técnica e a pegada são fatores decisivos no som.

Frequentemente meus alunos trazem os discos de seus bateristas prediletos e dizem: " eu quero minha caixa com esse som". Como poderei fazer isso? Há muitos aspectos a considerar aqui: Quais as medidas da caixa que o baterista usou no disco? Ela é de madeira ou metal? Quais as peles usadas? E as baquetas? São de nylon ou madeira? Quais os microfones usados? Quais as regulagens usadas pelo engenheiro de som?

É óbvio que tentar copiar o som de uma outra bateria é quase impossível, e mesmo que usássemos a mesma caixa que foi usada no disco, as mesmas condições do estúdio, devemos levar em consideração a técnica e a pegada de quem o gravou. Além do que, quando tentamos copiar o som de alguém, perdemos nossa própria identidade.

Isso não quer dizer que não podemos ter alguém que admiramos como referência, mas devemos nos lembrar de que uma cópia é sempre uma cópia, e ela nunca será grande como a original.

Por Adalberto Brajatschek (Magoo)

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