Entrevista Nelson Bomilcar - "O Brasil não tem memória"

Entrevista Nelson Bomilcar - "O Brasil não tem memória"

Fonte: Atualizado: segunda-feira, 31 de março de 2014 às 11:52

Por Adriana Amorim - www.guiame.com.br

"Cantai ao Senhor, um cântico novo, cantai ao Senhor, todas as terras, cantai ao Senhor, bendizei o seu nome, proclamai a sua salvação. Glória e majestade estão diante dele, força e formosura no seu santuário..." . Provavelmente você conhece este salmo, que se tornou um louvor cantado em muitas igrejas, mas quem o musicou? O compositor, Nelson Bomilcar, tem uma boa resposta: "O Brasil não tem memória".  

O músico viveu a efervescência da década de 70 e o despertar da música cristã brasileira. Ao lado de Jaime Kemp, Bomilcar participou da "Missão Vencedores por Cristo". Gravou até hoje mais de 300 álbuns, participando de trabalhos como os da série "Louvor VPC", "Sopro de Vida", "Grupo Semente", "IBMorumbi Produções", "Guilherme Kerr" e "Sério Pimenta". Foi produtor musical, em parceria com João Alexandre, do LP Quarteto Vida Acapella. Produziu também Quico Fagundes (Pulsação), Arlindo Lima (Voz dos Profetas), Jorge Camargo (Salmos, Intimidade e O Chamado), Adhemar de Campos, Asaph Borba, entre outros.

Apresentador do programa de rádio "Sons do Coração", veiculado pela Transmundial, o músico traz reflexões, além de entrevistas com músicos e compositores que ajudam a narrar a história da música cristã no País.

Carregado de uma musicalidade bem brasileira, filho de cantora de rádio, Bomilcar vive ainda hoje a música em seu lar. Em entrevista ao Portal Guia-me , o pastor de ministério itinerante falou sobre a experiência de pastorear músicos. Veemente e direto, Bomilcar deixou em alguns momentos seus olhos encherem de lágrimas ao expor sua opinião sobre a música gospel, a adoração e a postura da Igreja hoje. Críticas baseadas em mais de 30 anos de música cristã e pastoreio. Portal Guia-me: A sua conversão teve uma peculiaridade. Você interessou-se mais pelo Evangelho ao ouvir duas músicas seculares. Como foi isso? Nelson Bomilcar: Eu costumo dizer que Tim Maia foi o João Batista e a Rita Lee foi a parteira (risos). Duas músicas que Deus usou na minha vida. Nas letras do artista geralmente você vê os dramas do coração do ser humano. E eu penso exatamente diferente do que eu tenho ouvido na Igreja, de que nós não devemos ouvir músicas de autores não-cristãos. Eu creio que nós devemos ouvir sim, aprender a reter o que é bom, discernir o que estamos ouvindo. O Tim Maia cantava numa dessas músicas exatamente isso: "Ah, quem sofre sempre tem que procurar, pelo menos vir achar, razão para viver" (cantando). Era isso o que eu estava procurando no meu período de adolescência, de vestibular. A Rita Lee bateu forte com "Ovelha Negra": "Baby, baby, não adianta chamar, quando alguém está perdido procurando se encontrar...". E era essa a minha situação quando eu tinha 17 para 18 anos. Eu estava perdido, procurando me encontrar. E isso foi um empurrão para que eu pudesse considerar a possibilidade do Evangelho. Portal Guia-me: Sua mãe também colaborou para que isso acontecesse, não? Nelson Bomilcar: Minha mãe converteu-se em 1965. Ela era cantora profissional do rádio, morava aqui em Santos, o nome dela era Laura Bomilcar, mas o "nome de guerra" era Sandra Lee. Ela ganhou vários concursos da rádio São Paulo. Nós morávamos em Santos, foi aqui que nós gravamos o nosso primeiro mini LP, com quatro músicas de cada lado, a família toda. Meu irmão escrevia aqui. Com 11 anos de idade, ele escrevia aqui na Tribuninha, era um geninho, fez uma análise da personalidade de Duque de Caxias com 11 anos (risos) e a Tribuninha publicou ainda, foi muito legal (risos). Portal Guia-me: Então, o senhor considera que um músico possa ouvir músicas seculares? Nelson Bomilcar: Claro! Eu recomendo até que as pessoas possam ler um livro escrito por Stive Tuner, "Cristianismo Criativo", ajuda os cristãos a resgatarem uma teologia bíblica. A nossa compreensão não começa na Redenção, a nossa compreensão bíblica começa na Criação. Gênesis diz que Deus criou todas as coisas e viu que era bom. Na criação, a gente tem a visão correta de que Deus criou todas as coisas, inclusive aqueles que não são convertidos ainda são também expressão da imagem de Deus e nós precisamos entender isso. Quando entendemos isso, nós percebemos que podemos aprender muito com pessoas não-cristãs. Toda a minha formação cultural, cursinho, faculdade, eu recebi de professores e pessoas não-cristãs, valores que me passaram, conceitos muito bons para minha vida. Claro que nós cristãos temos que considerar também a verdade do Evangelho. Porque a verdade do Evangelho vem trazer esse discernimento, para a gente avaliar tudo que nós ouvimos, tudo que vemos, que assistimos, que lemos e saber que estamos inseridos nesse contexto como criaturas nas mãos de Deus, não nas mãos de Satanás. Portal Guia-me: Como um músico pode não ser influenciado pelas letras, músicas e pensamentos de cantores não-cristãos? Nelson Bomilcar: Qualquer pessoa pode ser influenciada pelas letras de qualquer coisa que ler ou viver. Nem todas as músicas ferem a nossa fé. Pessoas não-convertidas, como diziam Calvino e Lutero, também expressam, mesmo sem consciência, quando fazem alguma coisa criativa, manifestam em parte essa glória de Deus, porque ela está presente na vida de suas criaturas, mesmo as criaturas caídas. Elas foram e continuam sendo criadas à imagem e semelhança de Deus. Então, nós temos a possibilidade de ser influenciados, mas não somente os músicos. Um médico em seu trabalho, hospital; um engenheiro; um professor em uma escola; um diretor de banco; são ambientes tão sagrados e tão profanos quanto estar na igreja (risos). Alíás, se a gente quiser conviver numa expressão do mundo é só conviver na igreja. Ela expressa a realidade da sociedade. A igreja, como comunidade, é uma reunião de pessoas caídas, pessoas que estão doentes, uma reunião de pecadores e essa é a visão bíblica. Nós não somos um grupo de santos, de pessoas que não vivem mais sob influência de nada nesse mundo. Pelo contrário, nós estamos sendo transformado por Deus. Portal Guia-me: Mas a arte não pode ultrapassar o Evangelho? Nelson Bomilcar: Claro, claro, sempre. Qualquer ideologia, qualquer filosofia que você abraça para sua vida ela pode num certo sentido se identificar com o Evangelho em certas coisas e em certas coisas não. Essa é a bênção do Evangelho na nossa vida. Ele vem trazer um referencial para a gente discernir aquilo que estamos sendo influenciados. A recomendação bíblica é essa: retermos o que é bom de tudo isso que estamos absorvendo da experiência humana. Eu não falo "mundo", porque no mundo todos nós estamos. Nós somos terráqueos, não somos de Netuno, nem de Plutão. Somos humanos, e a igreja está absolutamente influenciada por tudo do mundo. Ela é uma comunidade, uma instituição divina, humana. As músicas que cantamos, os hinos que recebemos dos missionários, todos eles vieram repletos da cultura de origem de seus países e muitas músicas não foram feitas inicialmente para a glória de Deus. Eram canções populares de seus países de origem e que nós aqui no Brasil transformamos em sacra ou coisa sagrada. Portal Guia-me: Como as pessoas podem estar atentas para não serem influenciadas por algo que contrarie a Palavra de Deus? Nelson Bomilcar: Toda arte pode ocupar o lugar do artista e o lugar do grande artista. Eu escrevi um pequeno artigo, se você quiser ler está disponível no meu site e na "W4 Editora", lá eu falo sobre a "síndrome de Narciso". Todos nós temos dentro de nós, com a nossa natureza caída, o desejo de sermos reconhecidos, adorados, exaltados. Então, não é somente o músico que tem essa síndrome de Narciso dentro dele, todo o ser humano, qualquer pessoa em sua atividade artística. E você não vai encontrar pessoas mais endurecidas, pessoas mais soberbas não somente no mundo artístico, você encontrará em qualquer segmento da sociedade. A Bíblia diz que todos nós fomos criados livres por Jesus e essa liberdade nós temos que exercer com responsabilidade. É por isso que temos que dizer para nossos filhos: Retenham o que é bom de tudo que você ouve, interage, lê, porque Deus nos fez seres livres. Nós somos livres para adorar, apreciar, para não pecar, para usufruir da vida e da beleza da vida. É mais fácil dizer: Faça isso, não faça aquilo, pode, não pode, mas isso não resolve a questão. Eu preciso encorajar as pessoas com a liberdade que tem, com o evangelho que conhecem e com a consciência pessoal de cada um. E nós procurarmos servir e agradar a Deus em tudo o que somos, em tudo o que fazemos, em nossos relacionamentos, em todas as dimensões. Portal Guia-me: Você tem um pastoreio especial, é pastor de músicos. Como foi que surgiu esse ministério? Nelson Bomilcar: Na verdade foi um convite de um amigo, o pastor Jaime Kemp, que curiosamente celebrou meu casamento há 28 anos, e que gastou tempo comigo. O Jaime sempre teve uma visão de discipulado, de investir em gente. Você imagina um cara que tem um ministério há mais de 45 anos. Na época, ele resolveu investir na vida de 10 jovens, de 17 a 20 anos, uma equipe de um ano. Viajamos pelo Brasil pregando o Evangelho em escolas, faculdades, hospitais, igrejas, praças públicas, praias, cadeias. Ele olhou para nós e conseguiu enxergar lá na frente. Um rockeiro, recém-convertido, cair na mão de um pastor, um cara amigo. Ele teve a visão de Jesus: fazer discípulos. Pregávamos pelo Brasil para multidões. Ele sabia que o processo era investir na sua vida, no seu coração, acompanhar o crescimento, ele fez isso para muitas pessoas. E nós somos frutos desse ministério de discipulado. É o que eu faço hoje trabalhando com músicos, cuidar. Os músicos que tocam comigo são meus amigos, freqüentam a minha casa, eu vivo com eles nos melhores e nos piores dias e celebramos a amizade em Jesus Cristo. Portal Guia-me: Então você foi discípulo de Jaime Kemp? Nelson Bomilcar: Claro. Minha esposa também. Nós nos conhecemos nessas equipes de treinamento. Ela cantava na época, tocava, começamos a namorar no "Vencedores", quatro anos de noivado, depois nos casamos. Estamos aí no ministério já há bastante tempo. Portal Guia-me: A música sempre o acompanhou? Nelson Bomilcar: Sempre. Eu não tive opção. Minha mãe obrigou todos os filhos a estudar música. Colocou o nome das minhas duas irmãs de música do Dorival Caymi. A minha irmã mais velha chama-se Marina e a mais nova Dora. Portal Guia-me: Hoje a sua família também vive a música? Nelson Bomilcar: A minha esposa, Carla, está aqui comigo. Ela já gravou muito mais, perdeu a conta de quantos LPs na época e CDs ela já gravou comigo. Eu produzo muita coisa, não só o "Vencedores", eu já produzi muitos artistas. Eu trabalho muito com produção. Acho que produzi mais do que 300 discos. A Karen é uma psicóloga formada, mas que canta comigo na "Confraria das Artes", viaja comigo o ano inteiro. Nathan, está se formando em Administração e tem uma banda de rock pauleira chamada "PAX", para evangelizar essa tribo dos roqueiros. São pessoas muito queridas, muito abertas, muito consagradas ao Senhor. Portal Guia-me: Com quase 40 anos de música e ministério, tendo participado do Vencedores por Cristo, você acha que as pessoas reconhecem os trabalhos que iniciaram a música cristã? Nelson Bomilcar: O Brasil não tem memória, o Brasil costuma achar que uma música feita há 35 anos é velha, o que é um absurdo. Se uma música de 35 anos é antiga, imagina alguém que fez uma no Barroco. Quer dizer, músicas recentes, do século passado, início desse século, com autores e compositores que têm feito a história da música cristã brasileira, que fazem música cristã e não música gospel. Há para mim uma distinção bem clara entre música cristã e música gospel. Música gospel tem pouco a ver com o estilo original de música gospel e tem mais a ver com o processo de marketing, que o mercado tomou conta e resolveu nos canalizar como nicho. Então, tem segmento gospel que não canta mais a palavra de Deus, que não tem compromisso com o Evangelho. Estão a fim de faturar, de enriquecer, fazer sucesso, fama, ídolos, isso lembra alguma coisa par você? É só ligar a Rede Globo de Televisão, a Record, é só ligar o Silvio Santos, é só assistir os programas de TV à cabo, olhar a América, todo mundo quer fama, reconhecimento. Todo mundo quer sucesso, esquecem que ele é efêmero, rápido e não está nele a realização ou a alegria. Você fala congresso de adoração todo mundo pensa em música. Se eu falasse aqui: 'Vamos fazer aqui um congresso de adoração, mas não teremos música' (pausa). Você iria? Ninguém vai cantar? Por quê? Porque as pessoas confundiram adoração com música, adoração é muito mais do que isso, envolve a nossa vida, nosso coração, nosso amor, nosso temor, nosso compromisso, nosso serviço, nossa visão correta diante do sacrifício de Jesus na cruz do calvário. Adoração envolveu a morte de alguém, envolveu martírio, adoração envolveu sofrimento, adoração envolveu perseguição. Você acha que se eu fizesse um congresso de perseguição, martírio e sofrimento, alguém iria fazer alguma inscrição? Claro que não. É mais fácil focar na música e na arte e achar que isso é adoração. Infelizmente vemos uma igreja equivocada. Portal Guia-me: Adoração com música é então para você um complemento da Palavra? Nelson Bomilcar: Acho que sim. Acho que sim (muitos risos) Portal Guia-me: Eu acho que você tem certeza. Nelson Bomilcar: Claro, claro. Portal Guia-me: Em sua ministração, você comentou sobre um amigo estrangeiro que lhe mostrou como fazer música cristã em nossa cultura. Como foi isso? Nelson Bomilcar: Volodimir Brozoski, pastor hoje da Comunidade Jesus, em São Paulo, co-autor do primeiro projeto de satélite brasileiro colocado em órbita, o Volô. Cristão, estudou no ITA em São José dos Campos e fez uma música em cima de uma marcha rancho. Com toda sua herança ucraniana, dizendo: E vocês, brasileiros? Por que vocês não adoram a Deus nas suas expressões culturais? Por que não conseguem enxergar a mão de Deus na cultura de vocês? Quem foi que disse que o diabo é o dono da cultura? Ah, eu não posso usar samba. Ah, eu não posso usar o chorinho. Eu não posso usar o rock, eu não posso usar o street dance, eu não posso usar o baião, eu não posso usar a moda de viola. Não, isso é do diabo. Não é do diabo, mas como todo mundo está dizendo que é dele, ele não vai recusar: 'Ah, estão dizendo que o teatro é meu, que a dança é minha, então eu fico'. E não é, não é mesmo. Portal Guia-me: Você acha que muitos brasileiros poderiam aproximar-se de Jesus se os louvores representassem a nossa cultura? Nelson Bomilcar: Totalmente. O Dr. Paul Persil, que é um missiólogo, dos mais importantes hoje no mundo diz uma coisa muito séria, que o Evangelho é pregado realmente em profundidade em uma cultura quando nós estamos expressando em nossos cultos públicos momentos dessa cultura. Você entra numa igreja chamada evangélica brasileira hoje e onde está a música brasileira ? E cadê o uso do corpo? E cadê a poesia? A pintura? Nós temos essa dificuldade. Por que a música africana é considerada demoníaca? Por que a música dos indígenas é considerada demoníaca? Isso é um erro, são pessoas maravilhosas, criações de Deus. Você vai perguntar se eu sou crente? Sou. (muitos risos) Portal Guia-me: Acho que sim. Até agora o senhor só falou coisas de crente (risos), mas o que é ser um pastor de ministério itinerante? Nelson Bomilcar: Eu pastoreei uma igreja local por 15 anos. Eu desliguei-me dela e estou há cinco anos viajando direto por esse país. Estive aqui em Santos, final de semana que vem estrarei em Bauru, outro final de semana estarei em Belo Horizonte, no outro final de semana em Recife, depois em João Pessoa. Estive a semana passada em Teresina, Piauí, isso é um ministério itinerante. Estou por aí pregando, viajando, estando em comunidades simples, comunidades ribeirinhas, cuidando de artistas que estão aí sem pastoreamento. Infelizmente a igreja hoje está vivendo um modelo empresarial, as pessoas estão dentro das igrejas locais sem serem cuidadas, pastoreadas, sem construírem relacionamentos sérios e profundos. Infelizmente, nós estamos vivendo um período de religiosidade, engessou a instituição. As pessoas estão até com medo de relacionarem-se porque já se decepcionaram, já passaram por experiências de traição, não conseguiram viver a simplicidade do Evangelho. Hoje, eu estou vivendo o ministério itinerante, ajudando a implantar de igrejas, dando aula em seminários, cursos de adoração, arte, cultura, espiritualidade, treinando jovens para o campo missionário da Aliança Bíblica Universitária, da Jocum, da Mocidade para Cristo, do MPC, faço parte também do treinamento da Amme e da Missão Esperança, que envia missionários para Indonésia e Timor Leste. Ou seja, ministério itinerante é para quem tem coração missionário. Portal Guia-me: Você tem um instituto que combina música e arte, o Instituto ser Adorador. Como ele funciona? Nelson Bomilcar: Ele foi fundado há quatro anos em Fortaleza para ajudar preferencialmente ou prioritariamente as igrejas do Nordeste e do Norte, na visão da teologia da adoração-culto-liturgia, no resgate da arte da cultura à serviço de Deus, no resgate da cultura para a evangelização e não somente para a adoração, para dentro das comunidades, para usarmos e sensibilizarmos a igreja para o uso da arte para projetos sociais, causas humanitárias e projetos missionários. A música como um elemento de transformação, de conscientização e de serviço em uma sociedade que está enferma. Quando nós vemos um Bono Vox do U2 ser esse referencial hoje, ter cadeira cativa na ONU, ser recebido pelos chefes de Estado porque tem uma consciência social, porque está preocupado com a criação, com a sustentabilidade do planeta, com os relacionamentos de justiça, sem opressão, devemos pensar que essas são questões nossas, de artistas cristãos, de pessoas cristãs. Nós deveríamos estar sendo voz dessas questões. Recomendo para todos os que quiserem ler um livro maravilhoso, também publicado pela W4 Editora, chamado "Walk On - A jornada espiritual do U2", que fala de três músicos do U2 que foram convertidos, discipulados numa comunidade cristã e decidiram não ser evangélicos ou protestantes, porque nasceram na Irlanda no meio de uma guerra onde protestantes matavam católicos e católicos matavam protestantes. Então, eles falaram assim: Não queremos ser nem católicos, nem protestantes. Queremos ser cristãos. O que é uma pessoa cristã? Eu poderia chamar uma pessoa cristã um pastor que na semana passada dentro de alguma igreja pregou uma mensagem totalmente destorcida da palavra de Deus? Um grupo evangélico que fica cantando para incendiar a noiva? Para querer ser conhecido como a geração que canta e dança, ora, muitas gerações já cantaram e "dançaram". Se pudéssemos ser uma geração que canta e obedece a palavra de Deus talvez tivéssemos feito diferença na nossa geração. Mais sobre Nelson Bomilcar: www.nelsonbomilcar.com .br Para ouvir o programa Sons do Coração , clique aqui

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