Entre junho e agosto de 2002, o País acompanhou a transformação de Jhean Marcell Menezes Couto um paranaense que desde 1997 morava em Joinville, onde integrou as bandas Ramal 05, Os Versáteis e Manchester Band de cantor desconhecido em ídolo teen. Durante o ano que passou como membro da boy band BROZ, ele foi figura fácil em programas de auditório e capas de revistas, vendeu meio milhão de CDs e ganhou a chave da cidade durante um megashow no estacionamento do Centreventos. Em 2004, tudo acabou de repente, e Jhean se viu frente a várias opções. Arriscou outros projetos musicais, mas acabou afastando-se do mundo artístico até agora. Reinventado como cantor gospel, o rapaz de 29 anos retorna aos poucos aos holofotes, só que mirando a evangelização, escorado pelo som de uma banda joinvilense. Neste papo com a coluna, Jhean fala sobre os tempos de BROZ, o retorno e o que fez entre um e outro.
A sua passagem pelo BROZ foi proveitosa, pessoal e artisticamente falando?
Jhean Marcell Foi. Aprendi muito e cresci mais ainda como pessoa e profissionalmente. Mas pude ver também como o mundo artístico pode ser muito podre e sujo.
Você sente falta daquela histeria toda? Gostava de participar dos programas de TV e tal?
Jhean Marcell Pra ser sincero, sinto falta apenas dos palcos e de estúdio, que são minhas paixões. A fama, no sentido extra-profissional, graças a Deus não sinto falta, não.
Você ficou desapontado quando o grupo acabou?
Jhean Marcell Ficamos bastante desapontados na época. Foi um fim meio inesperado. Fomos chamados no escritório e disseram acabou. Voltem pra casa de vocês. Naquele momento, o contrato não permitia que trabalhássemos juntos.
Quando o BROZ tocou em Joinville, você recebeu a chave da cidade. Guardou aquilo?
Jhean Marcell Está na parede da minha casa. É uma placa dizendo: Destaque Jovem de Joinville um exemplo para juventude joinvilense. Aquilo foi demais pra mim, saber que eu estava influenciando de forma positiva a juventude da cidade que eu amo.
Que lições você levou dessa experiência pra carreira solo?
Jhean Marcell A bagagem musical e profissional foi maravilhosa, mas também pude entender como funciona esse meio artístico e como essas pessoas precisam de um motivo na vida.
O que rolou entre o fim do BROZ e o lançamento da sua carreira solo?
Jhean Marcell Gravei um disco solo em 2004, mas não cheguei a lançá-lo. Depois, desenvolvi um projeto paralelo com o André (hoje no Cupim na Mesa), chamado BRZ2. Mas, no fim de 2006, algo me dizia que não era lá que eu deveria estar. Foi quando achei que o chamado queria dizer que a música não era meu espaço. Então resolvi parar, repensar na minha vida e fui para a Califórnia terminar meus estudos. Ao voltar ao Brasil, em 2008, abri uma empresa com meu pai em Uberlândia (MG).
Quando e como aconteceu essa sua guinada pra música gospel?
Jhean Marcell Em julho deste ano, tive a oportunidade de cantar uma música golspel em um acampamento e fui tocado pelo Espírito Santo, que revelou tudo aquilo que eu estava sentindo. Deus me disse que tudo era proteção para que eu pudesse ver como é esse mundo, pudesse atingir um número maior de pessoas e, assim, usar o dom que ele me deu pra evangelizar.
Seu primeiro single é de uma música de uma banda gospel de Joinville...
Jhean Marcell Na verdade, não é meu primeiro single. Alegria Eterna é da banda SingleCore. A história é que eu estou montando repertório, arranjando as músicas e pretendo entrar em estúdio em fevereiro. Mas há algumas semanas, algumas emissoras de TV têm me chamado pra falar do que tenho feito ultimamente e contar um pouco sobre esse meu encontro com Deus. Foi quando eu falei com o pessoal da banda SingleCore pra me liberar a base da música, para que eu pudesse gravá-la e cantá-la nos programas de TV até que meu disco esteja pronto.
Sua avaliação é importante para entregarmos a melhor notícia
O Guiame utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência acordo com a nossa Politica de privacidade e, ao continuar navegando você concorda com essas condições