Da Redação
A história de 30 anos do ministério Voz da Verdade se confunde com a trajetória da música gospel brasileira. A banda foi responsável pela introdução da bateria na música cristã, numa época em que a Igreja se mostrava relutante em aderir estilos diferenciados de adoração a Deus. Segundo o vocalista e pastor Carlos Moysés "a contribuição do Voz da Verdade foi nos estilos musicais, nas letras profundas e na salvação de milhares de almas atráves das músicas". Além da banda, formada por 23 integrantes e uma discografia contendo 29 CDs gravados, o ministério dirige a Igreja Voz da Verdade, fundada por Fued Moysés, pai de Carlos Moysés.
Em entrevista ao Guia-me , o cantor Carlos Moysés contou um pouco desta história, falou sobre o avivamento pelo qual o Voz da Verdade vem passando e os próximos projetos para o ano que vem.
Guia-me: A banda Voz da Verdade, no início, foi considerada polêmica por introduzir um estilo diferenciado de adoração, como a bateria nas músicas cristãs. Na sua opinião, qual tem sido o comportamento da Igreja hoje com novos estilos? Ela está mais "aberta"?
Carlos Moysés: Obviamente está mais aberta. Isso foi um processo construído ao longo dos anos e o Voz da Verdade fez parte dessa mudança.
Guia-me: Se você pudesse resumir a principal contribuição do Voz da Verdade na música evangélica brasileira, qual seria?
Carlos Moysés: Não se pode falar em música gospel hoje, sem passar pelo Voz da Verdade. A contribuição foi nos estilos musicais, nas letras profundas, na salvação de milhares de almas atráves das músicas. O Voz da Verdade é reconhecido como o conjunto que mais salvou almas nesse País.
Guia-me: Na Expo Cristã 2008, você afirmou ao Guia-me que os cantores evangélicos precisam arriscar mais, pois é preciso falar de Jesus de diversas formas. Na sua opinião, é mais cômodo repetir mensagens já transmitidas por outros ministérios, do que inovar e buscar inspiração em Deus?
Carlos Moysés: Na verdade, o que eu quis dizer é que os compositores precisam ter a coragem de arriscar mais na parte melódica das músicas, sem medo de ser "taxado" como brega.
Guia-me: Para compor uma música para Deus é necessário buscar a Sua presença, ter fome e sede por Ele. Durante todos esse anos de atuação do Voz da Verdade, como você e os demais integrantes fazem para que essa fome não acabe e ainda aumente?
Carlos Moysés: É simples, pois nunca perdemos e nem perderemos o primeiro amor, que está ligado profundamente a uma intimidade com Deus.
Guia-me: Você é um milagre vivo nas mãos de Deus, pois recebeu a cura de um problema ósseo. Na ocasião, você fez um voto com Deus (de que seria um pregador da Sua palavra). Qual a importância do cristão fazer um voto com Deus e não confundir com "barganha"?
Carlos Moysés: Quando fiz o voto, eu coloquei diante de Deus uma condição e automaticamente Deus me impos outra: curando-me. Eu teria que cumprir a promessa que fiz. Pois num relacionamento nunca há um lado só, nunca será unilateral. Porém, quem fizer o voto deverá cumprí-lo.
Guia-me: O que mais te marcou na gravação do DVD de 30 anos do grupo? Passou algo na sua cabeça a respeito dessa árdua, porém vitoriosa trajetória?
Carlos Moysés: O que mais me marcou é que vieram pessoas de todos os estados do Brasil, demonstrando seu amor, carinho e gratidão, todas elas conviveram conosco por três dias. Foi uma verdadeira conferência, com pregações maravilhosas e o louvor ministrado pela banda.
Guia-me: A Igreja de Cristo está num momento especial, de clamor pelo avivamento. Qual tem sido a posição do Voz da Verdade nessa questão?
Carlos Moysés: Vou falar com relação ao meu Ministério, que já passa por esse avivamento. Para mim, avivamento começa pelos próprios líderes, depende de seu estado de desprendimento para com Deus. Diferente do que muitos pensam que avivamento é ter uma igreja cheia, pelo contrário, existem várias igrejas cheias, mas estão longe de um avivamento, pois não há uma preocupação de seus líderes em saber como seu povo está.
Podemos destacar a igreja de Éfeso, que era uma igreja muito paciente, trabalhava pelo nome de Jesus sem se cansar, as últimas obras eram maiores que as primeiras e não toleravam os Nicolaitas (pregavam o venha como estás e continue como estás). Olhando todas essas questões, pensamos que aí existe uma igreja avivada, porém a mesma recebeu uma repreessão terrível: "deixastes o primeiro amor". Se a mesma não se arrependesse, Deus a tiraria do lugar. Avivamento não é "movimento", o "movimento" é consequência do avivamento.
O que temos que fazer é viver todos os dias apaixonados por Jesus, o resto é consequência dessa paixão.
Guia-me: Quais os próximos projetos do ministério?
Carlos Moysés: Gravação de mais um CD e DVD inéditos para o meio do ano que vem, e continuar fazendo sempre o que fomos chamados a fazer, até Jesus nos mostrar uma outra direção.
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