Pastor e produtor, Wesley Ros fala sobre seu ministério em entrevista

Pastor e produtor, Wesley Ros fala sobre seu ministério em entrevista

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:20

Supergospel – Quem é Wesley Ros?   Sou servo por escolha, Pastor por chamado e adorador por gratidão!   Supergospel - No início de 2011 você fechou com a Som Livre e lançou “Me ache oh Deus!”. Hoje, 10 meses depois, como tem sido esta parceria com a gravadora?   A Som Livre foi uma surpresa na minha vida, ver meu comercial na rede globo foi um choque, porque mesmo contratado, fui informado que eu não teria um comercial, a menos que eu alcançasse uma meta de vendagem.   Logo vi meu CD nas principais lojas do País, nos shoppings, aeroportos... Deus resolveu mostrar para o Brasil e o mundo o que Ele tinha em mim. (risos) só pode ser!   Supergospel - Como você vê esse interesse da sua gravadora, Som Livre, pelos artistas evangélicos, já que ela sempre se esquivou de publicar evangélicos em toda a sua existência? O apostolo Paulo fala em Romanos 12:2 sobre “transformação pela renovação da nossa mente” ou seja, a cabeça comercial da Som Livre mudou, a direção mudou, Deus fez eles enxergarem a nossa força, o nosso público, e eles fazem isso com nobreza.   Tenho uma equipe formidável, enquanto vejo a gravadora da emissora rival, que é evangélica, fechando as portas para os cantores evangélicos. Não leva nenhum cantor em nenhum de seus programas e só tocam músicas seculares em seus programas... Os valores se inverteram, eles trancaram a porta lá e Deus abriu aqui na rede Globo. A obra de Deus não para!   Supergospel - Você arriscaria atribuir a alguma gravadora ou cantor o mérito do crescimento da musica gospel no Brasil?   De forma alguma! Esse mérito pertence a 3 desbravadores.   Tio Cassio, que fazia cultos de bermudas, ao som do rock em 1970 e ainda pastoreou outro louco chamado Janires, que em 1979 fundou o Rebanhão, apanhou na cara pra mostrar o rock nas igrejas e as letras que eram mais cotidianas do que religiosas, como a letra do Baião que dizia “minha vida que era muito louca, só faltei correr atrás de avião... eu era magro que dava dó, meu palitó listrado era de uma listra só... rsrsrs”.   Fecho minha humilde galeria com o Ap Estevam, que em 1990 (pastor Estevam) fazia reuniões com as bandas mais malucas na Lins, reunindo Black, funk, rock... nossa liberdade musical se deve a esses três guerreiros!   Supergospel - O álbum foi totalmente produzido por você, que, além de compor e cantar, executou guitarras, violões e teclados. Como foi o processo de produção e de escolha deste repertório?   Sim, eu produzi o disco porque tenho essa facilidade. Pelo fato de eu ter um estúdio, então, sempre nas horas vagas, ia lá e gravava alguma coisa. Quanto as composições, eu sou muito cauteloso, componho sempre o que eu ministro, são trechos de pregações minhas; nunca componho aleatoriamente ou comercialmente. “Não faço música com o objetivo de vende-las”, então eu oro muito, pesquiso muito, entro no Jejum... e ela vem do céu!   Supergospel – Como tem sido a repercussão do disco entra o público evangélico e a mídia em geral?   A Midia já me acompanhava por causa das minhas produções, Então todos abraçaram as notas de contratação, rádios começaram a tocar mesmo sem acordo nenhum com a Som Livre. Afinal, são quase vinte anos produzindo e fazendo amigos, então quase todos abraçaram o projeto. Logo me apareceram programas de TV, rádio, sites, as redes...   Supergospel – Como você consegue conciliar sua carreira solo com suas atividades como produtor   Difícil! Eu gravo de segunda a quinta, e na sexta eu entro em algum avião para algum lugar, para cumprir agenda e só volto na segunda. Isso quando não fazem uma tour pela região. Chego a ficar 15 dias na estrada, sem falar na Europa, que quando vou, fico o mês inteiro.   Por causa disso tenho poupado os domingos pra estar com minha banda na minha casa, lá eu ministro a santa ceia pra eles, prego pra eles, porque são minhas ovelhas e não quero que eles se edifiquem somente de hotéis, cachês e palco.   Já com a família tem sido dentro do estúdio, porque minha esposa e meus dois filhos vivem agarrados em mim, por causa da minha ausência. É uma vida de entrega!   Supergospel – Por falar em produção, quais suas produções mais recentes?   Esse ano fiz muitos trabalhos bons. Saiu o CD espanhol do David Quinlan, pela Canzion (este eu fui o maestro) e no meio pentecostal me realizei fazendo a Shirley Carvalhaes e a Rose Nascimento para a Art Gospel.   Fecho o ano produzindo o novo da Andréia Fontes pra MK e pelo menos 15 produções independentes, além do novo álbum infantil da Mara Maravilha e uma série de cantores que gravaram musicas minhas. Foi um ano abençoado!   Supergospel – No momento está produzindo alguém? Se a resposta for sim, poderia nos contar algo sobre o projeto?   No momento estou produzindo 10 cantores de uma vez, porém “para mim”. São cantores que pertencerão ao meu selo, que lançarei em 2012 com novidades, até mesmo de nomes de expressão que tenho no meu cast. Surpresa!   Supergospel - Como produtor, como você avalia a evolução das produções dos CDs evangélicos no Brasil e no exterior?   Sim, viajo muito pra fora do País. Pra te falar a verdade, o brasileiro não sabe a força que ele tem. Não existe uma grande expressão gospel musical na Suíça, ou na Alemanha, Itália, Bélgica, Holanda, Inglaterra, Luxemburgo, Áustria... Estive em todos estes países e não vi o que vejo no Brasil, pessoas cantando pelas ruas, bandas seculares cantando sucessos gospel, padres interpretando nossos sucessos, enfim...   Vejo que somos “O” espelho do crescimento musical para o mundo! É só acordarmos para o profissionalismo e logística de tudo isso, tanto nas produções como no marketing. Somos os melhores no mercado universal.   Supergospel - Qual o seu setup atual em relação a instrumentos e softwares?   Bom, no meu estúdio uso sempre o velho Pro Tools e faço a captação com mic valvulado, e pré amplificadores valvulados, não tem muito segredo. O que me diferencia é a sutileza e a sensibilidade na hora de captar e concluir.   Já nas apresentações levo minhas guitarras (Telecaster e uma Washburn companheira) uso um POD e pronto! Sem segredo! Uso muito pouco, pois nas minhas apresentações me dedico mais a ser o profeta naquele momento do que propriamente o musico! Rsrsrs   Supergospel - Infelizmente, na nossa música gospel, as composições vivem enfrentando tendências mercadológicas. Você, como produtor, já sentiu a pressão desses movimentos?   Ouço, dou minhas risadas, mas nunca me deixo levar. Seleciono quem grava minhas músicas porque escrevo profecias e arrependimento, o que vejo nas composições são frases que massageam os egos, frases de auto ajuda e zero em palavra Rhema. Falam absurdos como “seu inimigo vai te aplaudir de pé”, como se o nosso irmão fosse o nosso inimigo. O inimigo é o diabo.   Hoje é fácil vender ânimo do tipo “você vai vencer”, “chegou a sua hora”, “você vai estar bem” e “quem não te ajudou vai estar mal”. Até escrevi uma musica pra Rose Nascimento, “Estou de pé”, mas me preocupei em falar de quem esta de pé, e não atacar quem esta caído. Se algum irmão meu estiver caído, tenho que me posicionar pra o levantar, e não o humilhar com frases na minha música. Lamentável!   Supergospel - Vamos supor que uma pessoa nunca ouviu música gospel, e deseja que você recomende para ela 6 CDs evangélicos dos mais variados estilos, mas com qualidade. Quais CDs você recomendaria?   Eu nem qualificaria por estilo e sim por necessidade da alma, por exemplo:   Para Reflexão e entrega, indico Livres (Juliano son)   Para experiência de avivamento indico, Rose Nascimento (Primeiro passo)   Para se derramar em outra esfera, indico Pr. Antonio Cirilo (qualquer um)   Para curtir o simples e nobre na essência, indico Talles   Para saltar em Jubilo e adoração, indico David Quinlan   Pra curtir Pop Rock e libertação, indico O meu “Me ache oh Deus” (risos),   Supergospel – E no âmbito geral? Poderia citar para nossos leitores os 10 melhores CDs da sua vida?   1 – Todos do Stryper, mas destaco “In god trust” (1988)   Agora, depois do stryper vou seguir em escala, desde a minha infância...   2 – Rebanhão – Mais doce que o mel (1981), os culpados por nossa liberdade musical no mundo gospel Brasileiro.   3 - Logos – Situações (1984) o inicio da era “adoração na musica gospel Brasileira”   Ai veio a minha fase internacional... (risos)   4- Air supply – Earth is (1991) Secular de altíssima qualidade e letras sadias.   5 - Michael W. Smitt – Your World (1992) minha primeira paixão por pop, teclados e afins.   6- Bride – Snakes in the playground (1992) O ano que eu pirei e me afundei de vez na guitarra!   7 – Toque no altar – Restituição (2003) Eu levei 11 anos (92 a 03) pra adquirir uma referência sobre qualidade, letra, voz e produção gospel brasileira.   8 – David Fantazzini – Tempo de restituição (2006) uma de minhas melhores produções. “Me admirei nessa obra!” rsrsrsrs   9 – Passion Awakening (2010) alimentando minha fase de quebrantamento (que nunca passe!)   10- Meu CD by Som Livre - Me ache oh Deus (2011) sinto que encontrei o caminho da perfeição, não é simplesmente o melhor som, e sim a mistura do som e unção. Eu nunca fui de me ouvir, mas eu e minha esposa nos arrepiamos sempre que nos ouvimos, esse é o nosso termômetro.   Supergospel - Qual sua opinião em relação a pirataria de CDs e download ilegal de músicas na web?   Sou meio da opinião de Jesus “Ide e pregai!”. Sou contra a comercialização paralela, isso é roubo e qualifico como pirataria, mas os downloads e até mesmo cópias do CD ou DVD, sem a finalidade de comercialização, me faz crer que é uma contribuição para a expansão do evangelho. Quem se opõe a isso, prioriza valores, moedas e não vidas...Por mim, copiem e espalhem pela terra. “Se eu não ficar rico, pelo menos terei centenas de almas pra apresentar no dia do julgamento”, e isso vale mais do que fortunas.   Supergospel - A cada dia vemos crescer o uso de meios eletrônicos, como o Twitter, o MySpace, Orkut, Youtube, entre outros, para divulgação do trabalho. O que você acha dessas novas opções de mídia?   Fantásticas, embora vejo a mediocridade dos que não sabem fazer uso desta potência. Nela eu debato, compartilho, divulgo, protesto, porém infelizmente vemos esses meios se tornarem ferramenta de ataque imoral... Já cansei de protestar assuntos, conflitos, mas não baixo o nível a ponto de xingar, postar palavrões e etc...   Eu até postei minha indignação contra Edir Macedo, o chamando de Porco, logo desfiz a palavra, porque achei pesado demais. Houve até quem revidou, mas eu me senti bem, porque afinal eu sou palmeirense e a palavra porquinho, não me atinge!! rsrsrs   Supergospel - Para encerrar, quais são os seus projetos, o que você espera no ano de 2012 para o seu ministério?   Estou abrindo meu selo, e darei ênfase ao meu seminário de adoração. Já o levei para 5 países e agora preciso atender o Brasil. Farei meu segundo trabalho pela Som Livre, um DVD e rodarei o País com uma vigília que lancei em 2009 chamada “Adoradores da madrugada” que voltará em 2012 com força nas principais capitais do País.   Cuidarei mais das minhas ovelhas e em breve teremos nossa igreja física, já que esse ano foi de total atenção a nossa agenda, que explodiu, graças a Deus.   Contatos:   Telefones: (11) 3683-9383 / Tim 8156-3805/ Nextel 11 78770759 / Id: 30*64642   WWW.wesleyros.com   [email protected]   Twitter: @wesleyros       Via Supergospel

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