Saiba mais sobre o Black Music

Saiba mais sobre o Black Music

Fonte: Atualizado: segunda-feira, 31 de março de 2014 às 11:52

BLUES

No Fim do século XVIII, ao do Sul do recém-criado Estados Unidos da América do Norte, após uma exaustiva jornada de trabalho, que só terminava com o pôr do sol, os negros estavam dispersos na vastidão das plantações de algodão do Delta do Mississipi. Havia uma necessidade angustiante em saber se todos haviam sobrevivido a mais um dia de açoites e torturas, que lhes impunham os capatazes.

Em meio à escuridão surgiam gritos de lamento que identificavam cada um dos clãs. Gritos iniciados por um líder em torno de uma fogueira, conclamando todos do seu grupo a dirigi-se para aquele local. Os membros chegavam pouco a pouco. Neste instante o lamento se transformava em canto de louvor para recepcionar cada um deles com alegria.

Não havia gaita, violão, guitarra ou qualquer outro instrumento que não fosse a percussão de suas mãos calejadas pelo trabalho no plantio e colheita do algodão. E assim se passavam as primeiras horas da noite até que todos estivessem "reunidos" em torno da fogueira cantando e louvando.

Este estilo afro-americano, nascido em meio ao sofrimento e a angústia de uma geração escrava, no começo essa pratica era apenas religiosa, mais tarde passou a ser praticada com sensualidade nas casas noturnas por mulher, e também passou a retratar o humor, a ironia e a sensualidade da raça negra.

Mahalia Jackson, Muddy Water, Gold Gate Quartet, B.B. King entre outros, fizeram parte da primeira geração.

ROCK

A palavra Rock significa música, surgiu, provavelmente, do primeiro grito emitido pelo escravo negro ao pisar a "sua nova terra", a América. E à medida que o escravo se aprofundava na cultura local, representada pela tradição européia, o "grito" assume novas formas, servindo, talvez, de suporte à canção de trabalho, ao cântico religioso e à cantiga de escárnio. No entanto, apesar de todas as modalidades em torno do "berro", o grito africano permanecia fiel ao núcleo da expressão musical negra; e, decorrente desta fidelidade, deste sentimento, nasce o blues: união entre o grito do escravo e a harmonia européia.

À medida que o grito tornava-se mais complexo se expandia, assumindo características próprias: como por exemplo, na zona rural os gritos eram acompanhados por guitarras, pela gaita de boca ou outros instrumentos pobres e rudimentares, sendo o ritmo marcado pelas batidas dos pés. À estas manifestações, na cidade, introduzia-se instrumentos europeus tais como: corneta, trombone, clarineta e piano. Desta forma, entre os anos 30 a 40 nasce o rythm'n blues, que nada mais era do que o blues rural com roupagem urbana, acompanhado por guitarras elétricas nos guetos negros, das grandes cidades americanas. O rhythm and blues é a vertente negra do rock; é aí que se encontram as vertentes corpóreas da música rock; o apelo sensual cada vez mais explícito transbordava-se pelas vozes e notas das variações que o blues criaram: o jazz, ragtime, dixieland, boogie e o soul. O espírito puritano das décadas de 30 e 40, devido à Grande Depressão não resistiu ao impacto moral da guerra da Coréia (1950 a 1953), e talvez, com as incertezas aumentadas, os milhões de jovens, inicialmente os americanos, são atraídos pela vibração da voz negra: grave, rouca e sensual, acompanhada pelo som pesado alimentado pela guitarra elétrica.

Ao lado do negro, o branco tinha também seu estilo popular: o country and western caracterizando-se por ser música rural do branco pobre, dos Estados Unidos, e música dos cowboys do Oeste, respectivamente. Se esta versão branca para o sofrimento dos pequenos camponeses era, às vezes, apropriada pela mentalidade conservadora das classes dominantes ou mesmo do pequeno proprietário, nem por isso perdia suas características populares de dor, resistência passiva e de lamento; podendo atingir um caráter sério, crítico e mais ativamente de protesto, como foi o caso de Woody Guthrie e outros nomes deste estilo musical.

Nos anos 50, As duas correntes musicais da época (rhythm and blues e country and western), se juntam dando origem ao rock and roll, nesta época surgem cantores que contribuem com Bill Halley para a sedimentação do rock and roll: Chuck Berry, Jerry Lee Lewis, Elvis Presley e outros. Bill Halley aproveitando-se das gravações negras e tirando-lhes o excesso de crueldade nas palavras, torna-se o pai adotivo do novo ritmo; e a música "Rock around the clock" torna-se o ponto alto

O rock and roll surge como a imagem de um triplo conflito no interior da sociedade norte-americana:

1. Conflito racial - duas culturas inimigas se encontram fazendo o mesmo tipo de música; o rock and roll é antes de tudo uma música negra absolvida e abafada pelo branco, que iria espoliar e marginalizar os criadores negros.

2. Conflito moral - o rock'n'roll original afirma-se como bandeira reivindicatória de uma geração de jovens desejosos de se firmarem perante os adultos; o sexo, o vestuário e outros valores morais tradicionais dos americanos são postos à prova pelos adolescentes. No entanto, em pouco tempo a "ordem moral" é retomada e o rock and roll vive apenas cinco anos (de 1954 a 1958, mais ou menos).

3. Conflito comercial - na medida em que o rock'n'roll era apenas originalmente artesanato sulista, os estúdios de Memphis e de Nashville são para a música negra e para a do branco, respectivamente. Rapidamente os conflitos entre Norte-Sul, cidade-campo, ricos-pobres chamam atenção das grandes empresas do Leste e da Califórnia. O conflito entre a arte e o comércio, ganho nitidamente pelo segundo, minou-se moral e fisicamente de um dia para outro. Em 1960, os primeiros rockers sobreviventes não são mais artistas, mas estrelas em declínio de um gênero moribundo .

No final da década de 1950 a situação se complica, e o sucesso da música negra coincide com os marcados conflitos raciais nos Estados Unidos; e a música rock'n'roll ao contrário do embalo voltado à dança, caminha cada vez mais para a politização, dando origem ao folk rock; este, formado pelo ritmo marcado, exaltava temas de contexto social cantados à maneira do blues original. É também o momento em que se lançam os Beatles e os Rolling Stones: construindo-se a ponte entre a assimilação da música negra americana pelas bandas britânicas de Manchester (um local onde não existia qualquer conflito racial) e os dólares americanos

Ao som do bombardeio do Vietnã, segundo 200 disc-jóqueis americanos, os Beatles lançavam o maior LP da história da música rock: O disco Sargeant Pepper's Lonely Hearts Club Band; desse LP derivariam o Their Satannic Majestic Request, dos Rolling Stones e Tropicália de Caetano Veloso. Desta forma, no final da década de 1960, a Jovem Guarda, movimento musical brasileiro eclodido sob a influência americana, afirma um gênero estrangeiro como música nacional, em torno de nomes como Roberto Carlos, Erasmo Carlos, Ronnie Cord e Eduardo Araújo. Este movimento dá lugar à música rock politizada, emergida com a Tropicália, de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Rita Lee e os Mutantes; a música rock de Baby e Pepeu Gomes acaba sendo a marca do início dos anos 70.

O mesmo monstro que destruiu Judy Garland e Marilyn Monroe faz outras vítimas entre os ídolos da nova música: Brian Jones, Jimmy Hendrix, Janis Joplin, Alan Wilson e Jim Morrison. A dissolução dos Beatles e as mortes de Jimmy e Janis marcam em 1970 o fim da era dos superstars de rock.

Estando a música rock esgotada enquanto protesto da juventude, não faltaram esforços para torná-la um movimento instrumental caracterizado pela fusão de rock, jazz e música clássica, que recebeu o nome de fusion; ainda como resultado desta tentativa encontra-se o rock progressivo por um lado, e o início do chamado rock pesado, por outro. Este, considerado como o pai do heavy metal.

Precisamente no ano de 1977, ocorre a transição do gênero punk- iniciado quase que como uma manifestação de revolta na Inglaterra - para o new wave; este uni-se aos gêneros remanescentes do reggae jamaicano, ainda na Inglaterra, interrompendo, desta forma, o virtuosismo do rock progressivo.

Em Nova York a new wave recupera os ritmos afro e, mesclando-se com a alta tecnologia, torna possível o resgate da música dançante.

Nietzche, Lévi-Strauss, Jimmy Hendrix - três culturas diferentes, três épocas, e no entanto três visões convergentes sobre a música.

No Brasil, em particular, o movimento do rock detonou-se por meio da exibição do filme "No balanço das horas" ("Rock around ten o'clock), em 1957; o qual teve em Tony e Cely Campelo seus intérpretes principais, além de Sérgio Murilo e outros. Surge assim algumas estrelas no ano 1980, tais como: Bolha, Módulo 1000, Terço, Mótuo Perpétuo (de Guilherme Arantes), Som Imaginário e outros; seria também a época do surgimento do rock rural brasileiro, de Milton Nascimento e dos irmãos Borges. Foram poucos os esforços para tornar a música rock um gênero erudito; no Brasil, o conjunto Secos e Molhados representou uma tentativa nesta direção. Sob esta perspectiva, é contrariado o espírito democrático da música rock que perdurou até 1977, pois a mesma torna-se privilégio de uns poucos rockers.

A música rock tende a despertar a liberdade física, o movimento corporal extrovertido, ao contrário, talvez, da música erudita ou da soul music, que sugere a introspecção, o silêncio, o "bom comportamento"; o rock pressupõe a troca, a integração entre instrumentista ou vocalista e público, convidando-os a sair da passividade para os fatos emergentes.

RAP

RAP é um gênero musical surgido no início dos anos 1970 nos Estados Unidos da América. Diz a história que ele na verdade surgiu na Jamaica, porém, se proliferou na América. Sendo seu nome uma sigla da palavra Rhythm and Poetry (Ritmo e Poesia). A música rap é um dos elementos do Hip hop; é uma espécie de texto com rimas falado em ritmo com instrumentos musicais.

As primeiras gravações de rap datam do início dos anos 1970, com alguns grupos como os Last Poets e Gil Scott Heron. Nessa época, trata-se simplesmente da declamação de um texto sob o ritmo das batidas de tambores africanos, sendo a negritude o tema de predileção. O RAP transformou-se em uma grande ferramenta capaz de dar visibilidade as discussões que acontecem no submundo das periferias, onde existe grandes desigualdades sociais. Junto do Rap, surgiu o movimento socio-cultural criado em Nova Iorque nos finais dos anos 60, o Hip Hop em sua origem não é considerado um estilo musical nem um estilo de dança, porém algumas variações do Break, "Dança de Rua' e do Rap, foram nominadas erroneamente de Hip Hop graças a associações com R&B. Junto desta cultura, engloba o Graffiti, o DJ(disk jockey) e o MC(mestre de cerimônias).

RHYTHM AND BLUES

Conhecido também pela sigla R&B, surgiu nos Estados Unidos no final de 1940 pela Revista Billboard. O termo substituiu race music, que era, em língua inglesa um tanto ofensivo. De certo modo, hoje o rótulo rhythm and blues muitas das vezes é aplicado a qualquer forma de música pop/soul, principalmente em artistas afro americana.

Em suas primeiras manifestações, o chamado rhythm and blues era uma versão negra de um predecessor do rock. Foi fortemente influenciado pelo jazz, particularmente pela chamada jump music (um jazz com predomínio de saxofone e pouca presença de guitarras) assim como pelo gospel. Por sua vez, também influenciou o jazz, dando origem ao chamado hard bop (produto da influência do rhythm and blues, do blues e do gospel sobre o bebop). Os músicos davam pouca atenção às distinções feitas entre o jazz e o rhythm and blues, e geralmente gravavam nos dois gêneros. Várias bandas (como as que acompanhavam os músicos Jay McShann, Tiny Bradshaw, e Johnny Otis) também gravavam rhythm and blues. Mesmo um ícone de arranjos bebop como Tadd Dameron também produziu arranjos R&B para Bull Moose Jackson, e trabalhou dois anos como pianista de Bull Moose após se estabelecer como músico de bebop. Um dos nomes que se destacou neste gênero foi Muddy Waters.

Não foi só no cenário pop dos EUA, mas também no do Reino Unido durante os anos 60, que o R&B atingiu seu auge de popularidade. Sem sofrer o mesmo tipo de distinção racial que limitava sua aceitação nos EUA, os grupos musicais britânicos rapidamente adotaram este estilo de música, e grupos como os Rolling Stones e Manfred Mann levaram o rhythm'n'blues a grandes platéias.

O termo caiu em desuso nos anos 60, e foi substituído por soul e Motown, porém ressurgiu nos últimos anos para designar a música negra norte-americana abrangendo o pop, fortemente influenciado pelo hip-hop, pelo funk, e pelo soul. Neste contexto, só a abreviatura R&B é usada, e não a expressão toda.

REGGAE

O reggae  surgiu nas montanhas Nyabinghy (Liberdade), na Jamaica, pode ser traduzida por sentimento de liberdade. A Jamaica foi povoada por europeus e escravos africanos, mistura que gerou músicas quentes e sincopadas. No fim dos anos 50, o calipso se mistura ao rhythm'n'blues americano e nasce o ska, ritmo que logo é influenciado pela soul music e instrumentos eletrônicos (baixo e guitarra ). No começo dos anos 60, a independência da Jamaica provoca o êxodo rural e o crescimento das favelas urbanas, e o ska é adotado pelos rude boys, a moçada das favelas.

Diz a lenda que um verão muito quente fez os músicos "desacelerarem" o ritmo do ska, com dó do povo que se desidratava ao dançar... Surge o rock steady, mais lento e melódico. No fim dos anos 60, a incorporação dos "cânticos rastafari", com maior repetição rítmica e um tom de protesto, gera o movimento Reggae (ou reggay), com baixo e bateria em primeiro plano. Reggae, para Bob Marley, traduzia-se por "Música dos Reis"; para outros músicos, era na época uma gíria comum em Kingston, a capital da Jamaica: coisa de rua, sem importância ou íntima.

No inicio, o reggae era tocada somente com tambores e acompanhada de vozes. Com o passar dos tempos, foi se fundindo aos outros estilos como soul e outros ritmos até a sua performance. O cantor de reggae mais famoso é Bob Marley, pode se dizer pai do estilo. Ele deixou sua marca e arrastou muitos fãs ao redor do mundo. O reggae é uma musica para ser sentida e não apenas para ser ouvida, como Bob disse: "o reggae quando bate, você não sente dor" e graças a isso o reggae é a música que os rastafaris escutavam para ficar em paz com o mundo e consigo mesmo. O mais conhecido é o reggae roots ou reggae de raiz, no qual o mais importante é o sentimento. Não há regras, cada um compõe como quiser, dependendo unicamente da inspiração individual. Entretanto, o tema das músicas sim, na sua grande maioria, fala de paz, união e amor. As cores que o reggae adotou são as do próprio país, Jamaica: o verde, amarelo, vermelho e preto, e cada cor tem um significado:

- Verde - Vegetação

- Amarelo - riqueza mineral

- Vermelho - sangue derramado durante a escravidão

SOUL MUSIC

O Soul surgiu da fusão entre o gospel e do rhythm and blues e durante o final dos anos 50 e início dos 60 entre os afro-americanos. A música soul normalmente apresenta cantores individuais acompanhados por uma banda tradicionalmente composta de uma seção rítmica e de metais.

O desenvolvimento da soul music foi acelerado graças a duas tendências: a urbanização do R&B e a secularização do gospel. Artistas como Ben E. King, Ray Charles, Sam Cooke e os Everly Brothers fundiram a paixão dos vocais gospel com a música cativante e rítmica do R&B, formando assim o soul no final dos anos 50. Socialmente, a grande audiência de adolescentes brancos que ouvia (inicialmente) cópias ("covers") brancos do R&B e sucessos de rock começou a demandar gravações dos artistas negros originais, tais como Little Richard e Chuck Berry. No fim dos anos 50, isto fez com que várias gravadoras buscassem versões comerciais (vendáveis) da música. Os mais influentes selos de gravadoras eram a Stax, baseada em Memphis, Tennessee, e a Motown, baseada na região de Detroit.

Durante os anos 60, a música soul era popular entre negros nos EUA, e entre muitos ouvintes influentes espalhados pelos EUA e Europa. Artistas do chamado "Blue eyed soul" ("soul branco"; músicos brancos que tocavam para platéias brancas) tais como os Righteous Brothers alcançaram um grande sucesso em curto prazo, apesar de artistas como Aretha Franklin e o músico James Brown terem provado ser mais duradouros. Outros importantes músicos de soul da época foram Bobby Bland, Otis Redding, Wilson Pickett e Joe Tex. Da mesma forma que o "blue-eyed soul" ou soul branco, surgiu nesta época um grande número de variedades regionais do soul.

No início dos anos 70, o soul foi influenciado pelo rock psicolélico e outras variedades, artistas como Marvin Gaye (What's Going On) e Curtis Mayfield (Superfly) lançaram declarações, em forma de discos, com duras críticas sociais. Artistas como James Brown conduziram o soul para uma espécie de "jam festival" dançante, resultando nas bandas funk dos anos 70, como o Funkadelic, The Meters e a banda War. Durante os anos 70, algumas figuras do "soul branco" comercial, como Daryl Hall & John Oates alcançaram grande sucesso, e também grupos como The Delfonics e grupos do "soul da Filadélfia". Por volta do fim dos anos 70, a disco' dominava as paradas, e o funk, o "Philly soul" (soul da Filadélfia) e muitos outros estilos foram influenciados pelo ritmo da discothèque. Um exemplo foi o grupo de "Philly soul" MFSB (produzidos por Kenneth Gamble e Leon Huff) ou o dançante funk de Rick James chamado "You and I", de 1978.

Com a "decadência" da disco' music em fins dos anos 70, super-estrelas do soul, como Prince (Purple Rain) e Michael Jackson (Off the Wall, LP produzido por Rod Temperton) decolaram. Com vocais quentes e sensuais e batidas dançantes, estes artistas dominaram as paradas durante os anos 80. Cantoras de soul tais como Whitney Houston, Janet Jackson e Tina Turner também ganharam grande popularidade durante a última metade da década.

No início dos anos 90, enquanto o rock alternativo, o heavy metal de grupos como Metallica, e o gangsta rap dominavam as paradas, alguns grupos começaram a fundir o chamado hip hop ao soul. O grupo Boyz II Men foi o mais popular dentre os pioneiros desta fusão. Durante a última parte da década, o chamado nu soul, surgiu e continuou esta mistura do hip hop ao soul, conduzido por nomes como Mary J. Blige, D'Angelo e Lauryn Hill.

1. nomenclatura do soul

2. Soul branco: tocado por artistas brancos, o chamado "blue-eyed soul" é caracterizado por ritmos cativantes e melodias suaves. Surgiu de uma mistura derivada do "rockabilly" de Elvis Presley e Bill Haley e das músicas de Dion (Dion DeMucci) e do grupo Four Seasons, de Frank Valli. Outros artistas e grupos incluem os Righteous Brothers, Daryl Hall & John Oates, The Rascals, Mitch Ryder & the Detroit Wheels e Dusty Springfield. O álbum de David Bowie intitulado Young Americans é considerado um clássico tardio do gênero.

3. Soul de Detroit: Dominados por Berry Gordy e sua gravadora Motown, o soul de Detroit é fortemente rítmico e influenciado pelo gospel. Freqüentemente inclui acompanhamento com palmas e uma forte linha de baixo, e também inclui sons de violinos, sinos e outros instrumentos não-tradicionais. A Motown tinha sua própria banda, chamada The Funk Brothers. Outros artistas e grupos: Marvin Gaye, The Temptations, Smokey Robinson, Gladys Knight & the Pips, Martha Reeves & The Vandellas, The Marvelettes, Mary Wells, Diana Ross (e o grupo The Supremes), The Four Tops e os compositores Brian Holland, Lamont Dozier e Eddie Holland|Holland.

4. Soul de Memphis: Generalmente se refere ao soul produzido pela gravadora Stax, em Memphis. A Stax deliberadamente cultivava um soul bem característico, o que incluía a colocação dos vocais bem atrás durante a mixagem da gravação do que em outros discos de R&B da época, o uso de metais em parte da gravação no lugar dos vocais de fundo, e um foco na parte mais baixa do espectro de freqüências sonoras musicais (sons graves). A grande maioria dos lançamentos da Stax foram acompanhadas da banda Booker T and the MGs (da própria gravadora, que incluía lendas do soul como Booker T. Jones, Steve Cropper, Duck Dunn e Al Jackson) e a seção de metais do grupo Mar-Keys. O selo contava ainda com Otis Redding, Carla Thomas, Sam & Dave, Rufus Thomas, William Bell e Eddie Floyd entre seus astros. (Quem se interessar pela história da gravadora Stax pode consultar o livro de Peter Guralnik intitulado, em inglês, Sweet Soul Music.

5. New Jack Swing e Nu soul: Apesar de se dizer que surgiram em meados dos anos 90, os elementos do "nu soul", uma mistura dos vocais do vocals com a batida do hip hop e raps, apareceu inicialmente em fins dos anos 80 com artistas como Keith Sweat, Alexander O'Neal e The Force M.D.s. Durante o início dos anos 90, En Vogue e a britânica Lisa Stansfield continuaram a aproximar o que era chamado New Jack Swing do nu soul, que eram gêneros diferentes na época em que D'Angelo, Mary J. Blige, Lauryn Hill e Alicia Keys começaram a popularizar o som. Outros artistas e grupos: G.A.T., Jill Scott, LeVert, Jaguar Wright, Erykah Badu, Adriana Evans e outros.

6. soul da Filadélfia (chamado em inglês "Philly soul"): seus arranjos de metais podem ser reconhecidos em gravações de bandas como MFSB, Harold Melvin & The Blue Notes, The O' Jays ou The Spinners, e de músicos como Billy Paul (e suas gravações mais conhecidas: "Your Song", de 1972, e "Only The Strong Survive", de 1977). A "mão" dos compositores Kenneth Gamble e Leon Huff está bem presente no "Philly Soul".

7. Quiet Storm: Normalmente considera-se que surgiu com Smokey Robinson em Quiet Storm, o gênero do mesmo nome é suave e relaxante, com artistas como Luther Vandross e Anita Baker

JAZZ

O jazz é uma forma de expressão artístico-musical que nasceu nos Estados Unidos em conseqüência do encontro do negro com a tradição musical anglo-escocesa (européia). O arsenal harmônico, melódico e instrumental se originou na fusão entre o canto religioso e de trabalho do negro norte-americano, as danças africanas, os instrumentos da música branca, o ritmo e fraseado, dando um aspecto sonoro como banjo, bateria e sopros , todos em uma harmonia dissonante.

Mas a palavra jazz ja existia na linguagem falada muito antes do nascimento da música. Segundo alguns dicionários, dão várias interpretações aos termos gism e jasm: jasm era utilizado nos estados do sul como sinônimo de energia e entusiasmo; em 1860 este vocábulo indicava uma mulher particularmente apaixonada; em 1886 era utilizado para significar valor, força, talento, etc; e no final do século XIX, era usado como sinônimo de virilidade.

MÚSICA POP

 Pop é uma abreviação da palavra popular. entretanto, a música pop é pode ser traduzido por todo estilo musical que tona nas  Rádios e Televisão e que tem maior aceitação por parte do público, já que este se caracteriza por um abrangente conjunto de gêneros, com destino a todas as pessoas, de todas as idades e, muitas vezes, com um intuito principalmente comercial, por “fazer dinheiro”. O pop de hoje pode não ser o de há trinta, quarenta ou cinqüenta anos atrás, e o que virá daqui a umas décadas, será diferente com certeza.

No entanto, falemos do significado e as características da música pop de hoje. Esta é, digamos, no geral, calma comparativamente a grandes potências do chamado Pop-rock pesado e derivados, mas não deixa de ter um irreverente e contagiante dinamismo na sua interpretação vocal e instrumental, o que faz com que seja um estilo divertido, mexido e propício para danças e outro tipo de interpretações coreográficas por parte de qualquer pessoa. As suas letras são fáceis de decorar e os músicos que se destacam neste estilo costumam sempre ter vidas de grande luxo, já que este é o género que mais promove a venda de álbuns, por agradar toda a gente, sendo que muitos decidem participar em campanhas de solidariedade, de modo a empregar eticamente uma boa parte da sua fortuna.

O pop nasceram com intérpretes como Elvis Presley, depois revelou artisas como Beatles, Tinna Tunner, os Rolling Stones, Madonna os Abba, entre outros. Com a evolução do mundo na música, hoje, o pop contém essência de hip-hop, rap, soul, jazz, reggae e electrónica, medida que faz com que o estilo abranja um ainda maior número de adeptos.

No entanto, com o exagero de bandas e vocalistas intérpretes deste género musical, sendo que em muitos se vêem plágios à performance de outros, a crítica reclama e o público divide-se. Hoje em dia, surgem movimentos anti-pop, pelo motivo de as massas terem começado a interessar-se por músicos mais alternativos e com menos aspirações monetárias, pelo facto de estes ainda lutarem pela passagem de ideias e mentalidades, dois valores que cada vez mais o pop actual vai perdendo, apenas pelo instinto comercial.

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