As exportações do agronegócio brasileiro somaram US$ 7,9 bilhões no mês de julho e atingiram US$ 41,7 bilhões no acumulado do ano, com crescimento de 30,2% sobre as exportações do setor em igual período do ano passado. A informação foi dada onte, dia 26 de agosto, pelo assessor técnico de Comércio Exterior da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Matheus Zanella.
Segundo Zanella, o desempenho é recorde histórico, influenciado basicamente pelos altos preços dos alimentos no mercado internacional. E tudo indica que as exportações do agronegócio continuarão em ritmo forte, estimuladas pelos preços, mesmo que as quantidades exportadas nem sempre acompanhem o aquecimento do setor, disse ele.
De acordo com o assessor da CNA, a alta dos preços no mercado externo favoreceu especialmente as vendas brasileiras do complexo soja a quantidade exportada aumentou apenas 7,9%, mas a elevação em 63,6% dos preços garantiu exportação recorde de US$ 11,9 bilhões, de janeiro a julho. Esse valor é 76,6% maior que o dos embarques de soja no mesmo período de 2007.
Zanella disse que a China é, no momento, o maior comprador da soja brasileira, devido ao fato de o país garantir o fornecimento do produto, que é a base da alimentação e das rações utilizadas pela agropecuária chinesa. A China também aumentou as compras do Brasil, porque Estados Unidos e Argentina enfrentam problemas na oferta do produto.
O segundo destaque nas exportações do agronegócio nacional são as carnes bovina, suína e de aves, que somaram US$ 8,4 bilhões nos sete primeiros meses de 2008, com crescimento de 36,7% em relação ao mesmo período de 2007. Foram US$ 3,6 bilhões em carne de frango (+45,5%), US$ 3 bilhões em carne bovina (+18,2%), US$ 821 milhões em carne suína (+36,3%) e US$ 313 milhões em carne de peru (+53%).
Zanella ressaltou que também registraram expansão signifcativa as vendas de produtos florestais, que aumentaram 14,4% no ano, com receita de US$ 5,6 bilhões, bem como as exportações de café, que cresceram 15,4%, com vendas de US$ 2,4 bilhões. Já o complexo sucroalcooleiro ficou praticamente igual, com vendas de US$ 3,8 bilhões e aumento de 3,5%, por causa da queda de preços do açúcar no mercado internacional.
O assessor da CNA acrescentou que o câmbio favorável e o aquecimento do consumo interno também contribuíram para o aumento da importação de produtos agrícolas, que somaram US$ 6,8 bilhões de janeiro a julho, com evolução de 44,7% sobre igual período do ano passado, em especial por causa dos altos preços do trigo, responsável por um quinto do total das importações do setor.
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