A chanceler alemã, Angela Merkel, anunciou nesta segunda-feira (7) o mais drástico plano de cortes de gastos na história da Alemanha _considerada a maior economia europeia_ desde a Segunda Guerra Mundial, no valor de 80 bilhões de euros até 2014.
''Temos de assegurar o futuro de nosso país'', disse Merkel em entrevista coletiva após dois dias de reunião extraordinária de seu conselho de ministros para detalhar as medidas de economia.
Ainda nesta segunda-feira, o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, advertiu que o déficit público do país está em ''pior'' situação do que se pensava antes e, por isso, o problema afetará o ''estilo de vida'' de toda a população britânica.
O plano a ser adotado pela Alemanha, que inclui uma economia orçamentária de mais de 11 bilhões de euros para o ano que vem, contempla cortes relevantes para as pastas de Trabalho e Assuntos Sociais, Defesa e Infraestrutura e Construção.
A chanceler Angela Merkel ressaltou que, como se tinha anunciado anteriormente, não serão prejudicados os orçamentos destinados à educação e à pesquisa. Segundo ela, essas áreas inclusive terão aumento de 12 bilhões de euros na presente legislatura.
''Estamos em tempos duros e difíceis. Ainda não podemos nos permitir tudo aquilo que desejamos se quisermos desenhar o futuro'', assinalou a chanceler. Apesar da ''difícil situação de nosso país'', ela disse estar ''otimista'' e convencida do sucesso caso sejam aplicadas tais medidas.
O vice-chanceler alemão e titular de Exteriores, Guido Westerwelle, comentou na mesma entrevista coletiva que ''vivemos nos últimos anos acima de nossas possibilidades'' e qualificou o pacote econômico de ''ambicioso, amplo e sólido''.
O gabinete ministerial sob comando de Merkel acordou também reduzir até 2014 em 10 mil o número de funcionários ministeriais e de outras instituições federais e suspender o previsto aumento em 2011 dos salários de Natal.
Merkel e Westerwelle ressaltaram que o pacote aprovado tem como objetivo fechar os ocos do sistema financeiro alemão com medidas que afetam a área social, mas também as empresas e indústrias.
Assim, a chanceler revelou que, entre as medidas estipuladas, figuram a redução das subvenções à economia, a criação de uma taxa ecológica para o tráfego aéreo, um imposto sobre o combustível nuclear para os consórcios energéticos e novas cargas tributárias aos mercados financeiros.
O amplo pacote contempla também o congelamento de grandes projetos, como a reconstrução do Palácio Imperial no coração de Berlim, cujas obras, que eram previstas para este ano, não começarão antes de 2014.
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