As bolsas de valores da Europa caíam mais de 3% nesta terça-feira (15), atingindo o menor patamar em 14 semanas após o Japão alertar sobre uma elevação considerável nos níveis de radiação decorrentes de explosões em uma das usinas nucleares afetadas pelo terremoto de sexta-feira (11).
O apetite caía ainda mais por ativos de maior risco, como ações. O índice de volatilidade VDAX-NEW disparava 30%, para a máxima em mais de nove meses. A bolsa do Japão despencou mais de 10%, com os dois últimos dias de queda tirando US$ 620 bilhões do mercado.
Às 7h48 (horário de Brasília), o índice das principais ações europeias FTSEurofirst 300 declinava pelo quinto pregão seguido, perdendo 3,22%, aos 1.073 pontos. Mais cedo, o índice caiu a 1.067 pontos, o menor patamar desde o início de dezembro.
"O mercado fará o melhor para precificar o pior cenário possível e nós iremos progredir a partir daí. Mas a situação é muito fluida e está mudando de hora em hora, e nós também temos de considerar os eventos no Oriente Médio", disse Keith Bowman, analista de ações da Hargreaves Lansdown.
"Os fundos japoneses têm uma considerável quantia de dívida estrangeira, e há preocupações de que os eventos possam fazê-los vender parte de suas dívidas e repatriar os fundos."
Com níveis baixos de radiação rumando para Tóquio, o primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, pediu que as pessoas em um raio de 30 quilômetros da usina fiquem em casa.
As montadoras de veículos tinham o pior desempenho, com o índice do setor caindo 4,6% após fechamentos de usinas e preocupações sobre a oferta de autopeças. A BMW caía 4%, enquanto a Daimler AG se depreciava 5%.
O índice STOXX Europe 600 do setor de seguros caía 3,7%, com a AXA perdendo 3,2% e a Prudential recuando 3,83%.
Sua avaliação é importante para entregarmos a melhor notícia
O Guiame utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência acordo com a nossa Politica de privacidade e, ao continuar navegando você concorda com essas condições