Bovespa fecha com perdas de 1,90%; ação da OGX desaba 17,25%

Bovespa fecha com perdas de 1,90%; ação da OGX desaba 17,25%

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:46

Há mais de dois meses a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) não registrava uma queda como a desta segunda-feira, no primeiro dos três pregões previstos para esta semana, curta porém carregada de eventos importantes.

Hoje, os investidores com bastante nervosismo, primeiro, à medida chinesa para conter o crescimento economia; e segundo, ao aviso da agência S&P sobre a probabilidade de rebaixar a dívida soberana dos EUA.

Para completar o quadro, os investidores viram com assombro "o derretimento" das ações da OGX, o braço petrolífero da holding do empresário Eike Batista, em cima de volume robusto de negócios.

Analistas apontaram um mix de motivos : a forte queda dos preços do petróleo, a revisão (para baixo) das expectativas de venda de uma parcela dos campos, mas o que prevaleceu foram as grandes incertezas do mercado em relação ao montante de reservas da petrolífera.

Um relatório encomendado pela OGX sobre esses recursos, apresentado por uma certificadora internacional na semana passada, foi recebido com ressalvas e estranheza, tanto pela empresa quanto por vários analistas.

Na dúvida, o ativo da empresa na Bolsa foi punido "sem piedade": a ação ordinária desvalorizou 17,25%, movimentando R$ 1,44 bilhão, isto é, mais de um quinto dos negócios da Bolsa de Valores. "Acreditamos que em um primeiro momento, o mercado esteja penalizando demasiadamente as ações da OGX em função da divergência com a visão da D&M [a certificadora]", avaliam os analistas da Link Investimentos.

O índice Ibovespa, que reflete os preços das ações mais negociadas, cedeu 1,90% no fechamento, aos 65.415 pontos. O giro financeiro foi de R$ 9,98 bilhões. Parte desse volume se deve ao vencimento de opções sobre ações, que movimentou R$ 2,4 bilhões.

Nos EUA, o índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, retrocedeu 1,14%.

O dólar comercial foi negociado por R$ 1,590, em um avanço de 0,76%, num repique que praticamente anulou os três dias de queda registrados na semana passada.

A agência de classificação de risco Standard & Poor's comunicou que pôs em revisão o 'rating' da dívida soberana dos EUA e advertiu que as maiores chances são de rebaixamento dessa 'nota'. A S&P aponta para o enorme deficit orçamentário e o alto nível de endividamento dessa economia.

E no final de semana, Pequim anunciou medidas para restringir a concessão de crédito pelos bancos. Embora razoavelmente antecipada pelos mercados, que temiam iniciativas nesse sentido após a divulgação dos últimos índices de preços nesse país, a notícia não é bem recebida nas Bolsas.

Entre outras notícias de destaque, o boletim Focus, elaborado pelo Banco Central, mostrou que boa parte dos economistas do setor financeiro elevou suas projeções para a inflação deste ano --a variação projetada do IPCA passou de 6,26% para 6,29%, pela mediana das estimativas. Para 2012, a projeção de inflação se manteve inalterada em 5,00%.

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