O calote das famílias brasileiras (taxa média de inadimplência para pessoa física nas operações de crédito) teve alta em maio na comparação com abril, ficando em 6,4%. Esta é a quarta alta seguida no calote após quase dois anos em queda. Com o resultado, o calote atingiu o maior patamar desde junho do ano passado, quando chegou a 6,5%. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (28) pelo Banco Central.
Com o resultado de maio, o país registrou nos últimos doze meses uma queda de 0,4 pontos percentuais no calote dos consumidores. A porcentagem de inadimplentes, de 6,4%, refere-se aos consumidores que deixaram de pagar as suas dívidas por mais de 90 dias.
A inadimplência das empresas também registrou a segunda alta seguida em maio após estabilidade de três meses, e ficou em 3,9%. A inadimplência total (pessoas físicas e jurídicas) fechou a 5,1%.
Para Túlio Maciel, chefe do Departamento Econômico do BC, o crescimento do calote dos brasileiros é reflexo das altas dos juros e da inflação, e não deve continuar subindo nos próximos meses.
- Estávamos antecipando que poderia haver aumento da inadimplência com aumento dos juros e da inflação no início do ano, o que provoca o maior comprometimento da renda das famílias. Em maio observamos crescimento da inadimplência. A tendência desde movimento é de acomodação, porque estamos em momento de crescimento da economia, do emprego e da renda.
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