Cesta básica sobe nas 17 capitais pesquisadas em março, diz Dieese

Cesta básica sobe nas 17 capitais pesquisadas em março, diz Dieese

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:26

O preço da cesta básica aumentou todas as 17 capitais pesquisadas pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) em março no comparativo com o mês anterior. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira.

Os aumentos mais significativos ocorreram em São Paulo (10,49%), Recife (9,74%), João Pessoa (9,49%) e Brasília (9,00%). Por outro lado, as menores variações foram verificadas em Natal (2,91%), Fortaleza (3,13%), Manaus (3,31%) e Vitória (3,33%).

A cesta básica mais cara continua sendo a de Porto Alegre, que subiu 7,8% no mês, para R$ 257,07, seguida de São Paulo (R$ 253,74), Rio de Janeiro (R$ 240,22). Os menores custos foram registrados em Aracaju (R$ 181,70), Fortaleza (R$ 182,43).

No primeiro trimestre, o custo da cesta básica também subiu nas 17 cidades pesquisadas, com destaque para Recife (17,92%), João Pessoa (15,04%), Salvador (13,96%), Rio de Janeiro (12,59%) e São Paulo (11,20%).

Os menores aumentos foram verificados em Fortaleza (3,09%), Belo Horizonte (4,86%) e Belém (5,58%).

Na comparação com março de 2009, somente em Goiânia a variação acumulada é negativa (-1,10%) e em Fortaleza, o aumento fica apenas em 1,80%. As elevações mais expressivas foram apuradas em Recife (15,12%), São Paulo (14,35%) e João Pessoa (12,35%).

Produtos

O principal responsável pela alta do custo da cesta em março foi o tomate, cujo preço subiu em todas as capitais. Os aumentos mais expressivos foram anotados em Curitiba (75,39%), São Paulo (73,13%), João Pessoa (67,78%) e Rio de Janeiro (64,31%).

Além do preço elevado, o tomate está com baixa qualidade. As condições climáticas adversas desorganizaram a produção, e tornaram necessário o replantio nas principais regiões produtoras. Após este procedimento são necessários cerca de três meses para a colheita. Assim, no momento a oferta é pequena e o preço teve alta.

O preço do leite teve aumento em 13 capitais em março, com destaque para Florianópolis (12,42%), Rio de Janeiro (10,38%) e Goiânia (8,97%). Já o açúcar ficou mais caro em 12 capitais, particularmente em Brasília (28,57%), Fortaleza (22,16%), Aracaju (12,38%) e São Paulo (10,65%). A colheita da cana está na entressafra. Além disso, o aumento da demanda do mercado internacional também influencia na elevação do produto.

A carne ficou mais cara em 11 capitais, com destaque para Curitiba (4,61%), Florianópolis (4,32%), Aracaju (3,67%) e Brasília (3,22%). A carne é o produto de maior peso na cesta básica e deve a ligeira alta tanto ao maior volume exportado quanto ao confinamento do gado, que assim tem maior custo, ainda que os preços do milho, produto básico da ração animal, estejam em queda.

Salário

Com base no custo da cesta observado em Porto Alegre, o Dieese estimou que em março o salário mínimo necessário para suprir as necessidades básicas da população seria de R$ 2.159,65, o que corresponde a 4,23 vezes o mínimo vigente de R$ 510,00.

Em fevereiro, o mínimo era estimado em R$ 2.003,30, ou 3,92 vezes o piso em vigor. Já em março de 2009,o mínimo necessário ficava em R$ 2.005,57, o que representava 4,31 vezes o piso de então (R$ 465,00).

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